A Pesquisa Acadêmica - Lipídeos

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 INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - IFES

 CURSO BACHARELADO EM BIOMEDICINA

Mariana Goltara

Gabriela Gramlich

                                                         Identificação de Lipídeos

Disciplina: Bioquímica

Professor: Ana Raquel

VILA VELHA  

Março/2021

INTRODUÇÃO

Os lipídios são moléculas no metabolismo corporal como um todo, e diversas funções no organismo, os ácidos graxos, fonte de energia, participam da síntese de prostaglandinas e fornecem acetil coenzima A (Acetil-CoA) para a síntese de outros lipídios. São também chamados de gorduras, são biomoléculas orgânicas compostas por hidrogênio, oxigênio, carbono. São insolúveis em agua e solúveis nos solventes orgânicos como, álcool, éter, benzina, etc.

Os lipídios são classificados em Lipídios simples, lipídios compostos e lipídios derivados.

Os lipídios simples são triglicerídeos que quando decompostos originam ácidos graxos e glicerol. Podem ser encontrados na forma solida ou liquida. Os sólidos à temperatura ambiente são chamados de gorduras e os líquidos constituem os óleos. A maioria dos triglicerídeos dos vegetais é líquida a temperatura ambiente e contem uma grande proporção de ácidos graxos insaturados. Os de origem animal contêm altas proporções de ácidos graxos saturados, sólidos ou semi-sólidos a temperatura ambiente.

Os lipídios compostos são combinações de gorduras e outros componentes, como por exemplo, fosforo, glicídios, nitrogênio e enxofre, dando origem os fosfolipídios (lecitina e cefalina), glicolipidios (glicídios e nitrogênio) e lipoproteínas.

Os lipídeos derivados são substancias produzidas na hidrolise ou decomposição dos lipídeos. São os ácidos graxos saturados e insaturados, o glicerol e os esteróis. Os ácidos graxos insaturados possuem dupla ligação na molécula e os saturados possuem ligação simples.

As principais funções dos lipídios são o fornecimento de energia para as células, entretanto, essas preferem utilizar primeiramente a energia fornecida pelos glicídios, certos tipos de lipídios participam da composição das membranas celulares, atuam como isolantes térmicos e facilitam às determinadas reações químicas que ocorrem no organismo dos seres vivos, os lipídeos que possuem esta função são os hormônios sexuais, vitaminas A, K, D e E, e as prostaglandinas.

OBJETIVO

Compreender a digestão, mobilização e transporte de gorduras, identificação de perfil lipídio ou lipidograma, entender a relação entre a desregulação do metabolismo de colesterol e doenças cardiovasculares e explicar como é realizado o transporte do colesterol e de outros lipídios pelas lipoproteínas plasmáticas.

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Digestão, mobilização e transporte de gorduras.

As células podem obter lipídios de três formas: os consumidos na dieta, os armazenados e os produzidos no próprio organismo.

Lipídios consumidos na dieta:

Há a necessidade de conversão de gordura macroscópica em micelas microscópicas para que haja absorção. Quando absorvida pelo organismo, a gordura consumida é emulsificada pelos sais biliares (anfipáticos) no intestino delgado. Compostos anfipáticos convertem a gordura em micelas mistas de sais e triaciglicérois. As lipases intestinais degradam essas micelas de triacilglicerol, em compostos menores (mono e diacilglicerol). O produto dessa degradação consegue ser absorvido pelas células epiteliais do intestino, que converte novamente em triaciglicerol.

Os triacilgliceróis são incorporados a lipoproteínas, chamadas de quilomícrons, e transportados pela linfa. Entrando na corrente sanguínea para os tecidos-alvo (musculo e tecido adiposo).

Nos capilares desses tecidos, o quilomícron é clivado pela lipase lipoproteica, e ela hidrolisa os triacilglicerol em ácidos graxos e glicerol. Após a hidrolise, as moléculas são absorvidas. Permanece nesses tecidos ate ser necessário: atividade física (pelo coração) e jejum (ativado pelo glucagon).

Hormônios ativam a mobilização dos ácidos graxos:

Os lipídios são armazenados nos adipócitos como gotículas. A peripilina recobre a superfície das gotículas para impedir que elas sejam metabolizadas por ação de um hormônio. Glucagon e adrenalina possuem um mensageiro em comum (cAMP), estimulando a metabolização do lipídio. As lipases sensíveis a hormônios ativam o HSL que degradam em o triacilglicerol em ácidos graxos. Esses se ligam a albumina e conseguem ser transportados pelo sangue para o miócito.

Destino do glicerol:

Fosforilado pelo glicerol-cinase, a glicerol-3-fosfato é oxidada a di-hidroxiacetona. Fazendo parte da glicólise na fase de pagamento.

Transporte do colesterol e outros lipídeos pelas lipoproteínas plasmáticas

Por serem hidrofóbicos, os lipídios depois de sua absorção são transportados no plasma pelas lipoproteínas, que são partículas formadas por uma capa hidrofóbica constituída por fosfolipídios, colesterol livre e proteínas, envolvendo um núcleo hidrofóbico que contem TAG e colesterol esterificado. (CONSENSO, 1996)

As proteínas que constituem as lipoproteínas são denominadas apolipoproteínas ou apoproteínas. As apoproteínas exercem diversas funções no metabolismo das lipoproteínas como, montagem da partícula, o meio ligante a receptores de membrana que captam para o interior da célula (apo B-48, apo B-100 e E) ou co-fatores enzimáticos (apo CII, CIII e A-I).

As lipoproteínas são classificadas em quilomícrons, lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL), lipoproteínas de densidade intermediária (IDL), lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e lipoproteínas de alta densidade (HDL).

As lipoproteínas LDL possuem núcleo central composto quase exclusivamente de ésteres de colesterol e na superfície só uma proteína (a apo B-100). Os indivíduos podem ser categorizados de acordo com a predominância de partículas grandes, menos densas (fenótipos A) ou pequenas, mais densas (fenótipos B). (LAMARCHE et al., 1997).

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