Relação entre aminoácidos derivados, vitamina C e fibras colágenas

Relação entre aminoácidos derivados, vitamina C e fibras colágenas

O colágeno é uma proteína fibrosa caracterizada por sua alta diversidade biológica e sua elevada força de tensão. Pode ser observado nos tendões, nas quais as fibras entrelaçam-se formando camadas flexíveis na pele, na córnea, nos ossos como colágeno mineralizado, e ainde serve como lubrificante de articulações (DUARTE, 2011).

Ele é sintetizado pelos fibroblastos e constitui a matriz extracelular do tecido conjuntivo, representando cerca de 25% da massa protéica total de organismos animais, sendo a proteína mais abundante do nosso organismo. Logo, possui grande importância na arquitetura tecidual de uma espécie, mantendo sua estrutura física, já que é constituído de fibras devido a sua organização macromolecular, o que lhe garante grande resistência mecânica (RODRIGUES, 2009). Para a síntese adequada do colágeno pelos fibroblastos, é necessário não só a ingestão das proteínas que fornecerão os aminoácidos que o constituirão, mas também a ingestão de ácido ascórbico (AA). A vitamina C está diretamente ligada no crescimento e reparação do tecido conjuntivo, portanto, desempenha importante papel na síntese de colágeno. (MACIEL e OLIVEIRA, 2011). O AA age como co-fator para duas enzimas essenciais na síntese do colágeno: a lisil e a prolil hidroxilases. Essas enzimas são férricas e a vitaminca C atua prevenindo a oxidação do ferro e, portanto, as protege contra auto-inativação.

Ainda, o colágeno é formado, geralmente, por cerca de 30% de glicina, 12% de prolina, 11% de alanina, 10% de hidroxiprolina, 1% de hidroxilisina e quantidades muito baixas de aminoácidos polares e carregados (PRESTES, 2013). A hidroxiprolina, derivada da prolina, e a hidroxilisina, derivada da lisina, são ditos aminoácidos especiais, já que derivam de modificações de alguns dos 20 aminoácidos para melhor desempenhar uma função, e ainda, só são encontrados em locais específicos.

A perda de colágeno constitui uma das principais causas de envelhecimento no organismo. Essa perda inicia-se a partir dos 30 anos, quando o corpo passar a perder, por ano, 1% da proteína. Isso resulta em uma musculatura mais flácida, ossos menos densos e uma diminuição na elasticidade e força motora de articulações e ligamentos (OLIVEIRA et al., 2010; RODRIGUES, 2009).