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A Antropologia e Sociologia do Esporte

Por:   •  30/11/2017  •  Dissertação  •  897 Palavras (4 Páginas)  •  825 Visualizações

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Sociologia do Esporte

A Sociologia do Esporte vem crescendo no Brasil e adquirindo cada vez mais campos de atuação, porém por ser uma ciência nova, tem gerado muitas dúvidas e polêmicas sobre suas possibilidades de abrangimento e atuação.

O esporte por sua tamanha importância em nosso cotidiano destaca entre outros, três principais alvos, quais são, os técnicos e profissionais da área, como fonte de renda, para um segundo grupo o público alvo, quando se trata de lazer e entretenimento, e para um terceiro grupo o esporte entra em suas vidas principalmente como uma fonte de manutenção da saúde.

É nesse cenário de crescimento social e cultural do esporte que as Ciências Sociais desenvolveram como sub-área de atuação a Sociologia e Antropologia do Esporte, principalmente a partir de meados dos anos 60, em países da América do Norte e Europa. Foi então que se expandiu pesquisas sobre os temas, houveram vários debates, teses, etc., se tornando cada vez mais frequentes encontros sobre a ciência, o que acabou por se incluir atualmente essa área nas grades de Graduações e pós-graduações em diversos cursos de Educação física e Ciências Sociais, inclusive no país e no exterior.

Diversos temas e aspectos são criados a partir dessa nova perspectiva panorâmica, o que inclui sua reflexão com as relações de gênero, que dentre outros aspectos, destaca as separações culturais quanto a diferenciação da feminilidade e masculinidade dos adeptos de esportes, bem como suas opções de escolhas e desenvolvimento de atividades. Comumente presenciamos essa diferenciação no nosso cotidiano, o que interfere nas nossas escolhas em todos os aspectos da vida, inclusive no esporte.

Outra forma de visualizarmos essa diferenciação é quanto aos cargos de chefia, como treinadoras, gestoras ou dirigentes. Apesar de atualmente termos progredido na participação das mulheres em jogos olímpicos, o que só foi possível a partir de 1932 pela primeira vez, ainda hoje existem pouquíssimos casos de presença de mulheres que ocupam cargos hierárquicos no esporte, com atuações expressivamente pequenas.

Um outro aspecto que se reflete nesses temas é quanto as diferenças étnicos-raciais, como a participação de negros em algumas modalidades esportivas, a exemplo do hipismo, golfe, natação, entre outros, inclusive também são poucos os que detém cargos de gestores. Neste contexto, a Sociologia do esporte busca respostas que expliquem quais os fatores que interferem neste processo natural de seleção.

Existem algumas teorias que tentam explicar essa formação discriminatória na sociedade, a exemplo da teoria eugenista, que cria parâmetros de estudos entre o gênero, as classes e as raças, levando-se a crer que essa desigualdade está intrinsecamente interligada entre estes.

Outros objetos de estudo da Sociologia do Esporte são as formas de exclusão em atividades de jovens e crianças, como as crianças obesas, por exemplo, que muitas vezes são vítimas de falas preconceituosas e discriminadoras, como diversos exemplos que temos acesso em nossa rotina diária, ou até a atribuição da derrota de um determinado grupo em uma competição ao jovem obeso.

Nessa vertente de separação por gênero, classe e raça, vemos que o capitalismo está totalmente inserido nessa distinção de grupos, pois a desigualdade social e a sociedade capitalista separam as classes de acordo com sua exploração do esporte, fazendo diferenciação do proletariado e da burguesia. Essa separação também se reflete nos atletas que enquanto alguns ganham milhões, uma outra parcela massiva ganha nada mais do que um salário mínimo.

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