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A Educação Física e a Cultura Corporal do Movimento

Por:   •  18/3/2023  •  Trabalho acadêmico  •  2.068 Palavras (9 Páginas)  •  159 Visualizações

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CULTURA CORPORAL DO MOVIMENTO E SEUS BENEFÍCIOS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FISICA NO ENSINO MÉDIO

Ameliane Ferreira Dutra, Cassiana Perdigão de Oliveira, Glaucenira da Silva Santos, Marcos Henrique de Souza[1]

Renata Araújo Bernasconi[2]

  1. INTRODUÇÃO

A Educação Física tem sido assunto bastante destacado em vários âmbitos da vida humana, seja na área de saúde ou na área da educação, fator este motivado pela notoriedade de que a atividade física contribui para que uma pessoa tenha qualidade de vida e com isso adquira a longevidade, contribuindo, ainda, com a cultura corporal, o que irá promover o desenvolvimento individual de cada aluno que será capaz de formular a sua consciência crítica e assim exercer o seu direito de cidadania, ressaltando que o movimento do corpo não deva apenas ser realizado, mas sentido e compreendido, e com isso o aluno seja estimulado ao coletivo, pois, a cultura corporal do movimento atua diretamente na inclusão social.

Para Pereira (2017, p.15), a Educação Física inserida nas escolas, teve como principal objetivo a inclusão social e sua integração em todos os âmbitos de atividades humanas, contribuindo assim para que haja formação integral dos seres humanos, fazendo com que a escola seja uma peça fundamental nessa engrenagem.

É preconizada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em seu artigo 26, parágrafo 3º que a Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno: I – ao aluno que tenha jornada de trabalho igual ou superior a seis horas; II – aos alunos maiores de trinta anos de idade; III – aos alunos que estiverem prestando o serviço militar inicial ou que estejam em situação similar; IV – aos alunos que estejam amparados pelo Decreto-Lei nª 1.044, de 21 de Outubro de 1969; V – Vetado; VI- aos alunos que tenha prole (LDB, 1996, atualizada em 2018, p.19).

A educação física é entendida como campo de estudo e ação multidisciplinar, cuja finalidade é possibilitar o acesso aos meios e conhecimentos acumulados historicamente acerca da cultura corporal de movimento compreendida como direito de todos e parte importante da formação humana. Introduzir os indivíduos no universo da cultura corporal de movimento de forma crítica é tarefa da escola e especificamente do professor de educação física (SILVA, 2014, p.4).

Assim os argumentos que legitimavam a educação física na escola sob o olhar conservador, não se sustentavam mais. Como resultado, surgiram várias abordagens pedagógicas na busca de um novo rumo tais como, a Desenvolvimentista, a Construtivista, a Psicomotricidade, a Cultural, a Crítico-emancipatória e a Crítico-superadora, objeto desta pesquisa. (VITAE, 2014).

Hoje, a Educação Física escolar tem sido valorizada e vista como um meio de intervenção seja no âmbito Físico, Psicológico, Social ou Espiritual, pois tem a capacidade de minimizar os sintomas da ansiedade que é a principal doença da juventude moderna, pois, quando de movimento corporal por meio da Educação Física, esses jovens podem adquirir hábitos saudades que podem levar uma qualidade de vida melhor, proporcionando ao cérebro liberar neurotransmissores, que ajudam a pessoa a se sentir melhor, bastando apenas que o indivíduo opte por fazer uma modalidade que lhe agrade.

Para Darido e Rangel (2015), a Educação Física que é um componente curricular escolar, que é obrigatório, atua no conhecimento específico de incluir nas escolas a cultura corporal de movimento que cuja mesma engloba esportes, ginasticas, lutas, jogos, brincadeiras, atividades rítmicas e expressivas, e ainda, a capoeira.

Diante disto, a pesquisa propõe como objetivo geral, analisar a existência da aplicabilidade da cultura corporal de movimentos na Educação Física dos alunos do Ensino Médio na Escola Rui Araújo, situado no bairro da Cachoeirinha em Manaus.

Como objetivos específicos o trabalho propõe: a) um estudo resumido da Educação Física; b) dissertar sobre a cultura corporal de movimento; c) relacionar os benefícios da cultura corporal dos movimentos inseridas nas aulas de Educação Física no ensino Médio.

O tema justifica-se pela importância de se conscientizar as autoridades, educadores, alunos e a sociedade de maneira geral que a Educação Física, assume um papel importante na vida das pessoas, principalmente na qualidade de vida dos jovens e que cujo corpo está em constantes mudanças.

A Metodologia utilizada foi a de abordagem qualitativa, quanto aos objetivos ou fins, a pesquisa é caracterizada como pesquisa exploratória e descritiva, quanto aos procedimentos de coleta de dados foi uma pesquisa do tipo bibliográfica, por meio da coleta de obras literárias da base de dados da SciELO, LILACS, PubMed e em periódicos nacionais e outros trabalhos científicos como Monografias, TCC, Dissertações, bem como, livros de autores conhecedores do assunto.

  1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 A EDUCAÇÃO FÍSICA E A CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTOS

Para Bezerra (2018), a origem da educação física escolar tem uma longa história que poucos conhecem. Até chegar a essa educação física que conhecemos hoje, a disciplina passou por modificações ao longo de toda a história do Brasil.

Então, a partir da segunda metade do século XX a educação física inicia um processo marcante na história. Esse período foi chamado de “esportização”. Uma tática empregada pelos militares para mostrar um “Brasil Gigante”. Atualmente, a educação física nas escolas está estabelecida por meio das Leis de Diretrizes e Bases (LDB). De acordo com a Lei 9.394, de 1996, essa disciplina passa a fazer parte oficialmente das escolas, e é um componente curricular obrigatório da Educação Básica no Brasil, o que fez com que a Educação Física ao longo dos anos até que fosse reconhecida como é nos dias de hoje, ressaltando que ainda continua em evolução (SOARES, 2012).

Para Guimarães (2014):

Sendo a Educação Física uma prática pedagógica, podemos afirmar que ela surge das necessidades sociais concretas que, identificadas em diferentes momentos históricos, dão origem a diferentes entendimentos do que dela conhecemos, não se trata somente de aprender o jogo pelo jogo, o esporte pelo esporte, ou a dança pela dança, mas os conteúdos devem receber outro tratamento metodológico, a fim de que possam ser customizados criticamente e aprendidos na sua totalidade enquanto conhecimentos construídos culturalmente, e ainda serem instrumentalizados para uma interpretação crítica da realidade que envolve o aluno. (GUIMARÃES, 2014).

Para Silva (2021, p.1), o nosso corpo foi feito com capacidade para se movimentar de várias formas e maneiras, e esses movimentos estão presentes desde as épocas mais antigas.

A Cultura Corporal de movimento é a junção dos conhecimentos e representações, transformadas ao longo do tempo, das práticas corporais que adotam um caráter tanto utilitário, se relacionando diretamente à realidade objetiva com suas exigências de sobrevivência, adaptação ao meio, produção de bens, resolução de problemas, sendo conceitualmente mais próximas ao trabalho; quanto lúdico, realizadas com fim em si mesmas, por prazer e divertimento, e de certo modo diferenciada do trabalho (MELO e COSTA, 2009, p. 79).

Para Silva Neto (2019)

“à cultura corporal de movimento mostra-se uma prática adequada por meio dos seus objetivos e conteúdo, quando bem aplicada nas aulas de educação física e contribui para que os alunos possam compreender adequadamente os métodos de ensino utilizados e o quanto essas aulas podem favorecer que estes tenham uma qualidade de vida melhor, se apropriando dos ricos momentos de estudo e conteúdo que viverão nas aulas de Educação Física” (SILVA NETO, 2019, p. 21).

No âmbito escolar, a disciplina de Educação Física tem uma representação muito importante com a cultura corporal, visto que as características lúdicas estão sempre presentes nas diversas culturas humanas. Sendo assim, essa disciplina incorporou em seus conteúdos o estudo: das brincadeiras e dos jogos, dos esportes, das ginásticas, das danças, das lutas e das práticas corporais de aventura na natureza (BRASIL, 2018).

Assim, segundo Silva (2021, p.6), a cultura corporal de movimento consiste em qualquer movimento que o ser humano tenha capacidade de fazer seja por meio de esportes, jogos, brincadeiras, danças e até mesmo nas lutas, pois essas atividades movimentam o corpo.

[pic 1]

Figura 1 – Os vários tipos de Cultura Corporal de Movimento

Fonte: https://www.facebook.com/242921219229238/photos/a.573827009471989/573826992805324

Assim, entende-se que esses conhecimentos devam ser compartilhados nas aulas de Educação Física para que possam transmitir a expressão corporal como sendo uma forma de linguagem e que contemple, ainda, a socialização dos conhecimentos a respeito dos elementos da cultura corporal de movimento.

Enfim, antes de se defender a inclusão da Educação Física baseada no ensino da cultura corporal de movimento, temos que primeiramente atentar para compreender profundamente esta área como sendo um componente que contribui para uma linguagem de forma corporal, sendo necessário, ainda, incorporar na Educação Física o objetivo de proporcionar aos alunos condições para a produção e leitura crítica das manifestações culturais elaboradas pela motricidade sistematizada disponíveis na sociedade. O enfoque atribui uma responsabilidade nova ao componente, substituindo as preocupações anteriores com a melhor (NEIRA (2013, P.143).

Os resultados da educação física, trazidos pela cultura corporal atual, também são observados em pessoas da terceira idade, onde a satisfação corporal daquelas que faziam exercícios físicos de forma sistemática apresentaram melhores níveis de autoestima pessoal e piores níveis de satisfação com o corpo, do que aquelas que eram sedentárias (FONSECA, et al., 2014).

Assim, a expressão cultura corporal de movimento pode significar que o aluno tenha condições de se incluir no meio em que vive e com isso adquirir respeito mútuo, confiança, criatividade e outras coisas que podem contribuir para o seu desenvolvimento psicomotor e psicossocial, por conseguinte a sua inclusão social.

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