ANALISE DAS CENAS 1 A 15 DO LIVRO A VIDA DE GALILEU

Analise das cenas1 a 15 do livro: “A vida de Galileu”, de Bertoldo Brecht.

 

               Bem no fim do século 16, Galileu defendia a teoria de Copérnico, que declara que a Terra gira em torno do Sol e não o contrário. Essa teoria é também chamada de sistema heliocêntrico que ver o Sol como centro. Em 1610, ao descobrir com o seu telescópio corpos celestes que nunca tinham sido observados, Galileu entendeu que havia encontrado a confirmação do sistema heliocêntrico. Logo então seu trabalho foi de encontro aos conceitos da Igreja Católica insegura e alienada, no qual tentava se reerguer do baque provocado pela Reforma Protestante. Fica muito claro que a personalidade do pesquisador também não ajudava muito: idealista e afincado ele fazia questão de que suas ideias chegassem ao máximo de pessoas e sempre buscava achar aberturas nos decretos lançados por Roma. O resultado foi à condenação do gênio, um marco negativo das relações entre ciência e religião. 

              No decorrer do texto lido percebe-se claramente o primeiro conflito existente entre estes dois sistemas de saber na disputa pela explicação de como é o sistema solar e o Universo. De um lado a teologia trazendo Deus à frente de tudo e a ciência de Copérnico e Galileu contradizendo a lei vigente da época.  Sua intenção era convencer as mais altas e ilustres figuras da época de que a teoria de Copérnico estava correta e com a ajuda de amigos influentes, esperava superar as controvérsias da Igreja podendo assim contar com seu apoio. De certa forma as pessoas acreditavam incessantemente que, há dois mil anos, o sol e as estrelas do céu giravam em torno da Terra. Foi aí que Galileu com suas certezas decidiu provar que esta teoria estava errada. Desencadeando a ideia de que as pessoas viviam e acreditavam somente no que era imposto pela religião, ele afirmou que: “As cidades são estreitas. E as cabeças também.” Outro ponto surpreendente do confronto entre a teologia e a ciência são as frases citada pelo cientista em questão, “O que está nos livros antigos não lhe basta mais”. “Pois onde a fé teve mil anos de assento, sentou-se agora a dúvida". A teoria do ver para crer nunca tinha sido tão buscada. Pois para a maioria dos teólogos da época era uma ideia estúpida e sem lógica em filosofia, e formalmente herética, por ser expressamente contrária à Santa Escritura, no tocante ao seu sentido literal, à exposição tradicionalmente aceita e ao entendimento dos Pais da Igreja e dos doutores de teologia.

            Também aparece em um desses conflitos a Dona Sarti, governanta de Galileu, pois seu filho Andréas, sempre curioso e interessado nas pesquisas do patrão (Galileu), começa a falar demais sobre suas descobertas e suposições.  A pobre senhora logo então repreende Galileu, amedrontada pelo fato da sua criança estar alimentando ideias que iam de encontro aos conceitos impostos pela igreja correndo então riscos de ser punido. No decorrer da leitura do texto percebe-se a importância que é dada ao capitalismo tudo gira em torno de vantagens a nobreza e ao clero só se acreditava, ou investia em ideias que trouxesse algum benefício, independente de ser útil a sociedade, de ser contra ou a favor das leis da época. No decorrer de sua empolgação na descoberta das estrelas, de Júpiter, do solo, da lua Galileu quer realçar para todos quanto suas ideias são incríveis, mas seu fiel amigo Sagredo tenta alerta-lo achando uma loucura esse ato, pois, Galileu afirma que não há diferença entre o céu e a terra e que aos dez de janeiro de 1610, a humanidade registra seu diário; aboliu-se o céu, Logo então, Sagredo pergunta:  - Deus, onde é que fica Deus? Galileu responde: - Lá não! Do mesmo jeito que ele não existe aqui na Terra, se houver habitantes de lá que queiram achá-lo aqui! Insiste Sagredo: - E então onde ele fica? Galileu responde: - Eu sou teólogo? Eu sou matemático. Afirma Sagredo Antes de tudo você é um homem, e eu pergunto: onde está Deus no seu sistema de mundo? Responde Galileu: - Em nós, ou em lugar algum. Ainda afirma Galileu, eu sei que na hora de vender o povo chama o burro de cavalo, e chama cavalo de burro na hora de comprar. Essa é sua esperteza. A sedução do argumento é grande demais. Ela vence a maioria, todos, em longo prazo. Pensar é um dos maiores prazeres da raça humana.

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