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Composição Corporal e autopercepção da imagem corporal em praticantes de musculação

Por:   •  8/5/2018  •  Artigo  •  3.075 Palavras (13 Páginas)  •  393 Visualizações

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COMPOSIÇÃO CORPORAL E AUTOPERCEPÇÃO DA IMAGEM CORPORAL DE PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO DE TERESINA – PI

Afonso Machado Sampaio¹

George Carvalho da Cunha²

RESUMO

O presente estudo teve como objetivo avaliar a composição corporal e a autopercepção da imagem corporal dos praticantes de musculação de Teresina, e foi realizado com praticantes de musculação em 7 academias distribuídas em todas as zonas da cidade de Teresina. A pesquisa foi feita através da obtenção do Índice de Massa Corporal (IMC), do percentual de gordura (%G) e do teste de silhueta de Stunkardet al. Os testes foram feitos em 32 indivíduos, todos do sexo masculino. Como resultados, para o IMC obtivemos um percentual de 40,6% de indivíduos classificados como peso normal e pré-obesos, 9,4% com sobrepeso e Obesidade I. O %G dos indivíduos ficou classificado em sua maioria como Média (34,4%), sendo apenas 6,3% classificados como abaixo da média. O resultado do teste de silhueta apontou que 40,9% dos indivíduos se enxergam como uma forma física eutrófica, seguido de 40,6% que se acham com uma baixa massa muscular. Com relação a forma física desejada, 56,2% dos indivíduos almejam uma forma física eutrófica e 43,8% desejam um corpo com baixa massa muscular, enquanto nenhum indivíduo almeja uma forma física com um alto percentual de gordura. Portanto os resultados levaram a crer que os indivíduos não possuem um nível considerado de distorção da imagem corporal e buscam objetivos facilmente alcançados com sua rotina de treinos.

Palavras-chave: Composição Corporal;Imagem corporal; Musculação.

INTRODUÇÃO

A avaliação da composição corporal serve para indicar o estado de saúde de indivíduos através da análise dos seus componentes. O excesso de massa gorda em relação à massa magra pode se caracterizar em alguma patologia, com uma maior incidência de obesidade, que se relaciona a diversas patologias como: hipertensão, diabetes, doenças coronarianas, além de problemas psicológicos e sociais (GLANER, 2003). Nesse contexto, os treinamentos como a musculação estão entre os métodos mais eficientes para modificar de forma favorável a composição corporal, tendo em vista que atualmente o padrão de corpo ideal é uma musculatura bem desenvolvida.

Partindo destes preceitos, vemos que a autopercepção corporal bem como a sua satisfação estão relacionadas diretamente como a forma que o indivíduo se enxerga. E esta forma de se ver está relacionada, na maioria das vezes, com os padrões culturais ou aqueles impostos pela própria sociedade em que vive o indivíduo e até mesmo encontramos fatores que são internos do sujeito praticantes desta modalidade que visam sempre a boa forma (NILSON, 2013).

Esta preocupação em sempre estar com um corpo esbelto ou dentro dos considerados padrões de beleza corporal acaba gerando insatisfação por serem quase impossíveis de se alcançar através de uma rotina comum de treinamento, principalmente entre os jovens praticantes de musculação (NILSON, 2013). Portanto, torna-se cada vez mais importante ter uma avaliação dos praticantes de musculação com relação a este tema e sempre procurar orientá-los sobre a importância de ter um acompanhamento de uma equipe especializada que poderá ajudar a traçar metas que poderão ajuda-los a alcançar seus objetivos.

Portanto, com essa busca do corpo ideal, o objetivo deste estudo é avaliar a composição corporal e a autopercepção da imagem corporal dos praticantes de musculação de Teresina.

MATERIAIS E MÉTODOS

O estudo se caracteriza como uma pesquisa de campo de cunho quantitativo, descritiva e transversal. A amostra de conveniência se constituiu de 32 homens selecionados de forma aleatória de 7 academias, distribuidas em todas as zonas da cidade de Teresina, Piauí. Os sujeitos da pesquisa foram escolhidos com os seguintes critérios: ser do sexo masculino; ter idade entre 18 e 28 anos; ser praticante de musculação por no mínimo cinco meses consecutivos com duração de no mínimo uma hora por sessão e mais de três dias na semana.

Para a coleta de dados foram utilizados uma avaliação da composição corporal feita com base no IMC dos sujeito participantes da pesquisa com base na classificação da OMS (Organização Mundial de Saúde) (WHO, 1998), e também a aferição de pregas cutâneas, feita antes do treino e três vezes em forma de circuito nas sete pregas avaliadas (peitoral, tricipital, subescapular, axilar media, suprailíaca, abdominal e coxa) e o protocolo que será utilizado para se estimar os percentuais de gordura será o descrito por Jackson e Pollock (1978).

Para se avaliar a auto percepção da imagem corporal se usou a escala de silhuetas de Stunkardet al. (1983). Os pesquisadores explicaram aos entrevistados que as silhuetas numeradas de 1 a 4 representavam indivíduos com menor percentual de massa muscular, respectivamente; a silhueta de nº 5 e 6 representa um indivíduo eutrófico, e as numeradas de 7 a 9 correspondem a indivíduos com aumento do percentual de gordura. As análises foram realizadas com auxilio do programa SPSS (StatisticalPackage for Social Sciences) versão 20.0  através da frequência dos resultados.

Figura 1. Conjunto de Silhuetas propostas por Stunkard et al (1983).

[pic 1]

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A Tabela 1 apresenta os dados socioeconômicos dos indivíduos participantes da pesquisa. O estudo foi realizado com 32 indivíduos, todos do sexo masculino, com idades de 18 a 28 anos, a maioria são solteiros (81,3%) e possuem ensino superior incompleto (40,6%). Com relação à renda dos participantes da pesquisa, os mesmos possuem uma renda inferior a um salário mínimo, sendo o valor do salário vigente em 2017 R$ 937,00, segundo Brasil (2017).

Tabela 1: Classificação segundo os aspectos socioeconômicos dos praticantes de musculação de academias de Teresina – Piauí, 2017.

Aspectos Socioeconômicos

n

%

Faixa Etária

18 a 21 anos

09

28,1

22 a 25 anos

16

50

26 a 30 anos

07

21,9

Estado Civil

Solteiro (a)

26

81,3

Casado (a)

04

12,5

Separado (a)

01

3,1

Outros

01

3,1

Escolaridade

Ensino Fundamental Completo

01

3,1

Ensino Médio Completo

06

18,8

Ensino Superior Incompleto

13

40,6

Ensino Superior Completo

09

28,1

Pós-graduação Incompleta

03

9,4

Renda

Menos de 1 SM

16

50

Entre 1 SM a 3 SM

08

25

Entre 4 SM a 5 SM

04

12,5

Entre 6 SM a 9 SM

03

9,4

Acima de 10 SM

01

3,1

*SM – Salário Mínimo

...

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