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TRAÇOS DE PERSONALIDADE E IMAGEM CORPORAL EM PACIENTES PRÉ E PÓS CIRURGIA BARIATRICA

Por:   •  30/5/2017  •  Projeto de pesquisa  •  1.887 Palavras (8 Páginas)  •  593 Visualizações

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MARILIA GABRIELA OLIVEIRA GRIMELLO

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TRAÇOS DE PERSONALIDADE E IMAGEM CORPORAL EM PACIENTES PRÉ E PÓS CIRURGIA BARIATRICA

ITATIBA

2017

Resumo

Dentre os diversos métodos de tratamento para a obesidade mórbida a cirurgia bariátrica é o mais efetivo, para o emagrecimento e a melhora gradativa da saúde do paciente. O impacto que a cirurgia bariátrica gera na vida de um obeso tem sido alvo de diversas investigações. Em muitos casos, a situação de obesidade e o emagrecimento rápido ou falta de emagrecimento e a restrição de alimento pode levar a alterações comportamentais, tais como: distorção com relação à sua imagem corporal, sintomas depressivos, ansiedade e problemas com relação à interação social. A presente pesquisa tem como objetivo avaliar traços da personalidade e a imagem corporal em pacientes obesos que estão à espera da cirurgia bariátrica e aqueles já foram submetidos ao procedimento cirúrgico.  Para a realização deste estudo será 30 pacientes que já fizeram a cirurgia bariátrica e 30 que estão no pré-operatório. Serão utilizadas análises estatísticas de acordo com os objetivos do estudo.

Introdução

Este trabalho tem como objetivo discutir acerca do tema “obesidade e cirurgia bariátrica”, avaliando traços da personalidade de pacientes recomendados à cirurgia, assim como a imagem corporal que eles observam de si. Também visa avaliar as condições desses pacientes nesses mesmos aspectos pós realização do procedimento cirúrgico.

A obesidade é considerada uma doença epidêmica pela Organização Mundial de Saúde, sendo a que mais causa mortandade no Brasil, visto que o acúmulo excessivo de gordura corporal pode aumentar absurdamente o desenvolvimento e o agravamento de problemas cardiovasculares (infartos), diabetes e neoplasias (tumores), sem contar perdas significativas na qualidade de vida, como alteração metabólica, dificuldade respiratórias e de locomoção (Wandeley & Ferreira, 2010).

Atualmente a obesidade é integradora do grupo de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT). As DCNT são responsáveis por 80,7% das mortes por doenças crônicas, segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise de Situação de Saúde, Coordenação Geral de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, do Ministério da Saúde.

O diagnóstico da obesidade é realizado pelo índice de massa corpórea (IMC), o qual define que o peso (Kg) é dividido pela altura em metros quadrados, sendo que o indivíduo que possui IMC igual ou maior a 30Kg/m2 já é avaliado como obeso. No entanto, é importante salientar que o IMC não é o único método utilizado para a detecção da doença, há outros parâmetros a serem considerados, como questões genéticas, ambientais, entre outros (Pinheiro, Freitas, & Corso, 2004).

Dados provenientes do estudo “Who Monica” (Monitoring of Trends and Determinants in CArdiovascular Diseases), da Organização Mundial da Saúde no Relatório de uma Consulta da OMS sobre Obesidade em Genebra (1998), indicam que a obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo, com número crescente de casos a cada ano. A estimativa é que em 2025 serão em torno de 2,3 bilhões de adultos com sobrepeso e mais de 700 milhões de obesos.  No Brasil, o último levantamento oficial realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) entre 2008-2009 aponta que o número de pessoas com sobrepeso e obesos vem aumentando gradativamente a cada ano, fato que não difere da realidade mundial (ABESO, 2010).

Estima-se que no Brasil 50% da população está fora do peso ideal; e seus fatores causais podem ser variados, segundo a ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), com informações colhidas em pesquisa do IBGE. Entre esses fatores, deve-se considerar diretamente o comportamento alimentar, visto que nas últimas décadas aumentou-se o consumo de alimentos industrializados, calóricos ricos em gordura, sal e açúcar, mas pobres em vitaminas e nutrientes. Outro fator preponderante é a falta de irrelevantes, como a genética que contribui com menos de 10% dos casos e algumas doenças endócrinas, como hipotireoidismo e problemas no hipotálamo, que representam menos de 1% dos casos de excesso de peso (Steck, 2013).

Conforme Steck (2013), metade da população brasileira não está dentro do peso recomendado pela OMS (2011). Contudo, o assunto gera desconforto nas pessoas que sofrem de obesidade, fazendo com que muitas delas busquem tratamento.

Atualmente há uma gama de produtos e serviços que auxiliam na redução do peso, como dietas nutricionais, atividades físicas, tratamentos medicamentosos, entre outros. No entanto, é sabido que algumas pessoas obtêm sucesso em um ou outro tratamento, outras não, nesse caso, faz-se necessário a intervenção cirúrgica, hoje, um método eficaz para obesos graves, por diminuir rapidamente a massa corporal e por consequência reduzir a taxa de mortalidade por doenças associadas (Boscatto, Duarte, & Gomes, 2011).

Boscatto, Duarte e Gomes (2011) salientam que, após a cirurgia bariátrica, pacientes encontram dificuldades para manter sua massa corporal dentro do padrão recomendado, podendo surgir diversas complicações de ordem metabólica, o que pode acontecer devido à falta de informações e  acompanhamento adequado para que o paciente consiga se adaptar a um novo estilo de vida, ou seja, uma real mudança de percepção do comportamento para atividade física, alimentação, saúde, entre outros.

A psicologia se torna uma ajuda importante aos pacientes para que possam refletir sobre sua nova condição corporal e necessidade de adaptações, principalmente no pós-operatório, que é o período mais difícil, visto que o desconforto e falta de adaptação atrapalham ainda mais a recuperação.

Questões como lidar com a nova aparência, as restrições alimentares para não haver nova engorda, círculos sociais, entre outras, geram no paciente um grande incômodo, uma vez que os fatores que o levaram à obesidade foram os transtornos alimentares como a compulsão por comida e vida social desregrada. Além disso, também surgem questões de ordem psicossomática, como a inabilidade em reconhecer suas emoções, distinguindo sensações corporais e emoções (Oliveira & Yoshida, 2009).

Os fatores psíquicos antes, durante e depois da cirurgia devem ser considerados, pois a saúde mental dos pacientes pode ajudar a definir se o tratamento será um sucesso ou um fracasso, visto que obesos em tratamento apresentam maiores níveis de sintomas depressivos, ansiedade, transtornos alimentares, e de personalidade (Wanderley, et. al., 2010).

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