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O CONCEITO DE CULTURAS POPULARES

Por:   •  5/7/2021  •  Trabalho acadêmico  •  620 Palavras (3 Páginas)  •  144 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

DISCIPLINA CULTURA POPULAR E MOVIMENTO -2021.1

Nome: Murilo Henrique Martins Ferreira

Cultura Popular: Manifestação Cultural e os Sujeitos Sociais

        Martha Campos Abreu inicia o seu texto trazendo uma característica essencial a um historiador, a pesquisa somada à crítica e a problematização dos achados. Conceituar a cultura popular é importante para que diversas reflexões possam tomar rumos, porém, os significados subjetivos não podem deixar de existir. Afinal, o que é cultura popular? O que é cultura de massa? O que é uma cultura dominante?

        Quando refletimos sobre as dimensões sociais que as manifestações culturais representam (através das danças, ritmos, toques, etc), adentramos em um conflito sobre o dito popular e regional. A naturalização dessas construções sempre está envolta por relações de poder, onde há alguém que dita essa hierarquização das manifestações, tornando algumas destas estigmatizadas, marginalizadas, inferiores e oprimidas. Aqui, podemos citar as academias (escolas), as indústrias (mídias), o próprio Ministério da Cultura, etc - “setores multideterminados”, como cita o artigo.

        Devido a constante mudança nos fatores históricos, os significados atribuídos às manifestações culturais também oscilam com as resistências políticas, visto que, elas determinam as dimensões de alcance que essas expressões terão. Ou seja, os valores são mantidos, mas a forma como será difundida (de cima para baixo, se terá autonomia ou não de produção) é ditada.

        Um exemplo bem claro dessa categorização é o folclore, onde podemos observar a sua importância dentro da nação, mas que, dentro de muitas escolas, possui um período específico para que seja introduzido e/ou apresentado. Mas, será que o contexto sobre o seu nascimento, os sujeitos sociais que foram criadores e produtores, a essência, as lutas expressas também são abordadas? E mais, será que essa essência ainda é mantida ou somente alastrada da forma que convém aos dominantes para que esse tipo de “patrimônio” seja mantido por uma obrigatoriedade curricular? Destacamos essa manifestação cultural como um destaque ou como parte de um todo da nação?

        Avançando um pouco mais na discussão, podemos ver as importâncias das mudanças históricas no que tange a participação do Estado. Esse, com o dever de valorizar e incentivar os formadores de culturas da sociedade e a abertura/conscientização quando conseguem lutar pelos seus direitos e a sua sobrevivência diante de abusos e apropriações existentes. Obviamente, devido a esses mesmos avanços, algumas formas de expressão ficam “em registro” por representarem uma manifestação periódica, mas a sua potência é atemporal. Algumas expressões conseguem se entrelaçar com as modernidades presentes. Acredito que o período pandêmico da Covid-19 vem mostrando muito essa verticalização e flexibilização da cultura popular, quando vemos “espetáculos” sendo reproduzidos através de telas virtuais.

        Ainda quando falamos dos sujeitos sociais que são responsáveis pelas produções culturais, ressaltamos a hierarquização das culturas dentro da cultura popular. Cultura Negra, Cultura Indígena, Cultura Africana, Folclore, Cangaço, Samba dentre muitas outras que poderíamos ficar em linhas e mais linhas listando, precisam dessa representatividade em meio às lutas, afirmações e presenças que possuem e devem ser vistas como um entrelaçar formador da Cultura Popular Brasileira em uma perspectiva global (híbrido cultural).

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