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O bilinguismo da educação dos surdos

Por:   •  1/12/2015  •  Resenha  •  618 Palavras (3 Páginas)  •  1.801 Visualizações

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O BILIGUISMO NA EDUCAÇÃO DOS SURDOS

O BILIGUISMO

        A asserção do bilinguismo usado nas escolas se propõe a tornar alcançável à criança duas línguas no contexto escolar. Estudos apontam que essa asserção é a mais adequada no ensino de crianças surdas, trazendo grande contribuição para o desenvolvimento das mesmas, onde reconhece a língua de sinais como língua natural e partir dela o ensino da língua escrita. A língua de sinais é reconhecida como primeira língua ou materna e o pleno desenvolvimento desta é primordial para o aprendizado da segunda língua (oral), em sua forma escrita a ser aprendida na escola.

        O reconhecimento dos surdos enquanto pessoas surdas e da sua comunidade linguística estão inseridos dentro de um conceito mais geral do bilinguismo. Esse conceito é determinado pela situação sócio-cultural da comunidade surda como parte do processo educacional. A conjuntura de serem pressupostas duas línguas no processo educacional da pessoa surda, a língua brasileira e a língua portuguesa, está adentrado num processo educacional. O bilinguismo para surdos atravessa a fronteira linguística e inclui o desenvolvimento da pessoa surda dentro e fora da escola.

O BILINGUISMO E A EDUCAÇÃO DE SURDOS

         A asserção bilíngue entende o sujeito surdo como participante de duas realidades, como um estrangeiro no próprio país, vivendo ao mesmo tempo a realidade da língua materna, na qual tem sua visão de mundo construída e aprimorada, e a realidade de uma segunda língua, a utilizada no cotidiano da comunidade a que pertence. Nessa asserção, o ideal para o sujeito surdo não seria a sua adequação a realidade ouvinte, usuária da língua oral, mas sim assumir sua condição de surdez como parte de suas características e identidade.

        A partir do Decreto 5 626/05 que regulamentou a Lei de Libras (Língua Brasileira de Sinais), as propostas educacionais começaram a se estruturar. Com isso, os surdos passaram a ter direito ao conhecimento a partir dessa língua. O português é utilizado na modalidade escrita, sendo a segunda língua, e a educação dos surdos passa a ser bilíngue.

        No momento atual, existem algumas divergências em relação à inclusão dos alunos surdos, pois, para alguns, a escola especial é segregadora, onde os alunos acabam se isolando cada vez mais, e os resultados obtidos acabam não sendo como o esperado. Já para outros, essa escola enaltece a comunidade surda, sua identidade e sua cultura, dando importância que esse espaço de aquisição de uma língua efetiva favorece o desenvolvimento cognitivo da criança. A grande importância é a relação entre as duas línguas, para que a criança possa evoluir suas faculdades cognitivas, linguísticas, afetivas e politicas, independente do espaço escolar no qual está inserida. Para que isso aconteça, há a necessidade de um conhecimento na singularidade linguística dos sujeitos e o reconhecimento que os alunos surdos precisam de uma educação específica. O mais aconselhável seria que a criança aprendesse a língua de sinais primeiro e usa-la como base e estratégia para a aprendizagem da língua portuguesa.

        O bilinguismo permite que, dada a relação entre o adulto e a criança, esta possa construir uma auto-imagem positiva como sujeito surdo, sem perder a possibilidade de se integrar numa comunidade de ouvintes. A proposta bilíngue possibilita ao leitor surdo fazer uso das duas línguas, escolhendo a qual irá utilizar em cada situação linguística.

BIBLIOGRAFIA

KUBASKI, Cristiane; MORAES, Violeta Porto – UFSM, O bilinguismo como proposta educacional para crianças surdas. Disponível em:

<www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/3115_1541.pdf>.

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