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Periodização dos Esportes de Combate Paper

Por:   •  24/6/2023  •  Trabalho acadêmico  •  2.555 Palavras (11 Páginas)  •  61 Visualizações

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PERIODIZAÇÃO[a] DO TREINAMENTO PARA OS ESPORTES DE COMBATE

Dagoberto dos Santos¹

Marlon Fleck²

        

RESUMO

A periodização do treinamento para esportes de combate te[b]m como objetivo investigar as maneiras que os professores e os mestres dos atletas de combate fazem a periodização da temporada de competição e fora dela, se eles possuem alguma formação acadêmica na área, como é feita a escolha dos exercícios da preparação física. Esclarecer alguns detalhes sobre periodização, como sua origem, os povos que faziam proveito desse conhecimento, quais tipos de ciclos podem ser realizados durante a preparação e sobre a especificidade do treinamento para cada pessoa.

Palavras-chave: periodização. Atletas. Combate.

  1. INTRODUÇÃO

  A periodização foi elaborada para o preparo militar dos povos antigos (romanos, chineses, egípcios e gregos), ainda que, naquela época, o nome “periodização” não existisse (Marques Junior, 2012). A partir dos gregos, esse conteúdo passou a ser utilizado para organizar o treino dos atletas para preparar os esportistas para as competições (Issurin, 2010). Os gregos antigos criaram os tetras, isto é, quatro dias de treinos que eram os microciclos (Marques Junior, 2020a); posteriormente, os tetras foram usados para estruturar o treino dos gladiadores (Marques Junior, 2021a).

  Os esportes de combate estão em uma crescente muito grande, com isso vem mais pesquisas, estudos e atenção voltado para os atletas. Quando se menciona atletas de combate, assiste a lutas e se estuda sobre o assunto, o que chama muito a atenção é a questão física, tem uma variedade de golpes e movimentos muito grande de um esporte para outro mas o que todos eles dependem é de uma periodização. O presente trabalho busca esclarecer quais as formas mais comuns dos treinadores periodizarem os treinos dos seus alunos, como se trata de luta/ arte marcial tem muita cultura envolvida, será abordado dados científicos sobre os exercícios mas deve se levar em consideração que muitos tipos de treinos são feito a gerações e continuam sendo repassados a frente, por mais que a ciência diga que tem métodos melhores de trabalhar faz parte da cultura.

  1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

  As modalidades esportivas de combate estão divididas segundo Franchini e Del Vecchio (2012) em esportes de combate de percussão, onde o atleta é conhecido como, Striker, dos quais o Kickboxing, Taekwondo, Muay Thai e similares fazem parte; esportes de combate de domínio, em que o atleta é conhecido como, Grappling, entre elas Jiu-jitsu, Wrestling, Submission, Sambô; e os esportes de combate mistos, como o Sanshou, Hapkido e o MMA. Segundo Bompa (2002) a preparação física conduz o atleta à melhora das capacidades física, técnica, tática, psicológica e aquisição de sucesso esportivo. Porém, é importante ressaltar que a preparação física para modalidades de combate, só levará a aquisição de sucesso se houver um correto entendimento das exigências motoras e bioenergéticas envolvidas no esporte e se os princípios do treinamento esportivo forem respeitados. Então, compreender e aplicar corretamente esses princípios ao elaborar um programa de treinamento periodizado para um atleta de combate é determinante para um bom resultado. Na prática, o planejamento de um programa de treinamento dependerá de vários fatores: quem é o indivíduo que iniciará a preparação física, qual é seu objetivo e o que realmente é necessário trabalhar com ele. A aplicação de uma bateria de testes específicos como teste de força, teste de flexibilidade, teste de potência aeróbia, teste de potência anaeróbia, entre outros, é fundamental para controlar o desempenho e planejar o treinamento dos atletas de esportes de combate. (Severino, 2018)

  Participaram do estudo 14 professores e mestres das modalidades de Jiu-Jitsu, Judô, Kung Fu, Taekwondo, Muay Thai, Kickboxing e Karatê atuantes na região. Sendo destes 92,9% (13) do sexo masculino e 7,1% (1) do sexo feminino. (Severino, 2018)

  Levantou-se que destes, 71,4% (10) possuem Nível superior sendo que apenas duas pessoas cursaram áreas distintas a de Educação Física (Comércio exterior e informática), 21,4% (3) possuem ensino médio completo e 7,1% (1) ensino médio incompleto.

 Geralmente a formação de técnicos de Artes Marciais se desenvolve por meio de um modelo artesanal, caracterizado pela relação mestre/discípulo transmitido através de demonstração e reprodução, o que torna difícil investigar a formação do técnico desportivo dessas modalidades. Segundo Drigo (2009) no Judô por exemplo, não é possível encontrar quaisquer informações na literatura a respeito deste tema e os elementos encontrados estão relacionados à formação do faixa preta, tempo de prática e filiação nas federações da modalidade.

  No[c] que se refere a programação das aulas, dentre as respostas obtidas, 64,3% (9) afirmaram fazer algum tipo de Planejamento da temporada de seus atletas, enquanto 28,6 % (4) responderam que as vezes fazem e 7,1% (1) afirma não fazer nenhum planejamento. Ainda a maioria dos professores afirmam fazer o planejamento de seus atletas sozinhos.(Severino, 2018)

  Cabe ao preparador físico condicionar o atleta para atingir o rendimento e preservar a saúde. O condicionamento físico é fator determinante para competição, cada vez mais é admitida importância de uma preparação física bem planejada (de la Rosa, 2006). Diante deste fato, cabe ao mestre/professor da arte marcial traçar um planejamento em conjunto com outros profissionais, explorando melhores rendimentos aos seus atletas e reduzindo desta maneira o índice de lesões.

  Para Tavares (2010) a intensidade do treino, relaciona-se com o nível do atleta e com o período da temporada, e o monitoramento da frequência cardíaca seria a melhor forma de monitorar a intensidade. Entretanto pelo custo, outra forma seria a PSE (percepção subjetiva de esforço).

 Sobre[d] as avaliações físicas feitas durante a temporada, todos afirmaram fazer a avaliação no início da temporada e durante os treinos, mas não puderam afirmar ao certo qual exatamente, mas relacionaram a avalição ao desempenho físico e psicológico. Quanto a temporalização do período de treino, ciclos e picos previstos em uma temporada, um treinador afirmou trabalhar um macrociclo de 18 meses, enquanto outro afirma prever um macrociclo de 3 meses, apenas três afirmaram prever qual período de seu macrociclo. Um dos treinadores declara fazer planejamento anual, com 3 mesociclos distribuídos de acordo com o período competitivo. Chama atenção um dos treinadores que afirma não poder prever os ciclos do período de treinamento da temporada devido à incerteza do calendário. Os demais treinadores não souberam definir. (Severino, 2018)

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