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A DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)

Por:   •  9/9/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.919 Palavras (8 Páginas)  •  94 Visualizações

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DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)

CURITIBA/2020

  1. Doença pulmonar obstrutiva crônica.

Ao se respirar, o ar entra para os pulmões através dos brônquios. Dentro de seus pulmões, os brônquios criam diversas ramificações, como uma árvore, que terminam em aglomerados de pequenos sacos de ar (alvéolos).

Os sacos de ar têm paredes muito finas, com pequenos vasos sanguíneos, chamados capilares. O oxigênio do ar inalado, passa para estes vasos sanguíneos e entra na corrente sanguínea. Ao mesmo tempo, o dióxido de carbono - um gás que é um produzido durante esse processo - é exalado.

Os pulmões contam com a elasticidade natural dos brônquios e sacos aéreos para forçar o ar para fora do seu corpo - por isso seu peito infla na inspiração e desincha da expiração. A DPOC faz com que eles percam essa elasticidade, o que deixa um pouco de ar preso em seus pulmões quando você expira.

A Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma enfermidade pulmonar caracterizada pela obstrução crônica do fluxo aéreo, que não é totalmente reversível, normalmente, ocasionada por uma resposta inflamatória anormal dos pulmões, devido à inalação de partículas de gases tóxicos e tabagismo.

Esse processo inflamatório, pode causar alterações nos brônquios principais, nos bronquíolos e parênquima pulmonar, produzindo modificações dos mesmos, e podendo causar bronquite crônica e enfisema pulmonar. Na bronquite crônica os brônquios estão inflamados e com secreções que dificultam a respiração. O enfisema pulmonar, está associado à perda de elasticidade do pulmão por lesão dos alvéolos, o que dificulta a oxigenação do sangue.

A DPOC na maioria dos casos é uma enfermidade respiratória prevenível e tratável, porém, se torna irreversível a partir do momento em que ocorrem lesões no parênquima pulmonar. Pode manifestar-se como tosse crônica, com ou sem expectoração, dispnéia aos esforços ou sibilos.

Os quatro principais componentes da fisiopatologia da DPOC são: obstrução, alterações estruturais das vias aéreas (espessamento da parede brônquica), inflamação e disfunção de muco ciliar (aumentando a quantidade de muco intraluminal) e perda da retração elástica pulmonar. Esses componentes levam a limitação do fluxo aéreo e influenciam respostas sistêmicas em todo o corpo, comprometendo o sistema cardiovascular, muscular e o campo psicossocial. Pela dificuldade de o oxigênio chegar aos pulmões, há a diminuição de oxigênio no corpo, ou seja, menos oxigênio alcança os capilares e participa de trocas gasosas, o que pode ter consequências no sistema circulatório, uma vez que a falta de oxigenação do sangue pode torná-lo mais ácido, e aumentar o risco de doenças cardíacas como infartos e AVCs.

O diagnóstico é feito por um exame chamado espirometria que mede a capacidade pulmonar, mas exames de imagem podem ser solicitados para complementar o diagnóstico.

  1. Principais causas:

A obstrução das vias aéreas crônica, característica da DPOC tem como principais causas o cigarro, fumaça e substâncias químicas. O tabagismo é o principal fator de risco para DPOC, causando cerca de 85% dos casos da doença. Isso porque a fumaça inalada leva a inflamação pulmonar, causando a obstrução dos brônquios e a destruição dos alvéolos (enfisema), responsáveis pelas trocas gasosas.

Se a pessoa parar de fumar antes de apresentar perda da função pulmonar, é possível que não venha a apresentar os sintomas da doença. Caso já tenha desenvolvido a DPOC, a doença poderá não progredir com a retirada do cigarro e o tratamento correto. Quanto ao tabagismo passivo, não se sabe ainda se ele causa DPOC, porém os fumantes passivos têm mais tosse e secreção pulmonar. Entretanto, o número de fumantes a desenvolver DPOC é cerca de 20% apenas. Mesmo quem nunca fumou pode estar sujeito a DPOC. Ficar muito tempo à gases, pó, fumaça e outras substâncias irritantes pode causar problemas. Estima-se que esses fatores sejam responsáveis por 15% dos diagnósticos de DPOC. Pessoas com asma ou outras doenças respiratórias têm mais chances de desenvolver a DPOC caso sejam fumantes.

Outras causa seria a Deficiência de alfa-1-antitripsina, em cerca de 1% das pessoas com DPOC, a doença resulta de uma perturbação genética que causa os baixos níveis de uma proteína chamada alfa-1-antitripsina (AAT). Ela é produzida no fígado e secretada na circulação sanguínea para ajudar a proteger os pulmões.

A deficiência de alfa-1-antitripsina podem causar danos no fígado, bem como nos pulmões. Para aqueles com DPOC relacionada com a deficiência de AAT, as opções de tratamento são as mesmas que para as pessoas com tipos mais comuns de DPOC.

Algumas pessoas podem ser tratadas através da substituição da proteína AAT deficiente, o que pode evitar mais danos aos pulmões.

Por isso, a doença pode acometer também pessoas mais novas, não-fumantes e que não tenham se exposto prolongadamente às substâncias causadoras da enfermidade.

  1. Fatores de risco

É possível afirmar que o principal fator de risco para o DPOC é o tabagismo. Entretanto, além dele, alguns outros fatores de risco relacionados à doença são:

- Exposição passiva à fumaça do cigarro;

- Histórico de tuberculose;

- Asma crônica;

- Exposição à fumaça de carros, chaminés etc.;

- Uso frequente de lenha para cozinhar sem a ventilação adequada;

- Recorrência de infecções nas vias aéreas inferiores quando criança.

- A Idade, a DPOC se desenvolve lentamente ao longo dos anos, por isso a maioria das pessoas tem entre 35 a 40 anos quando os sintomas começam.

  1. ASMA X DPOC

4.1 Asma

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias, que causa o estreitamento dos bronquíolos, dificultando a passagem de ar, provocando contrações ou broncoespasmos.Se expressa pela redução ou obstrução no fluxo do ar respirado, devido ao edema da mucosa dos brônquios, à hiperprodução de muco nas vias aéreas e à contração da musculatura lisa dessa região.O estreitamento das vias aéreas geralmente é reversível, de forma espontânea ou através de medicações, mas pode também tornar-se irreversível, em pacientes com asma crônica. A asma pode se iniciar em qualquer momento da vida, mas na maioria das vezes começa na infância. A alergia é o mais forte fator predisponente para asma. A exposição crônica aos irritantes das vias aéreas ou alérgenos também aumentam o risco de asma, os alérgenos comuns podem ser sazonais(grama, pólen) ou perenes (mofo, poeiras , baratas, ou pelos de animais).

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