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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Á CRIANÇA COM DISFUNÇÕES RESPIRATÓRIAS: SÍNDROME DE CRUPE

Por:   •  16/10/2021  •  Trabalho acadêmico  •  3.285 Palavras (14 Páginas)  •  254 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO ENFERMAGEM

ENFERMAGEM NO PROCESSO DE CUIDAR DA SAÚDE DO NEONATO, CRIANÇA E ADOLESCENTE

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Á CRIANÇA COM DISFUNÇÕES RESPIRATÓRIAS: SÍNDROME DE CRUPE

MANAUS – AM

2021

Dulcineia Nunes Sicsu

Evellin Karoline Campos Santos

Gabriela Aguiar Machado

Giovanna Gonçalves Duarte

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Á CRIANÇA COM DISFUNÇÕES RESPIRATÓRIAS: SÍNDROME DE CRUPE

Docente: Lihsieh Marrero

MANAUS-AM

2021

Sumário

1.        INTRODUÇÃO        4

2.        REVISÃO DE LITERATURA        6

2.1        Epiglotite Aguda        6

2.2        Laringotraqueobronquite Aguda        7

2.3        Laringite Espasmódica Aguda        8

2.4        Traqueíte Bacteriana        8

3.        CONCLUSÃO        12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        13

  1. INTRODUÇÃO

As doenças respiratórias representam um problema de saúde pública global por conta do aumento no número de casos e sua gravidade em todo o mundo. Atribui-se vários fatores como: aumento da prevalência de sensibilização alérgica precoce na infância; infecções virais em crianças de forma recorrente; aumento da sobrevida de crianças prematuras extremas. Portanto, de acordo com a literatura todos esses fatores mencionados contribuem para aumentar o risco de manifestações agudas se tornarem crônicas (CUTRERA et al., 2017).

Entre as infecções do trato respiratório, pode-se mencionar a Síndrome de Crupe ou apenas Crupe, considerada uma das causas mais comuns de obstrução das vias aéreas em crianças pequenas. Caracteriza-se como uma junção de sintomas de ínicio súbito manifestados por rouquidão, tosse ressonante exemplificada como “tosse de cachorro” ou “estridente”, com graus variado de estridor inspiratório e de desconforto em decorrência do edema ou da obstrução na região da laringe (HOCKENBERRY; WILSON, 2014; ORTIZ-ALVAREZ, 2017).

O crupe afeta aproximadamente 3% das crianças por ano, acometendo a faixa etária entre 6 meses e 3 anos. Sendo o vírus parainfluenza sendo o responsável em mais de 75% dos casos. É uma infecção mais comum em meninos do que meninas, tem uma proporção de 1,5: 1. E são definidos como crupe leve aproximadamente 85% dos casos e somente 1% considerado casos graves (SIZAR; CARR, 2021).

Etiologicamente, pode ter causa viral ou bacteriana. O vírus da parainfluenza comumente causa a crupe viral ou laringotraqueíte aguda, assim como pode ocorrer infecção pelo vírus do sarampo, adenovírus e vírus sincicial respiratório (RSV). A forma bacteriana divide-se em difteria laríngea, traqueíte bacteriana, laringotraqueobronquite e laringotraqueobroncopneumonite, geralmente iniciam com infecções virais e resultam em uma piora devido ao crescimento bacteriano secundário como do Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae e Hemophilus influenzae (SIZAR; CARR, 2021).

A maioria das crianças acometidas pelo crupe manifesta sintomas leves e de curta duração, com apenas <1% apresentando sintomas graves. A literatura apresenta que essa síndrome seja responsável por 3,2% a 5,1% das visitas ao pronto-socorro de crianças menores que 2 anos, porém menos de 6% delas apresentam sintomas que necessitem de internação (ORTIZ-ALVAREZ, 2017).

A crupe causa edema da laringe, tranqueia e brônquios por conta da infiltração de células brancas do sangue. O edema leva a obstrução parcial das vias aéreas, que quando evolui de forma significativa resulta em aumento do trabalho respiratório manifestado no fluxo de ar turbulento e ruidoso característico da síndrome, conhecido como estridor (SIZAR; CARR, 2021).

Os sintomas clássicos manifestam-se de forma rápida como tosse forte, estridor inspiratório, rouquidão e dificuldade respiratória. Porém, sintomas inespecíficos podem preceder o aparecimento da síndrome, geralmente com a criança apresentando piora no período da noite. O tempo com os sintomas geralmente é curto, variando de 3 a 7 dias, segundo a literatura em 60% dos pacientes a tosse seca some em 48 horas, e em menos de 5% dos casos esses sintomas evoluem por mais de 5 dias (ORTIZ-ALVAREZ, 2017).

Como já mencionado, a síndrome de crupe pode afetar laringe, traqueia e os brônquios, entretanto o envolvimento laríngeo domina o quadro clínico por causar efeitos graves na voz e respiração da criança. Elas são descritas conforme a área anatômica que é afetada, logo, epiglotite ou supraglotite, laringite, laringotraqueobronquite e traqueíte (HOCKENBERRY; WILSON, 2014).

Portanto, este estudo tem como objetivo revisar sobre as síndromes de crupe e apresentar a assistência de enfermagem referente a essas crianças.

  1. REVISÃO DE LITERATURA

  1. Epiglotite Aguda

A epiglotite é caracterizada como uma condição inflamatória da epiglote e estruturas adjacentes podendo progredir rapidamente para obstrução de vias aéreas com eminente risco de vida e pode ser causada por patógenos bacterianos, virais ou fúngicos, afetando principalmente crianças (LEE et al., 2015).

Epiglotite tem sido associada a infecções por Haemophilus influenzae acometendo principalmente crianças de 3 meses a 5 anos, com pico de incidência entre 1 e 3 anos, tendo progressão rápida da sintomatologia manifestada por inicio de febre, salivação excessiva e estridor (JENKINS; SAUNDERS, 2009).

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