ATPS processo de cuidar injeção IM Ventroglútea

ANHAGUERA EDUCACIONAL LTDA.

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Daniele Martines Gomes                 8203944010

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Processo de Cuidar II

ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (ATPS), APLICAÇÃO DE INJEÇÃO INTRAMUSCULAR VENTROGLÚTEO- ETAPAS I E II; ANHAGUERA.

Caroline França

                                           NITERÓI

2015

ETAPA 1

    A partir da técnica de 80 do século XIX a introdução da injeção por via IM (Intramuscular) – que é conceituada pela introdução de medicamentos dentro do ventre muscular - foi utilizada na área da saúde. Com o passar do tempo, houveram o aperfeiçoamento e a atualização da técnica pela Enfermagem (MENESES, MARQUES. 2007).

    Com base na busca de alternativas para extinguir as complicações inerentes ao uso do músculo glúteo máximo, o anatomista suíço Von Hochstetter, em 1954, identificou e comprovou através de várias investigações, que a região ventroglútea é o local que possui menor risco ao cliente. Isso se deve ao fato de ser livre de vasos ou nervos importantes e à menor espessura de tecido subcutâneo, quando comparado às regiões dorsoglútea, face ântero-lateral da coxa e deltoidea (GODOY, NOGUEIRA, MENDES. 2004).

   A constituição do plano muscular da região ventroglútea é dada pelos músculos glúteo médio e mínimo que ficam recobertos pelo glúteo máximo. A literatura considera este o lugar mais seguro e apropriado para a aplicação IM em adultos, crianças e bebês (DALMOLIN. et. al. 2013).

    Pela musculatura desta região ser frequentemente usada em atividades diárias, a absorção desta área é boa. Evitando assim, abscessos por má absorção do fármaco, pelo que alguns autores defendem a utilização da região VG (também conhecida como técnica de Hochstetter) para a aplicação da vacina dupla adulto, de maneira que, o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) já preconiza esta região para administração de vacinas Tetravalente, DTP e DT (MENESES, MARQUES. 2007).

   

   

ETAPA 2

   

Desde 1960 a administração de medicamentos IM tem sido considerada um procedimento rotineiro de enfermagem. É eminente que a educação referente às técnicas de injeção IM, direcionada aos estudantes de enfermagem e enfermeiros, produzem uma prática de qualidade agregando segurança ao paciente (COREN-SP. 2010).

A capacitação dos enfermeiros e profissionais de enfermagem dependem diretamente da sua formação profissional bem como de atualizações dos seus conhecimentos, a fim de repensar e alterar suas práticas atuais (GIMENES, MACHADO, ATILA. 2014).

    Com base nas informações supracitadas, faz-se necessário determinar os materiais apropriados para a administração de fármacos IM na região ventroglútea.  São eles: tamanho da seringa, volume do medicamento e tamanho da agulha.

    O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (COREN-SP) publicou em seu estudo, no ano de 2010, que em relação ao volume a ser administrado, deve ser avaliado de acordo com a tolerância de cada paciente, e não somente observando a capacidade muscular dos mesmos. Há evidências que a utilização de volumes menores ajuda na absorção e diminui as reações adversas do medicamento, alguns autores recomendam dividir em duas injeções a dose de volumes que ultrapassem 3ml². O volume máximo a ser administrado varia entre 1,5 ml, para crianças de 3 a 6 anos, até 4,0 ml, em adultos.

    Em se tratando do tamanho da seringa, o COREN-SP, esta deverá ser compatível com o volume do medicamento a ser administrado. Quanto ao comprimento da agulha, deve-se ponderar cada paciente com o intuito de optar pelo comprimento que garanta a transposição do tecido subcutâneo para que o medicamento seja depositado no tecido muscular. Há recomendações de alguns pesquisadores de que seja feito o cálculo de massa corpórea do paciente, a fim de auxiliar na avaliação do tecido adiposo e escolha da agulha adequada. Em pacientes adultos (homens com peso corpóreo entre 60 e 118 Kg e mulheres entre 60 e 90 Kg), o calibre da agulha deverá ser de 30x7mm.

REFERÊNCIAS

• FREITAG, VL;DALMILIN, IS; BADKE, MR; PETRONI, S. Injeções intramusculares ventroglútea: o conhecimento da técnica pelos profissionais de enfermagem. Rev. Enferm. UFPE on line., Recife, 9(supl. 2):799-805, fev.,2015.
•  MENESES, AS; MARQUES, IR. Proposta de um modelo de delimitação geométrica para a injeção ventro-glútea. Ver. Bras. Enferm, Brasília 2007 set-out; 60(5):552-8.
• DALMOLIN, IS; FREITAG, VL; PETRONI, S; BADKE, MR. Injeções intramuscularese a utilização pelos profissionais de enfermagem. Ver. Enferm. UFSM 2013 mai/ago; 3(2):259-265.
• GIMENES, FRE; MACHADO, JP; ATILA, EG. Avaliação do conhecimento de profissionais de enfermagem sobre a injeção ventroglútea. Cienc. Enferm. Vol.20 no.2 Concepcion ago. 2014.
• BARRA, DCC; NASCIMENTO, ERP; MARTINS, JJ; ALBUQUERQUE, GL; ERDMANN, AL. Evolução histórica e impacto da tecnologia na área da saúde e da enfermagem. Revista eletrônica de Enfermagem, v, 08, n. 03, p. 422 – 430, 2006.
• Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo, Administração de medicamentos por Via Intramuscular. Disponível em:  Acesso em 07 de setembro de 2015.
• GODOY, S; NOGUEIRA, MS; MENDES, IAC. Aplicação de medicamentos por via intramuscular: análise do conhecimento entre profissionais de enfermagem. Ver. Esc. Enferm. USP 2004; 38(2):135-42.

• Com base no que você leu no prontuário fornecido, qual o melhor formulário de triagem de risco nutricional a ser aplicado nesse paciente: Avaliação Nutricional Subjetiva Global – ANSG ou Mini Avaliação Nutricional – MAN apontando as características de indicação de cada um dos formulários e qual o resultado da avaliação do paciente?

• Com base na avaliação de risco nutricional realizada e seu diagnóstico, sugira qual a melhor forma de terapia nutricional para melhoria do estado nutricional desse paciente, lembrando que ele deverá iniciar a quimioterapia e enfrentar os efeitos colaterais.

• Além disso, discuta qual a melhor via de acesso para a infusão dessa dieta e forma de administração.