Análise Crítica - Mãos Talentosas, a história de Ben Carson

Mãos Talentosas – A história de Ben Carson

O filme retrata a história de Ben Carson, um neurocirurgião que cresceu em um lar desfeito em meio à pobreza e ao preconceito, foi um aluno que tirava notas baixas e tinha problemas de comportamento devido ao seu temperamento. O filme mostra muito o papel vital de sua mãe em sua educação e carreira, que insistiu para que ele agarrasse as oportunidades que ela nunca teve, o ajudou a expandir sua imaginação, inteligência e fé em si mesmo. A fim de proporcionar um futuro melhor para seus filhos, sua mãe o obrigou a ler dois livros por semana o que de fato, gerou resultados.

Ben conseguiu melhorar seu desempenho acadêmico e ganhou uma bolsa de estudos para a faculdade de medicina. Sucessivamente, Ben conquista uma vaga para residência em neurocirurgia e novamente sofre preconceito racial além de constantemente sofrer assédio moral pelo seu orientador. Foi quando Ben decidiu realizar uma cirurgia de emergência por conta própria, colocando em risco sua carreira como cirurgião, mas que por fim conseguiu salvar a vida do seu paciente e assim ele alcançou o merecido respeito de todos da equipe, inclusive de seu orientador.

Em 1987, Ben executou uma cirurgia nunca feita antes ao qual se preparou por cinco meses e teve vinte e duas horas de duração, para separar dois gêmeos siameses unidos pela parte posterior da cabeça, que foi muito bem sucedida e levou seu nome a um nível mundial.  O sucesso da cirurgia se deve também a organização da equipe do centro cirúrgico, administrada por Ben, deixando nítido que o trabalho em equipe é extremamente necessário para que tudo ocorra da maneira correta.

O filme mostra, para nós da enfermagem, que todos têm o seu papel e ninguém é capaz de crescer sozinho. Hoje por vezes vemos os mesmos tratamentos que Ben recebia quando era mais novo e até o momento de se consolidar como cirurgião renomado, a questão racial ainda é algo que se deve trabalhar, pois vemos a quantidade de mão de obra médica e de enfermagem nos hospitais onde a predominância é quase unânime de brancos, contradizendo um dos princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde (SUS) que é a equidade e respeito a todos indiferente de raça, etnia e religiosidade. O filme reforça a necessidade de termos preito, educação e amor pela nossa profissão, além disso, mostra para nós como atitudes podem interferir de maneira direta em quem nós somos e no que refletimos como profissionais.  Nesse caso, voltamos a citar o exemplo do papel da mãe do Ben que foi essencial para que ele e seu irmão pudessem ter um futuro de sucesso mesmo que enfrentando todos os percalços que inevitavelmente ocorrem durante a vida.

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