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Humanização no cuidado

Por:   •  10/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.881 Palavras (8 Páginas)  •  236 Visualizações

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1 - Resgate Histórico: Enfermagem e a arte de cuidar

Os hospitais antigos possuem vários fatores de análise. Antes da emergência da medicina, os hospitais eram basicamente um abrigo para infortunados e enfermos que não tinham condições para efetuar o tratamento em casa. Procuravam os hospitais para receber a benção ou falecer. Mas o atendimento variava de instituição, quem o realizava geralmente eram mulheres religiosas que buscavam a remissão dos pecados e sua salvação.

Segundo Martin (2003), até o século XVIII, os hospitais eram péssimos: havia muitos casos de doenças infecto-contagiosas e um grande déficit de pessoal qualificado para a assistência. Os ricos eram atendidos em casa enquanto os pobres padeciam, além de servirem como fonte de pesquisa de doenças. É ai que Florence Nightingale se destaca, quando a mesma é convidada pelo ministro da Inglaterra para atuar na Guerra da Criméia. Por volta do século XIX, devido ao avanço social e tecnológico, os hospitais criaram estratégias para promover de maneira mais adequada a saúde do paciente.

Com o passar do tempo a visão dos hospitais mudou e, devido ao rápido desenvolvimento das tecnologias, foi possível a reorganização destas instituições.

As mulheres ganharam ainda mais espaço nas relações trabalho em saúde e os homens também se achegaram à enfermagem. Hoje, os profissionais estão em busca constante de informação e conhecimento através de pesquisas acadêmicas que são amparadas pela tecnologia. Contudo, nenhuma delas substitui o cuidado humanizado. Afinal é uma grande responsabilidade lidar com outras vidas. Cuidar vai muito mais além que uma técnica mecanizada. Este zelo representa uma ocupação, preocupação, responsabilidade, envolvimento emocional com o próximo e sensibilidade.

2.1 - O Cuidado em Enfermagem - Uma Aproximação Teórica

Com a exacerbação do individualismo e a ânsia por novas tecnologias, o cuidado praticado pelos profissionais da saúde está cada vez mais mecanizado e indiferente frente à outras necessidades que não sejam físicas. A humanização do cuidado ocorre quando há empatia, o exercício da compaixão e respeito, solidariedade. Para que compreenda-se tal zelo, é necessário que haja uma concepção ética que valorize a vida como um bem de grande valor.

O enfermeiro e sua equipe precisam entender o homem em sua totalidade, ter visão holística do paciente para só então poder promover o cuidado de maneira adequada. Quando a equipe não é bem gerenciada, há conflitos e defeitos na comunicação entre os integrantes, torna-se mais difícil que estes deixem de ver o sofrimento do próximo com indiferença. Acabam perdendo a sensibilidade, uns até de tal forma que acabam desenvolvendo esgotamento emocional e piorando ainda mais este quadro. Esses maus resultados/dissonância se refletem diretamente na saúde/bem-estar do paciente.

Não se pode esquecer que o foco é a vida do paciente dos pontos de vista: intrínseco, subjetivo e de valor instrumental. Além disso , seria um equívoco não considerar o cuidado no âmbito ético-social e sócio-politico pois este evidencia as diferenças sociais impostas pelo capitalismo, obrigando assim, o profissional a se adequar às necessidades sociais do paciente. Portanto, o cuidado é mais abrangente do que somente a atual mecanização. Exige habilidades que vão mais além de técnicas e uma visão ampla do quadro do paciente, como ser social, biológico e principalmente humano.

2.2 - Cuidar em Enfermagem

Cuidar e tratar, duas palavras com significados parecidos mas que na prática possuem grandes diferenças. A essência da enfermagem é o cuidado por excelência, todavia, na lida diária muitos abandonam o real conceito de cuidado para promover o tratamento.

É bem simples: Os que se dedicam ao cuidado, vêem o paciente como um ser holístico, insubstituível e singular, com suas necessidades bio-psico-sociais. O vê com empatia e respeito. Aqueles que perderam o hábito de cuidar e apenas tratam, focam-se no tratamento da região afetada sem considerar que ali há uma vida, um ser humano, que precisa ser cuidado também. Essa pessoa possui muitas outras necessidades além do tratamento e como ficou claro no artigo anterior o cuidado possui uma importância social e política.

No exercício profissional a promoção da saúde de maneira humanizada implica em exercer a cidadania de forma a agir no contexto social. O enfermeiro, no dia-a-dia, estabelece contato com a realidade do paciente e por vezes pode servir de exemplo ou incentivo para a reinserção social deste paciente, seja no emprego, estudos, etc. Os enfermeiros que não consideram todas essas variáveis, ferem o direito à dignidade do paciente e outras normativas do CEPE.

Por outro lado, é clara a necessidade de obter boas relações interpessoais com os membros da equipe. Para que isso ocorra, é responsabilidade do líder planejar uma forma de deixar a equipe em consonância, criando metodologias que conduzam a prestação de cuidados com qualidade, reunindo todas as competências adequadas para interagir de maneira eficaz tanto com seus subordinados quanto paciente.

2.3 - O Processo de Cuidar ao paciente com doença crônica cardíaca

Em resumo ao artigo, o processo de cuidar de enfermagem ao portador de doença crônica cardíaca, entendemos que foi importante esse estudo para identificar o processo de cuidar de defender os seus elementos. Foram extraídas informações de enfermeiros sobre o cuidar na enfermagem, em relação a pacientes de doença crônica cardíaca. Foram identificadas informações importantes de como o cuidar se faz importante na vida do ser humano, em foco o paciente com doença crônica cardíaca, pois ele em uma de suas fases de doença encontra-se fragilizado fisicamente e emocionalmente, e o enfermeiro assume um papel importantíssimo na vida desse paciente, pois procura além de trazer os cuidados técnicos, ele também manifesta o cuidado nas suas necessidades de segurança, carinho e autoconfiança.

Em documento a OMS (Organização Mundial de Saúde) enfatiza que o paciente portador de doença crônica carece de cuidados planejados, capazes de prever suas necessidades básicas e proporcionar atenção integrada. Para entender melhor, o objetivo desse estudo foi identificar os elementos do processo de cuidar realizado pelo enfermeiro ao portador de doença crônica cardíaca, ou seja, como é realizado o cuidar a esses pacientes, quais os métodos utilizados pelo enfermeiro quando cuidar de um paciente. Esse estudo foi realizado

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