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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR E VISCERAL

Por:   •  7/5/2018  •  Seminário  •  1.260 Palavras (6 Páginas)  •  1.301 Visualizações

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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR E VISCERAL

CONCEITO


  A Leishmaniose é uma doença protozoose, é infecciosa, porém, não contagiosa. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa chamados Macrófagos. É causado por infecção pelos Protozoários do gênero Leishmania, e se espalham através da picada do Mosquito fêmea Flebotomíneos, mais conhecidos como Mosquito Palha ou Birigui. Não há transmissão direta de pessoa para pessoa, o mosquito só transmite a doença se tiver picado um animal infectado. Há dois tipos de Leishmaniose Tegumentar (Cutânea) e a Visceral (Calazar).

 

  • Leishmaniose Tegumentar:

É caracterizada pela presença de uma úlcera indolor de aspecto papuloeritematoso, ulcerado ou furunculoide, nas partes expostas do corpo, com formato arredondado ou ovulado, de tamanho variável. Essas Lesões acometem a Pele e as mucosas. O período de incubação é em torno de um mês, mais pode variar de duas semanas a um ano.

 

  • Leishmaniose Visceral:

Forma crônica caracterizada pelo acometimento sistêmico, que acometem os órgãos internos. A infecção pode ser Oligossintomática (Quase ou nenhum sintoma) ou de moderada a grave, levando o paciente à morte.

 

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da Leishmaniose é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais.

  • No caso da Leishmaniose Tegumentar, o diagnóstico pode ser feito pela observação direta microscópica dos parasitas em amostras de linfa, sanguíneas (raramente) ou de biopsias da região lesionada.

  • Já nos casos de Leishmaniose Visceral, o diagnóstico parasitológico e realizado com amostras de medula óssea, baço, linfonodos.

  • Outro método é o Intradermoreação de Montenegro: Um teste realizado com injeção intradérmica de antígenos (proteínas) de Leishmaniose. Caso o doente já tenha entrado em contato com o parasita (está infectado ou já esteve), ocorre uma reação inflamatória no local da injeção. Podendo ser positivo após tratamento bem sucedido e negativo na forma Cutânea Difusa, que depende do sistema imunológico do indivíduo.
  • Há também o Diagnóstico Imunológico: Ultiliza-se a imunofluorescência indireta RIFI e o Elisa. Estes testes detectam os anticorpos anti-Leishmania circulantes no sangue de pessoas que já entraram em contato com o parasito.    

SINTOMAS DE LEISHMANIOSE

  • Tegumentar: 

De 2 a 3 semanas após a picada pelo inseto flebótomo aparece uma pequena pápula (elevação da pele) avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta. As feridas podem ser ou não doloridas e, algumas pessoas têm glândulas inchadas perto das feridas. A doença também podem se manifestar com lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca.

  • Visceral: 

Geralmente as pessoas têm febre, anemia, palidez, perda de peso , esplenomegalia (aumento do baço), hepatomegalia(aumento do fígado), edema, taquicardia, prostação, anorexia, queda de cabelos, epistase, dores articulares, mialgia.

Outras complicações são: pneumonias, broncopneumonias, otites e amígdalites.

TRATAMENTOS

O tratamento da Leishmaniose é feito a base de  Antimoniais Pentavalentes, administrada por via Intravenoso ou intramuscular, como o Fungison e Glucantine. A dose e o tempo da terapia variam com as formas da doença e gravidade dos sintomas.

Modo de administração dos medicamentos:

GLUCANTINE:

  • Leishmaniose visceral: 
    Administração parenteral (intravenosa ou intramuscular) de 20 mg/Kg/dia de antimônio pentavalente (Sb+5) durante 20 dias consecutivos. 
    Em caso de recorrência, a critério médico, o tratamento pode ser reiniciado imediatamente com a mesma dose diária.

  • Leishmaniose tegumentar: 
    - Lesões Cutâneas: 
    Nas formas cutânea localizada e disseminada, a dose recomendada varia entre 10 a 20 mg de Sb+5/Kg/dia. Sugere-se 15 mg de Sb+5/Kg/dia tanto para o adulto quanto para crianças durante 20 dias consecutivos. Se não houver cicatrização completa no período de três meses (12 semanas) do término do tratamento, o esquema deverá ser repetido, prolongando-se, desta vez, a duração da série para 30 dias. Se não houver resposta, utilizar outro medicamento de segunda escolha.
    Na forma difusa, a dose é de 20 mg de Sb+5/Kg/dia durante 20 dias consecutivos.

    - Lesões Mucosas: 
    Em todas as formas de acometimento mucoso, a dose recomendada é de 20 mg de Sb+5/Kg/dia durante 30 dias consecutivos, de preferência em ambiente hospitalar. Se não houver cicatrização completa no período de três meses (12 semanas) do término do tratamento, o esquema deverá ser repetido apenas uma vez. Em caso de não resposta, utilizar outro medicamento de segunda escolha. 

FUNGIZON: 

  • Deve ser administrado por infusão intravenosa lenta. A concentração recomendada para infusão é de 0,1 mg/ml (1 mg/ 10ml). A terapêutica é iniciada, normalmente, com uma dose diária de 0,25 mg/kg de peso corpóreo administrada por um período entre 2 a 6 horas.

Aplicação: 
No caso do GLUCANTINE aplicação deve ser feita por via parental (intravenosa ou intramuscular). Preferência região glútea. Por via intravenosa, não há necessidade de diluição. Já no caso do FUNGIZON aplicação por via intravenosa e fazer diluição. Ambos utilizar agulha fina (calibre 25x8), aplicação lenta.

                                                                                                                                                                                           

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