TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

SAÚDE OCUPACIONAL: UMA ÊNFASE NA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO DO TRABALHO NO ÂMBITO HOSPITALAR

Por:   •  27/5/2018  •  Relatório de pesquisa  •  5.264 Palavras (22 Páginas)  •  429 Visualizações

Página 1 de 22

SAÚDE OCUPACIONAL: UMA ÊNFASE NA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO DO TRABALHO NO ÂMBITO HOSPITALAR

  1. INTRODUÇÃO

A relação trabalho e saúde vêm sendo relatada desde a Antiguidade. As primeiras abordagens desenvolvidas desta temática tiveram início na Europa, no século XIX, com a implantação dos serviços médicos voltados à saúde do trabalhador dentro das empresas. (BRASIL, 2012)

A Organização Internacional do Trabalho (OIT), criada em 1919, adotou, desde o início, normas preventivas que tratavam da limitação da jornada, do desemprego, da proteção à maternidade, do trabalho noturno de menores e mulheres e da idade mínima para admissão de crianças. Em 1953, por intermédio da Recomendação 97, que visa à proteção à saúde dos trabalhadores, passou-se a estimular os países membros a instalarem serviços de Medicina do Trabalho (MT) nas empresas. Já no Brasil desde 1943, com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e com a Lei nº 6.514, de 1977, tais serviços foram previstos e o ambiente no espaço das empresas. passou a ser objeto de atenção da Engenharia de Segurança e da Higiene Ocupacional. (SILVA, 2010)

Antes de falar de saúde ocupacional, faz-se necessário conhecer os conceitos de saúde. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a saúde é conceituada como sendo o completo bem estar físico, mental e social e não simplesmente a ausência de doença. Partindo de tal definição fica claro que há uma forte necessidade de se criar condições de vida adequadas para o indivíduo a fim de mantê-lo saudável.

A Saúde Ocupacional pode ser definida como parte integrante da saúde pública, uma vez que esta indubitavelmente engloba os objetivos propostos pela Comissão Mista da Organização Internacional do Trabalho (OIT-) e Organização Mundial da Saúde (OMS), à saber: a Saúde Ocupacional tem como finalidade incentivar e manter o mais elevado nível de bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores em todas as profissões; prevenir todo o prejuízo causado à saúde destes pelas condições de seu trabalho; protegê-los em seu serviço contra os riscos resultantes da presença de agentes nocivos à sua saúde; colocar e manter o trabalhador em um emprego que convenha às suas aptidões fisiológicas e psicológicas e, em resumo, adaptar o trabalho ao homem e cada homem ao seu trabalho. (Nogueira, 1984)

De forma a assegurar que esse equilíbrio seja alcançado e mantido, o Ministério do Trabalho (MT) através da Portaria nº 24 de 29 de dezembro de 1994 aprova o texto da Norma Regulamentadora nº 7 que, estabelece a obrigatoriedade de implementação do Programa de Controle Medico de Saúde Ocupacional (PCMSO). (BRASIL;1994).

Dessa forma, esse trabalho busca apresentar como é a vivência do enfermeiro do trabalho que atua junto ao PCMSO dentro de uma instituição hospitalar e quais os trabalhos por ele desenvolvidos.

  1. IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO DE VISITA TÉCNICA

Realizada  no dia 26 de fevereiro de 2013 das 14:00 às 16:00h, sob supervisão da Enfermeira Jussara Luongo, visita técnica à  Sociedade Beneficiente de Senhoras - Hospital Sirio Libanês - Unidade Bela Vista, situado à Rua Adma Jafet nº 91 – Bela Vista – São Paulo – CEP: 01308-050. Telefone para contato (11) 3155-0200, onde foi apresentado pela Enfermeira do Trabalho Srª Maria Laura Barberato Apparecido o setor de medicina do trabalho bem como todas as atividades nele desenvolvidas.

  1. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA

A Sociedade Beneficiente de Senhoras - Hospital Sirio Libanês é uma instituição filantrópica brasileira, atuante no segmento médico, de assistência social, de ensino e pesquisa. Com quase um século desde sua fundação, tem se estruturado como uma construção coletiva sem distinção social ou econômica. Acreditando-se que o exercício da prática médica só pode ser aprimorado quando se compartilha e constrói conhecimentos, são desenvolvidos inúmeros projetos na área de ensino e pesquisa.

Em conjunto com as políticas públicas de saúde são realizados projetos filantrópicos onde busca-se fazer mais para quem mais precisa, a fim de apoiar o sistema Único de Saúde (SUS) auxiliando-o em seu desenvolvimento contínuo e com isso garantindo a universalidade e integralidade da assistência ao cidadão.

A chegada dos sírios e libaneses ao Brasil começou no final do século XIX e início do XX. Entre essa primeira geração de imigrantes, algumas senhoras viriam a ser fundamentais para a história de São Paulo: as fundadoras da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês.  Lideradas por Dona Adma Jafet, essas pioneiras se reuniram em torno da ideia de oferecer uma assistência médica de qualidade em um local que combinasse com a importância da cidade. Assim, em 1923, adquiriram um terreno de 17 mil metros quadrados perto da Avenida Paulista. As obras foram iniciadas em 1931. O edifício foi concebido com dois andares e um subsolo, para poder comportar os melhores equipamentos da época: raios X, raios ultravioleta, curieterapia, eletroterapia, radioterapia e diatermia, além de um solário para ajudar na convalescença dos pacientes.

Definida a planta, a pedra fundamental foi lançada em 29 de novembro de 1931, e em 1937 começaram a chegar os primeiros equipamentos. Três anos depois, o prédio foi ocupado pela Escola Preparatória de Cadetes e só retornou para a Sociedade Beneficente de Senhoras em 1959, graças à perseverança de Dona Violeta Jafet, atual Presidente Honorária, e o grande empenho do Sr. Lourenço Chohfi.

Em 1961, após uma grande reforma, o prédio voltou a ser novamente ocupado e, no ano seguinte, passou a atender como um pronto-socorro pediátrico. Em 15 de agosto de 1965, sob a direção clínica do Dr. Daher Cutait (que trouxe consigo uma equipe médica altamente qualificada), foi então oficialmente inaugurado. Porém, com o crescimento da cidade e os avanços da medicina, logo veio a necessidade de construir um novo prédio, sendo então inaugurado o Bloco B em 1972. Para o Dr. Daher Cutait, Diretor Clínico na época, era fundamental que, além de um local de atendimento, o Hospital fosse um polo de ensino e pesquisa, e a criação da UTI foi um grande impulso nesse sentido. Médicos de todo o País aprendiam ali as novas maneiras de cuidar de doentes graves. Contudo, para abrigar novas unidades, a construção do Bloco C se fez necessária. Em 1992, o novo prédio foi concluído e o Hospital finalmente tinha seu Instituto de Ensino e Pesquisa. Hoje, após nove décadas de existência, o Hospital é referência nacional e internacional no cuidado e excelência em serviços de saúde.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (35.8 Kb)   pdf (337.5 Kb)   docx (29.9 Kb)  
Continuar por mais 21 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com