VITAMINA C TÓPICA E SEU USO NO PROCESSO NATURAL DO ENVELHECIMENTO
Por: mayke1718 • 19/3/2020 • Artigo • 4.206 Palavras (17 Páginas) • 284 Visualizações
VITAMINA C TÓPICA E SEU USO NO PROCESSO NATURAL DO ENVELHECIMENTO
DIENE OSÓRIO SANTOS
KAREN LORRANE VAZ
NAYRA COMAR DE MORAIS
MAYKE FLORENTINO MOTTA
WILDA TOLEDO MACHADO
RESUMO
O envelhecimento da pele é intrínseco (de natureza genética) e extrínseco, (causas externas) a vitamina C um importante papel na prevenção do acúmulo de radicais livres no organismo, combatendo o envelhecimento precoce dos tecidos. Esse trabalho tem por objetivo uma revisão bibliográfica, a fim de evidenciar como o uso da vitamina C tópica ajuda na prevenção e tratamento do processo de envelhecimento extrínseco. Sabe-se que a vitamina C tem sido bastante utilizada em produtos cosméticos, pois possui atividade antioxidante, despigmentante e foto rejuvenescedor, hidratante. Além disso, a vitamina C está ligada ao processo de formação de colágeno, responsável pela firmeza da derme e aumento do nível de cicatrização dos tecidos.
Palavras-chave: Envelhecimento cutâneo. Vitamina C. Foto envelhecimento.
ABSTRACT
Skin aging occurs by two process types, being intrinsic, genetic nature and extrinsic external causes. Vitamin C having an important role in preventing the excessive accumulation of free radicals in the body, helping to combat the aging of tissues. This paper aims at a literature revire in order to show how the use of topical vitamin C helps in the prevention and treatment of extrinsic aging process. It is known that vitamin C has been widely used in cosmetics because it has antioxidant activity, depigmentation and fotorrejuvenescedor as well as being a good ally in hydration. Furthermore, vitamin C is linked to collagen formation process, the dermis responsible for the firmness and increasing tissue healing level.
Keywords: Skin aging. Vitamin C. Photoaging
INTRODUÇÃO
Sabe-se que o envelhecimento é um fenômeno inevitável e que todo ser vivo está sujeito com o avançar da idade, tendo por consequências alterações perceptíveis ou não (SCOTTI et al., 2007), e pode ser classificado o envelhecimento cutâneo como extrínseco ou intrínseco. Segundo Ribeiro (2010, p.206) o envelhecimento “envolve um conjunto de alterações morfológicas, fisiológicas e bioquímicas”, que aparecem no nosso organismo ao longo da vida. A vitamina C atua de forma importante no antienvelhecimento, pois de acordo com Santos (2013) ela age “corrigindo perdas estruturais e funcionais da pele, pois ela está relacionada à regeneração da epiderme, tendo um efeito foto protetor na pele”.
Quando usada de forma correta e em concentrações adequadas, a vitamina C opera prevenindo as causas do envelhecimento, estimulando a síntese de colágeno, tendo ação despigmentante e antioxidante, gerando uma melhora no aspecto da pele (CAYE e RODRIGUES, 2008, p.11). Deste modo, o presente artigo tem por objetivo mostrar, através de revisões bibliográficas, como a vitamina C tópica age em relação ao envelhecimento cutâneo extrínseco.
1. ENVELHECIMENTO CUTÂNEO
A aparência física tornou-se um aspecto de grande importância na sociedade contemporânea e têm-se procurado formas de reparar as marcas causadas pelo tempo ou por fatores externos. Com o avanço da idade, é natural que a composição do colágeno enfraqueça, fazendo com que a pele perca sua elasticidade, assim, “o suporte estrutural determinado pela derme vai perdendo, fazendo com que a pele se torne menos elástica” (FRANZEN; SANTOS; ZANCANARO, 2013, p. 52 e 53). O envelhecimento se dá através de dois fatores específicos, o envelhecimento intrínseco, ou cronológico, que é o processo natural que o ser humano passa pela redução da renovação celular, hereditariedade, raça e demais comprometimentos funcionais do corpo, estando suscetível a uma série de fatores prejudiciais; e o extrínseco, ou foto envelhecimento, caracterizado por fatores externos que o organismo sofre, que tem como causa exposição excessiva à ação dos raios ultravioletas, que são estimulantes da formação de radicais livres e de outros fatores externos como poluição, fumo, álcool ou medicamentos antitumorais, podendo-se observar a ação dos radicais livres em ambos os mecanismos.
Os radicais livres são as moléculas e átomos que contém elétrons não pareados. Essa configuração faz dos radicais livres moléculas altamente instáveis e quimicamente muito reativas. Eles podem ser gerados no citoplasma, mitocôndrias ou nas membranas (BIANCHI e ANTUNES, 1999). Durante o processo de envelhecimento ocorrem alterações na composição, estrutura e nos processos bioquímicos da pele, causando danos as suas funções e propriedades. Dessa forma, segundo HARRIS (2009, p. 309):
A pele envelhecida cronologicamente é fina, pálida, com rugas finas, apresentando frouxidão e ressecamento, sendo comum a presença de neoplasmas benignos. Já a pele foto envelhecida apresenta uma aparência também ressecada, com pigmentação irregular e amarelada, sulcos profundos e pequenas rugas, frequentemente observando-se telangiectasias, queratose actínia e outras lesões pré-malignas.
Portanto, nota-se que as alterações causadas pelo envelhecimento natural não causam tantos danos quanto ao envelhecimento extrínseco, no qual a pele sofre uma exposição excessiva e agressiva à radiação solar. Segundo Ribeiro (2010, p. 207) A foto envelhecimento se sobrepõe ao envelhecimento intrínseco. ”, pois as alterações observadas em áreas que são expostas são mais lesionadas que em outras áreas, uma vez que nestas regiões sofrem a junção dos dois envelhecimentos.
Consequentemente, com o aumento da expectativa de vida, houve uma grande indução à busca por intervenções que melhorem o aspecto da pele, tentando retardar ao máximo o aparecimento de marcas e sintomas do envelhecimento, havendo uma grande procura por profissionais de estética, que irão proporcionar métodos que auxiliam na diminuição e prevenção das alterações geradas pelo envelhecimento, submetendo a um envelhecer sem parecer velho (RIBEIRO, 2010).
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