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A EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

Por:   •  6/9/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.484 Palavras (6 Páginas)  •  492 Visualizações

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

CURSO DE FARMÁCIA

EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

ALINE LOPES DO NASCIEMENTO

BRENDA FREIRE DOS SANTOS

ELLEN SUELY DA SILVA

Macapá

2018

 INTRODUÇÃO

Os animais experimentais são utilizados em pesquisas com a finalidade de obtenção de resultados no que se refere ao desenvolvimento de fármacos, cosméticos, novos métodos cirúrgicos, vacinas, entre diversos outros fins. O emprego desses animais visa justamente os testes de avaliação e eficácia de novos produtos, antes dos testes em seres humanos (LAZZARI et al., 2018). A via de administração escolhida é aquela que se pretende usar no futuro medicamento, são divididas em parenteral, que incluem as injeções podendo ser intramuscular, intravenosa e subcutânea), e a via enteral são as drogas de uso retal, sublingual e oral (VASQUEZ et al., 2010)

Quando se descobre um novo fármaco promissor, faz-se obrigatório a realização de ensaios de triagem antes de começarem os estudos em seres humanos. Grande parte dos compostos que são o objeto de estudo são eliminados nesta fase. Esses ensaios denominam-se fase pré-clínica e correspondem as seguintes fases: a formulação, os estudos farmacológicos in vitro, e os estudos in vivo utilizando modelos animais para a avaliação da potência de eficácia (FERREIRA et al., 2009)

Os animais em experimento são mantidos em um local chamado biotério, que deve ser construído em uma área física adequada, com profissionais treinados, com água, alimentação iluminação e temperatura adequada específica para cada espécie. Nos biotérios brasileiros três espécies são mais utilizadas para estudo experimental, todas pertencentes aos mamíferos, sendo elas: o rato e camundongo, animais mais escolhidos para pesquisas, pelo porte e pela quantidade; o coelho, pela mansidão e facilidade de manuseio; o cão, pelo porte constituição anatômica. (SCHNAIDER; SOUZA, 2003).

No Brasil, existem três legislações que tratam diretamente sobre os aspectos éticos do uso de animais em pesquisas: a Lei Arouca (11.794/2008), o Decreto n° 6899/2009 e a Resolução Concea n°12/2013, sobre a Diretriz Brasileira para o Cuidado e a Utilização de Animais para fins Científicos e Didáticos. Após a criação da Lei Arouca, todas as instituições de pesquisa brasileiras que utilizarem animais em seus estudos obrigatoriamente precisam constituir uma Comissão de Ética em Uso de Animais – Ceua, que é o órgão responsável pela aprovação e licenciamento de projetos de pesquisa envolvendo o uso de animais em uma determinada instituição (GUIMARÃES et al., 2016).

Portanto, a aula prática realizada no dia 15 de agosto de 2018 na Universidade Federal do amapá teve como objetivo não apenas conhecer os tipos de animais experimentais, mas também identificar os cuidados necessários na aclimatação dos mesmos, bem como identificar as vias de administração, aprender a manipulá-los, levando em consideração os preceitos da ética e do cuidado necessário durante todo o processo de experimentação.

MATERIAIS E MÉTODOS

Os materiais necessários para a realização da aula prática foram os seguintes:

  • Luvas;
  • Animais experimentais (ratos e camundongos);
  • Seringas de 1 mL e 3 mL;
  • Agulhas descartáveis
  • Agulhas de gavagem;
  • Agulhas de ortodontia;
  • Solução fisiológica.

Os animais experimentais que foram utilizados na aula prática do dia 15 de agosto de 2018 no laboratório de toxicologia da Universidade Federal do Amapá, foram ratos e camundongos que estavam alojados em um ambiente controlado sob condições padronizadas de temperatura, iluminação (fotoperíodo de 12h claro/12h escuro), e com água e ração própria para roedores à vontade.

Para as vias de administração é levado em consideração as propriedades do fármaco, os objetivos terapêuticos e principalmente o volume que será administrado (por via oral 1 mL de solução para cada 100g de peso corporal).

Durante a técnica de administração do soro fisiológico, observou-se o emprego de cinco vias de administração diferentes: a via oral, via intramuscular, via endovenosa, via intraperitoneal e a via subcutânea.

Na via oral, o animal foi imobilizado e por meio de uma agulha de gavagem com a ponta boleada introduziu-se o soro na cavidade oral por intermédio da boca do animal e delicadamente empurrado pelo esôfago até o estômago. Na via intramuscular injetou-se o soro diretamente no músculo femoral para dianteira. Na via intraperitoneal, logo após o animal ser contido injetou-se a substância na cavidade peritoneal no abdome na metade posterior do entre os órgãos abdominais, com máximo de cuidado para não perfurar nenhum órgão interno. Na via subcutânea, animal foi contido pelo dorso e foi-se aplicada nas áreas dorsolaterais do pescoço, podendo-se escolher as regiões do ombro e flancos.

Devido a complexidade e a necessidade de aparelhos sofisticados para a administração endovenosa, não foi possível a sua realização.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O processo de absorção tem a finalidade de transferir o fármaco do local administrado para os fluidos circulantes do organismo. A importância deste processo de absorção reside essencialmente, na determinação do período entre a administração do fármaco e o aparecimento do efeito farmacológico, bem como na determinação das doses e escolha da via de administração do medicamento (BRUNTON, 2015).

A administração medicamentosa implica conhecimentos específicos da droga utilizada e de sua via de aplicação, pois o resultado dessa escolha implicará na obtenção dos resultados e por isso saber qual via utilizar proporciona um melhor e mais eficiente resultado na administração do medicamento. Por isso, foram usados camundongos e ratos para a demonstração dessas diferentes vias, o que possibilitou um maior entendimento sobre elas e suas diferenças e aplicabilidades.

A via de ingestão oral geralmente é o método mais utilizado para administrar os fármacos, além de ser mais seguro, conveniente e econômico. Suas desvantagens são a absorção limitada de alguns fármacos em função de suas características como a hidrossolubilidade, vômitos causados pela irritação da mucosa gastrointestinal, destruição de alguns fármacos pelas enzimas digestivas ou pelo pH gástrico baixo, irregularidade na absorção ou propulsão na presença de alimentos ou outros fármacos e necessidade de contar com a colaboração do paciente (BRUNTON, 2006). Os acadêmicos puderam realizar a prática desta via de administração em camundongos e ratos presentes no laboratório, utilizando-se de um tubo esofágico e soro fisiológico.

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