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A TERAPIA ANTIRRETROVIRAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES INFECTADOS PELO HIV

Por:   •  7/1/2018  •  Resenha  •  3.299 Palavras (14 Páginas)  •  251 Visualizações

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Titulo: TERAPIA ANTIRRETROVIRAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES INFECTADOS PELO HIV O QUE SABEMOS APÓS 30 ANOS DE EPIDEMIA

Autores: Gabriela Ricordi Bazin1, Mariza Curto Saavedra Gaspar2, Nicole Carvalho Xavier Micheloni da Silva1, Carolina da Costa Mendes1, Cora Pichler de Oliveira1, Leonardo Soares Bastos3, Claudete Aparecida Araújo Cardoso1

1 Faculdade de Medicina, Universidade Federal Fluminense, Niterói, Brasil.

2Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias, Hospital Federal dos Servidores do Estado, Rio de Janeiro, Brasil.

3 Programa de Computação Científica, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil.

Publicação: Scielo - Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(4): 687-702, abr, 2014.

O grande e crescente número de crianças infectadas por transmissão vertical − transmissão do HIV da mãe para o bebê durante a gestação, parto ou aleitamento atinge a adolescência e a idade adulta.

O artigo tem como objetiva discutir, reunir e avaliar dados relativos ao uso combinado na terapia de antirretrovirais em crianças e adolescentes infectados pelo HIV, em especial por transmissão vertical, com destaque para revelação do diagnóstico, adesão ao tratamento. Atualmente os medicamentos antivirais tem proporcionado uma melhora significativa na qualidade de vida destes adolescentes e criança ao contrario do que se vivenciava no início da epidemia da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids).

A Aids (HIV) tornou-se uma doença crônica que requer o aprofundamento das pesquisas. A Aids sob o prisma da cronicidade, a partir do desenvolvimento do tratamento na ti-retroviral e dos aspectos que permeiam o processo saúde –doença e adesão farmacológica. (Diego Schaurich et al).

O artigo é provido por Abstract, Introdução, mencionando detalhadamente o método utilizado de análise quantitativa de artigos bibliográficos publicados entre o período de 1996 a 2013. O autor apresenta os resultados destes artigos, sem, contudo, discutir o tema, as considerações finais têm como base os dados obtidos no levantamento bibliográfico. Os autores fazem uso de tabelas de modo a demonstrar os resultados os resultados obtidos nos estudos apresentados, bem como, classificações estabelecidas por órgão de saúde internacionais.

2- Resumo do Artigo

O artigo utilizou como metodologia e baseou-se em levantamento bibliográfico captados a partir de 247 resumos entre o período de 1983 a 2013 publicados pela PubMed e LILACS, a partir dos dados coletados, os autores dedicaram especial atenção à faixa etária pediátrica e adolescência.

Em um primeiro momento os autores discorrem que mesmo após três décadas dos primeiros relatos a cerca do HIV pediátrico, a epidemia se mantem a despeito do desenvolvimento e crescente pesquisa de novos fármacos antirretrovirais.

A introdução destaca que desde a implementação da Terapia Antirretroviral Combinada (TARVC) em 1997 houve redução considerável na mortalidade mundial por AIDS. Tornar a medicação acessível à população feminina reduz o numero de casos de infecção pelo vírus da imunodeficiência por transmissão vertical a transmissão materno-infantil continua sendo a principal via de transmissão do HIV em crianças. De acordo com os dados levantados a Organização Mundial de Saúde OSMS tem como meta a extinção de novos casos de infecção por HIV até 2015.

A oferta de terapia com zidovudina (AZT) para gestantes infectados e recém-nascidos expostos ao vírus reduziu em 25.5 para 8.3% nas taxas de transmissão vertical. Iniciando a cronificação da epidemia com o aumento da sobrevida. “O impacto dessa nova abordagem na sobrevida dos pacientes pediátricos desencadeou importantes mudanças nos centros de atendimento especializado, com redimensionamento das diretrizes do tratamento, visando ao acesso e à adesão à terapia proposta”. (pagina 688).

Os autores fizeram mão do levantamento bibliográfico de artigos nacionais e internacionais efetuadas através da PubMed, BVS e LILACS de onde foram selecionados 69 artigos escritos no período de janeiro de 1983 a setembro de 2013, inclui-se estudos descritivos e analíticos de modo a extrair dados quantitativos dobre AIDS utilizando avaliação do TARVC e a sobrevida dos pacientes. Os artigos selecionados a partir de sua identificação ao tema tratado.

Os autores optaram por organizar o estudo por períodos de tempo em que epidemia de HIV em crianças e adolescentes. Com a metodologia utilizada os autores descrevem detalhadamente o avanço tecnológico dos métodos de diagnósticos e tratamento da AIDS que permite o aumento da sobrevida.

É relatada de forma sucinta e detalhada as considerações dos pesquisadores durante as diferentes décadas. Na década de 90 verificou-se a maior taxa de transmissão vertical em que lactantes que apresentavam os sintomas no primeiro ano de vida evoluíram com o pior diagnostico tornando decisivo o diagnostico precoce. Em estudo observacional longitudinal realizado na França publicado em 1990 revelou que somente 2% das crianças infectadas no período perinatal não exibiram progressão imunológica ou clinica até os dez anos, percentual este menor que nos adultos.

A descoberta mais impactante no curso da transmissão vertical do HIV foi em 1994, ao ser publicado o estudo PACTG 076 (Pediatric Aids Clinical Trials Group 076) que avaliou a eficácia e a segurança do uso do AZT em três momentos: na gravidez, nos períodos pré e intraparto e para o recém-nascido por seis semanas.

Em 1994 o CDC revisou o sistema de classificação para a infecção pelo HIV em crianças menores de 13 anos vigente desde 1987. A classificação CDC 1994 utilizada atualmente é reconhecida internacionalmente composta de uma categoria clinica e uma imunológica. Em estudo de corre foram encontradas anormalidades de crescimento e funções cognitivas no desenvolvimento em crianças menores de trinta meses.

Em 1996, um estudo trouxe novas informações a respeito do momento da transmissão do HIV da mãe para o filho, dos determinantes virológicos e imunológicos da transmissão e do diagnóstico da infecção. De acordo com o estudo a detecção do PCR-DNA viral nas primeiras 48 horas de vida indica que a transmissão ocorreu durante a gestação, enquanto um exame negativo para o vírus nesse período seguido de um exame positivo aponta que a transmissão ocorreu durante o parto. (pag. 691)

Um estudo americano de 1997, realizado por Shearer et al. 48 demonstrou relação entre

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