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A TOXICIDADE DO PARACETAMOL NO FÍGADO

Por:   •  19/5/2019  •  Artigo  •  963 Palavras (4 Páginas)  •  167 Visualizações

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TOXICIDADE DO PARACETAMOL NO FÍGADO

Viviane Maria Lopes de Alcobaça1

1Graduando em Farmácia, Universidade Federal do Maranhão – UFMA, São Luís - MA, Brasil. Autor para correspondência, e-mail: vivianerawr@gmail.com

RESUMO:  O fígado é a maior víscera do corpo humano. É essencial na excreção e metabolização de substâncias, dentre elas a de medicamentos.  O fígado faz reservas hepáticas destas substâncias que em altas quantidades gera efeitos maléficos como no caso do paracetamol, medicamento livre que se administrado em altas doses ocasiona hepatotoxicidade. Contudo, se utilizado de forma racional, se terá de forma efetiva a sua ação analgésica e antipirética bem como o alívio temporário de dores.

Palavras-chave: Fígado. Medicamento. Paracetamol. Hepatotoxicidade

ABSTRACT: The liver is the largest viscera in the human body. It is essential in the excretion and metabolization of substances, among them the medicaments. The liver makes hepatic reserves of these substances that in high amounts generates evil effects as in the case of acetaminophen, free drug that is administered in high doses causes hepatotoxicity. However, if used rationally, it will effectively have its analgesic and antipyretic action as well as the temporary relief of pain.

Keywords: Liver, Medicaments, Acetaminophen, Hepatotoxicity

INTRODUÇÃO

O fígado é a maior víscera do corpo humano, desempenhando grande número de funções vitais à saúde do organismo (SCHINONI, 2006). A secreção de bile é a principal função digestiva do fígado, além disso, o fígado é essencial na excreção e metabolização de substâncias, bem como, a de medicamentos. Essas substâncias podem permanecer nas reservas hepáticas por durante longos períodos. Geralmente, o armazenamento excessivo de substâncias é maléfico ocasionando diversas patologias (KUTCHI, 1998).

Tendo um importante papel na homeostasia as células hepáticas contribuem com aumento do fluxo sanguíneo após uma lesão no órgão, o que levará a um quadro de cirrose. Cirrose é um dos graves danos do hepáticos que pré-dispõem à intoxicação por medicamentos, dentre estes destaca-se o paracetamol (SANTOS; MORAES, 2014).

METABOLIZAÇÃO E EXCREÇÃO DE SUBSTÂNCIAS

Medicamentos e toxinas são frequentemente convertidos a formas inativas por reações que ocorrem nos hepatócitos. Enquanto alguns medicamentos são inativados pela ação hepática, outros são ativados ou convertidos a produtos tóxicos pela transformação hepática (KUTCHI, 1998). O metabolismo hepático é muito alto, processando e sintetizando várias substâncias e transportando-as para outras áreas do corpo, metabolizando principalmente medicamentos, que são especificamente metabolizados no retículo endoplasmático do fígado onde possui várias enzimas microssômais responsáveis pelo metabolismo do mesmo (SANTOS; MORAES, 2014).  Essa metabolização ocorre em 2 fases. Para a maioria das drogas, a reação da fase I é uma oxidação catalizada por citocromo P-450, citocromo b5 e NADPH citocromo c redutase (SCHINONI, 2006). A fasse II também inclui os processos de glicuronidação, sulfatação, conjugação com a glutationa, acetilação e a metilação. Um dos principais motivos da intoxicação é a diminuição significativa da glutationa, que ocorre por acumulo de produtos oxidativos normais ou por substancias químicas tóxicas (SANTOS; MORAES, 2014).

PARACETAMOL

É um fármaco pertencente à classe dos AINEs usado principalmente como analgésico e antipirético (SANTOS; MORAES, 2014). É um medicamento de venda livre, comercializado em várias formas farmacêuticas. Esse fácil acesso ao paracetamol e o desconhecimento da população sobre seus efeitos nocivos ao organismo têm aumentado significativamente o número de intoxicações por esse fármaco (LOPES; MATHEUS, 2012). O paracetamol é um analgésico-antitérmico que possui baixa ação anti-inflamatória (LOPES; MATHEUS, 2012) e eficácia clínica comprovada no alívio temporário de dores leves a moderadas como, dor de cabeça, dor de dente, dores musculares, cólicas menstruais e redução da febre, sendo eficaz em bebês, crianças e adultos (SANTOS; MORAES, 2014). Apesar de bastante utilizado, ainda não se conhece bem o seu mecanismo de ação, sabe-se ainda que atua inibindo a COX 3 que é uma variante da COX 1 atuando na inibição da conversão do ácido araquidônico em prostaglandinas.

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