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Análise de Antimicrobianos

Por:   •  21/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  5.638 Palavras (23 Páginas)  •  265 Visualizações

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1-INTRODUÇÃO

A evolução tecnológica no desenvolvimento e produção de medicamentos, cosméticos e fitoterápicos exige o cumprimento de diretrizes regulamentadas para a evitar e prevenir os riscos na qualidade e segurança dos produtos. A garantia da qualidade é um importante aspecto a ser considerado desde o projeto até a liberação do produto ao consumidor.

Resolução RDC nº 17, de 16 de abril de 2010 tem objetivo de estabelecer os requisitos mínimos a serem seguidos na fabricação de medicamentos para padronizar a verificação do cumprimento das Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos (BPF) de uso humano durante as inspeções sanitárias, abrangendo estabelecimentos fabricantes de medicamentos devem cumprir as diretrizes desta resolução em todas as operações envolvidas na fabricação de medicamentos, incluindo os medicamentos em desenvolvimento destinados a ensaios clínicos.

A qualidade microbiológica de produtos é fundamental para o seu adequado desempenho, principalmente quanto à eficácia, segurança e aceitabilidade destes produtos. Erro nas medidas preventivas e de controle do processo de fabricação pode levar à produção inadequada ao consumo. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) determina que as empresas produtoras tenham normas de boas práticas de fabricação, de acordo com as normas técnicas estabelecidas oficialmente.

Entre as exigências estabelecidas pelas normas, está a necessidade da prática de ensaios de controle de qualidade em todas as fases do processo de fabricação. Estas normas tem que ser atualizadas para acompanhar a evolução tecnológica dos processos, dos equipamentos e gerenciamento da qualidade.

Estudos demonstram que, falha no controle do processo de fabricação de empresas produtoras de medicamentos e cosméticos levam a graves consequências à saúde do consumidor, devido ao uso de produtos em discordância com suas características de qualidade instituídas, levando à  morte de alguns pacientes.

Os processos de fabricação devem ser documentados a cada lote produzido, relatando, no histórico do produto, todos os procedimentos de controle de qualidade realizados nas etapas críticas do processo de fabricação. Para controlar corretamente o processo e o produto terminado, padrões são estabelecidos na fase de desenvolvimento e validação dos processos. Todos os lotes produzidos devem estar conformes com estes padrões de qualidade.

A qualidade microbiológica de cosméticos, medicamentos e fitoterápicos é estabelecida por padrões microbianos apresentados em compêndios oficiais e normas regulamentadoras. É estipulado o limite máximo de microrganismos encontrados no produto e ausência de patógenos. Os produtos complexos, como medicamentos e cosméticos, são ricos em nutrientes para o crescimento de microrganismos e, produtos com maior atividade de água  com amostra com baixo teor de água também favorecem esse crescimento.

Matérias-prima, água e pessoal são fontes de contaminação microbiana e devem ser controlados. Dentre as matérias-primas de origem natural estão grupos de produtos obtidos de plantas, partes de plantas ou extratos, óleos essenciais, oriundos de minerais ou animais, são extraídos através de procedimentos químicos. Acredita-se que produtos que cotenham estas matérias-primas, principalmente plantas, tem ação desejada causando menos efeitos tóxicos que as de origem sintética.

Em farmácias de manipulação, fórmulas com matérias-primas de origem vegetal ou animal são cada vez mais comum. A diferença entre farmácia de manipulação e indústria farmacêutica ou cosmética é a formulação magistral individualizada. Entretanto, a quantidade de matéria-prima a ser adquirida pela farmácia é menor. Sendo assim, as matérias-primas são fracionadas pelas empresas fornecedoras a fim de atender pedidos com quantidades específicas. Neste processo de fracionamento, podem ser carreados para as matérias-primas partículas viáveis e não-viáveis aumentando a carga microbiana.

A contaminação microbiana pode comprometer o desempenho do produto pela quebra da estabilidade da formulação, alteração das propriedades físicas e aparência, inativando  os princípios ativos e excipientes da formulação, causando a perda de confiança na empresa. Além disso, a administração de produtos contaminados pode piorar os quadros clínicos de pacientes já debilitados pela doença.

 Ressalta-se ainda, a necessidade de averiguar o sistema conservante, pois muitos fabricantes o utilizam para tentar manter a carga microbiana dentro do limite estipulado, desconsiderando a toxicidade ocasionada pelo uso desse sistema. Para pequenas empresas produtoras e farmácias de manipulação, a implantação de laboratório de controle de qualidade microbiológico é limitada pelo investimento com infra-estrutura e pessoal requeridos.

O rigoroso controle de qualidade de produtos é uma estratégia importante para tentativa de diminuir a contaminação e a transmissão de doenças, já que esse processo é conjunto de medidas destinadas a verificar a qualidade de cada lote de medicamentos e produtos para que satisfaçam às normas de atividade, pureza, eficácia e inocuidade. 

A determinação da atividade antimicrobiana de fármacos é uma análise microbiológica in vitro essencial na avaliação da qualidade de medicamentos antimicrobianos produzidos pelas indústrias farmacêuticas (Paredes, Carranza, 1993; Mendes, 1997; Organización Mundial de la Salud, 1999).

Assim este estudo tem o objetivo aprofundar os conhecimentos na área de análise antimicrobiana como controle de qualidade de produtos, de antibióticos e elucidando quais são os métodos padronizados, além de demonstrar sua importância.

2.0- TESTES DE EFICÁCIA ANTIMICROBIANA

         O objetivo do teste de eficácia antimicrobiana é o de assegurar a eficácia de conservantes antimicrobianos adicionados aos produtos farmacêuticos.

Os conservantes antimicrobianos são substâncias adicionadas em formas farmacêuticas não estéreis com a finalidade de protegê-las do crescimento microbiano ou da contaminação por microrganismos introduzidos acidentalmente durante o processo de fabricação. Para as formas farmacêuticas estéreis, acondicionadas em embalagens múltipla-dose, os conservantes antimicrobianos são adicionados para inibir o crescimento de microrganismos contaminantes durante o uso repetido das doses individuais.

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