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Desafio Colaborativo Química Analítica Qualitativa

Por:   •  3/6/2021  •  Seminário  •  1.894 Palavras (8 Páginas)  •  268 Visualizações

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Desafio Colaborativo

Química analítica qualitativa

1. Descreva duas técnicas ou metodologias para quantificar dois tipos de drogas diferentes em amostras biológicas.

Dentre as principais técnicas de análise toxicológica são a cromatografia gasosa (GC) e a cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) acoplada à espectrometria de massa (MS).

As técnicas cromatográficas apresentam diversos benefícios, onde podem identificar e detectar drogas e compostos secundários, pois são técnicas analíticas de referência na toxicologia forense. Além disso, elas apresentam sensibilidade, seletividade e confiabilidade nos resultados gerados. O que promove uma análise satisfatória e podemos utilizar como matriz biológica a urina, sangue e o cabelo ou pelos para detecção de algumas drogas como a maconha, cocaína, barbitúricos, anfetaminas e outras.

2. Descreva as etapas de tratamento de amostra, quais os reagentes utilizados e a sensibilidade das metodologias para detectar e quantificar drogas em amostras biológicas.

Para escolher qual amostra será utilizada nas análises toxicológicas é importante considerar a especificidade de cada situação, bem como o tipo de análise que se deseja realizar, isto é, o que será investigado, a partir das suspeitas levantadas. Existindo basicamente os exames de sangue, urina e do cabelo.

O exame toxicológico de sangue é indicado para detectar o consumo de drogas recente. Até 48 horas antes do exame, como a Heroína, Metanfetamina, LSD, Maconha, Cocaína e Ecstasy, sendo o material colhido pelo laboratório sempre em duas amostras, para que os testes sejam mais efetivos e o resultado tenha mais segurança. Depois disso, a amostra de sangue é analisada por toxicologistas e patologistas, que darão o parecer sobre o material analisado.

Para fazer as análises, os toxicologistas se baseiam em espectro numérico, chamado valor de corte (cut-off), que são determinantes para saber se o resultado é positivo ou negativo. Ele é um tecido com função de transporte, onde as células não “seguram” as substâncias tóxicas por muito tempo, ou seja, em uma janela de poucas horas, é possível que toda a substância seja indetectável através de exames de sangue.

O exame toxicológico de urina leva um pouco mais de tempo para poder ser coletado e concluído, mas é um método de análise eficiente, sendo coletados em duas amostras (A e B) e entregues para análise. Onde as amostras serão submetidas a várias etapas de análise, até a conclusão. Primeiramente, é analisada a densidade e o Ph da urina, como parte do processo. Depois disso, a urina é separada em pequenas porções que são enviadas para a triagem que serve para separar as amostras, para que elas sejam submetidas a diversos exames para a detecção de tóxicos e químicos, já que não existe um único exame que seja capaz de detectar todas as drogas, de uma única vez. Após a triagem, as amostras de urina são “limpas”, retirando as substâncias que não interessam para exames toxicológicos e submetidos aos testes. Ao final desse processo, os resultados e laudos podem ser obtidos e podem ser detectadas as anfetaminas, codeínas, metanfetaminas, ecstasy, EPO (doping sanguíneo), heroína, morfina, cocaína, crack, hGH (hormônios de crescimento), S1 (anabolizantes),S6 (estimulantes).

A urina é o produto obtido pelo organismo após a filtragem do sangue contaminado pela substância ingerida. Por isso, só é possível obter resultados através dela, cerca de duas horas depois da ingestão ou contato com a substância tóxica, ou droga.

O exame toxicológico do cabelo é realizado com a amostra de cabelo. Sendo mais complexo por causa da janela de detecção ser maior que os outros tipos de amostra, onde os testes toxicológicos que são realizados nos fios de cabelo são chamados de cromatografia líquida (LC) e a espectrometria de massa (MS/MS). Essa técnica é utilizada para analisar compostos orgânicos e inorgânicos que podem ser encontrados em diversas amostras biológicas, inclusive nos fios de cabelo. Os fios são coletados diretamente no laboratório, por um profissional ou agente de coleta, que cortará uma mecha de cabelo bem rente à raiz.

Caso a pessoa tenha menos de 4 centímetros de cabelo, os fios serão coletados em outras partes, como virilha, braços, pernas e tórax. Logo após a coleta, os fios são colocados em um envelope devidamente identificado e encaminhado para análise laboratorial. Dentro do laboratório, os fios são lavados, para que seja retirado qualquer depósito de sujeira, produtos químicos (shampoo, condicionador, creme finalizador, gel, perfume e etc), que possam estar no exterior dos fios. Após a limpeza, os fios são desintegrados por processos mecânicos ou químicos, até que se forme uma pasta. A partir daí, são extraídos as substâncias indesejadas, através da extração de fase sólida. O material restante, passa por um material absorvente, sob diferentes níveis de pressão.

Cada substância encontrada no cabelo é absorvida em uma determinada pressão, o que possibilita separar os materiais para análise. Após a separação, o material é reduzido a sua menor forma (íons), pelo processo de espectrometria de massa. Esses íons são específicos para cada tipo de material. O material passa ainda por uma segunda filtragem, para que alguns materiais específicos sejam absorvidos pela segunda MS. Depois da segunda fragmentação, obtemos os íons produto, também chamados de impressões digitais moleculares, que identificam a substância testada, sem deixar margem para dúvidas. Este é um processo demorado, que precisa ser executado por profissionais altamente qualificados e equipamentos de alta tecnologia.

O exame feito em fios de cabelo é o que possui maior gama de detecção de substâncias consumidas pelo indivíduo.

Nos resultados da análise, é possível que seja verificado o uso da cocaína

maconha, anfetaminas, metanfetaminas, ecstasy, heroína, morfina, codeína, oxicodona, anfepramona, mazindol e femproporex,

É importante ressaltar que o exame toxicológico feito em fios de cabelo detecta substâncias mesmo após meses de uso.

3. Exemplifique um procedimento para realizar a análise de uma droga em uma amostra específica utilizando recursos tecnológicos recentes, como sensores eletroquímicos ou pela combinação de técnicas diferentes instrumentos para análise quantitativa.

As drogas ilícitas, que trazem prejuízo à saúde de seus usuários, causando-lhes dependência e por vezes morte, são comercializadas amplamente de forma ilegal, sendo muito difícil estancar tais vendas. “Este consumo reflete não só na saúde, no convívio familiar e social, como também movimenta milhões por ano, consistindo em um mercado financeiro ilícito não só no Brasil, mas em muitos outros países também”.

Há  que se considerar que indivíduos usuários de drogas certamente são mais suscetíveis à prática de crimes, tanto devido ao fato de geralmente ficarem racionalmente afetados quando do uso da droga, quanto por necessidade de angariar fundos para a manutenção do vício” (OLIVEIRA, 2009). Técnicas de identificação de tais drogas, que não exijam equipamentos complexos e que sejam de fácil aplicação, se tornam cada vez mais necessárias no combate ao trafico de entorpecentes no Brasil e no mundo.

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