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Distribuicao de medicamentos hospitalares

Por:   •  22/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.080 Palavras (9 Páginas)  •  327 Visualizações

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1-INTRODUÇÃO

O sistema de distribuição de medicamentos é responsável por definir o trajeto dos medicamentos desde o setor de Farmácia, até os pacientes e a forma como os mesmo são separados, organizados e dispostos. Um eficiente sistema de dispensação gera um atendimento de qualidade ao paciente, recebendo dessa forma o medicamento na dose e hora correta, preconizando o uso racional de medicamentos. Para a escolha do sistema de dispensação deve-se levar em conta vários fatores como, infra estrutura, investimento financeiros, recursos humanos entre outros, que podem influenciar em sua eficácia.

Para (VASCONCELOS.et.al. 2012) quanto maior a eficácia do sistema de distribuição de medicamento, mais seguro será o sucesso da terapêutica e da profilaxia instauradas no hospital.Garantindo uma dispensação de forma racional, eficiente, segura e econômica.

A Portaria 4283 da do Ministério da Saúde (2010)no artigo 4° define Farmácia Hospitalar como: Unidade Clínico-assistencial, técnica e administrativa, onde se processam as atividades relacionadas a atividade Farmacêutica, dirigida exclusivamente por Farmacêutico, compondo a estrutural organizacional do hospital e integrada funcionalmente com as demais áreas administrativas e de assistência ao paciente. (TEMPORÃO, 2010).

A Portaria também define Assistência Farmacêutica como sendo um conjunto de ações voltadas a promoção, à proteção e à recuperação da saúde tanto individual quanto coletivo, tendo o medicamento como insumo essencial, visando ao acesso a seu uso racional. O conjunto de ações citados envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como sua seleção, programação, aquisição, distribuição e dispensação, garantia da qualidade de serviços e produtos, acompanhamento e avaliação de sua utilização na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhora da qualidade de vida da população.

A Portaria 4283 do Ministério da Saúde de (2010), também define a Distribuição e Dispensação como, a implantação de um sistema racional de distribuição de medicamentos e de outros produtos para saúde deve ser priorizada pelo estabelecimento de saúde e pelo Farmacêutico, de forma a buscar processos que garantam segurança ao paciente. (TEMPORÃO, 2010)

Para (GAUDARD. et.al.,1994) alguns erros passives de acontecer em pacientes hospitalizados estão relacionados ao sistema de distribuição de medicamentos, sendo necessário uma melhor eficiência e eficácia na distribuição, contribuindo para o sucesso da terapêutica. O controle de prescrição de medicamentos de uso restrito como antibacterianos, antivirais e antifúngicos, está relacionado com a dispensação destes. O cumprimento das normas e rotinas adotadas para a utilização de antiinfecciosos tem importância capital na manutenção da ecologia microbiana em níveis passives de controle, além de propiciar ao paciente, em caso de insucesso da terapêutica de primeira escolha a possibilidade de ser medicado com medicamento de reserva.

Ainda para o autor o controle da distribuição de germicidas conforme o nível de atividades determinadas pelas rotinas instituídas pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalares, é fundamental que ocorro somente por profissionais treinados, pois o uso indiscriminado de germicidas, pode contribuir para o desenvolvimento de resistência cruzada com antimicrobianos.

A organização Mundial Panamericana de Saúde indica os objetivos de um sistema racional de distribuição de medicamentos. São eles, Diminuir os erros de Medicação, pois estudos relacionam os sistemas tradicionais, a erros que incluem desde a leitura da prescrição, até erros de via de administração e planejamento da terapêutica. Racionalizar a distribuição e administração de medicamentos, dispensar por horários e por paciente, em condições adequadas a pronta administração. Aumentar o controle de acesso aos medicamentos que deve ser do Farmacêutico disponibilizando informações do paciente ao este profissional. Diminuir o custo com medicamentos, adotando o sistema de distribuição por dose unitária. E o último, Aumentar a segurança ao paciente, obtido através da concessão dos objetivos anteriores. (GAUDARD. et.al., 1994).

A experiência prática acumulada, recomenda que as Farmácias Hospitalares estabeleçam um sistema que garanta a segurança, a rapidez e o controle dos medicamentos prescritos, um sistema conhecido na atualidade, que preenche os requisitos e objetivos aqui relacionados é o Sistema de Distribuição por Dose Unitária. No Brasil até a data citada pelo autor a maioria dos hospitais não haviam adotado esse sistema. Os mais adotados são os tradicionais, de Distribuição coletiva, prescrição individualizada ou combinada. (GAUDARD. et.al.,1994).

Para (XAVIER,2002), o sistema de distribuição coletiva é o mais atrasado, embora utilizado por cerca de 50%dos hospitais, caracteriza-se pelo fato de os medicamentos serem distribuídos por unidade de internação e /ou serviço a partir de solicitação da enfermagem, implicando a formação de vários estoques nas unidades assistenciais. A assistência ao paciente fica prejudicada, pois os enfermeiros tem mais acesso aos medicamentos do que o próprio Farmacêutico.

Já segundo (GAUDARD. et.al.,1994), o sistema de distribuição coletiva ou de estoque descentralizado por unidade assistencial, a Farmácia Hospitalar é um mero repassador de medicamentos em suas embalagens originais segundo o solicitado pelo pessoal de enfermagem, ou segundo um estoque mínimo e máximo cada unidade solicitante. Assim, quem mais executa as atividades de dispensação Farmacêutica é o pessoal da enfermagem, gastando para tal cerca de 15 a 20% de seu tempo de trabalho na armazenagem e preparo de medicamentos. Ocorre alto custo de estocagem, grande perda por caducidade e/ou má armazenagem, aumento da incidência de erros de medicação, facilidade de contaminação, facilidade para desvio e outros.

As vantagens do Sistema de Distribuição Coletiva são: Rápida disponibilidade de medicamentos na unidade assistencial; Mínima atividades de devolução a Farmácia; Redução das necessidades de recursos humanos e infraestrutura da Farmácia Hospitalar; Mínima espera na execução das prescrições; ausência de investimento inicial.

As Desvantagens desses Sistema de distribuição são: Aumento do potencial de erros de medicação; Perdas econômicas devido à falta de controle; Aumento de estoque na Farmácia Hospitalar e nas unidades assistenciais; incremento das atividades do pessoal da Enfermagem; Facilidade de acesso aos medicamentos por qualquer pessoa; Difícil integração do Farmacêutico à equipe de saúde.

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