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O Conceito clássico de atenção farmacêutica

Por:   •  4/3/2018  •  Relatório de pesquisa  •  2.260 Palavras (10 Páginas)  •  456 Visualizações

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RELATÓRIO FINAL - ATENÇÃO FARMACÊUTICA: Promovendo a segurança das pacientes internadas na Unidade de Terapia Intensiva Materna da Maternidade Escola Januário Cicco

INTRODUÇÃO:

O conceito clássico de atenção farmacêutica “a provisão responsável da farmacoterapia com o objetivo de alcançar resultados definidos que melhorem a qualidade de vida dos pacientes” foi publicado por Hepler & Strand em 1990. A Atenção Farmacêutica é um modelo de prática profissional que consiste na provisão responsável da farmacoterapia com o propósito de alcançar resultados concretos em resposta à terapêutica prescrita, que melhorem a qualidade de vida do paciente. Busca prevenir ou resolver os problemas farmacoterapêuticos de maneira sistematizada e documentada. Além disso, envolve o acompanhamento do paciente com dois objetivos principais: a) responsabilizar-se junto com o paciente para que o medicamento prescrito seja seguro e eficaz, na posologia correta e resulte no efeito terapêutico desejado; b) atentar para que, ao longo do tratamento, as reações adversas aos medicamentos sejam as mínimas possíveis e quando surgirem, que possam ser resolvidas imediatamente (Cipolle, Strand, Morley, 2000). O projeto “ATENÇÃO FARMACÊUTICA: Promovendo a segurança das pacientes internadas na Unidade de Terapia Intensiva Materna da Maternidade Escola Januário Cicco” tem singular importância por minimizar a possibilidade de ocorrência de problemas relacionados a medicamentos (PRM) nesse setor crítico em que as pacientes requerem maiores cuidados de toda equipe multidisciplinar, sendo a Atenção Farmacêutica essencial para proporcionar a segurança às mesmas. No entanto, existem situações as quais os PRM ocorrem devido a uma resposta individual, as chamadas reações adversas a medicamentos (RAM) ou mesmo pelo uso simultâneo de medicamentos, conhecidas como interações medicamentosas (IM).

As RAM são definidas pela OMS como sendo “um efeito nocivo, indesejado, e que ocorre em doses normalmente utilizadas em seres humanos para profilaxia, diagnóstico, tratamento de morbidades ou para modificação da função fisiológica”. A identificação de RAM também faz parte da atenção farmacêutica sendo de grande importância para o uso racional de medicamentos e para o fornecimento de informações sobre o uso de medicamentos na prática clínica.

Por sua vez as IM são caracterizadas como: resposta farmacológica ou clínica que ocorre quando os efeitos e/ou a toxicidade de um fármaco são alterados na presença de outros. As interações podem ser classificadas como benéficas, quando o resultado diminui os efeitos indesejados e amplia a eficácia do tratamento; ou prejudiciais, quando ocorre a potencialização do efeito causando toxicidade, diminuindo a eficácia terapêutica ou causarem reações adversas em diversos níveis de gravidade (RODRIGUES; PINHO, 2013). À medida que são acrescentados ao tratamento mais medicamentos o usuário está mais suscetível a interações medicamentosas, possíveis reações adversas, surgimento de comorbidades e, consequentemente, diminuição da qualidade de vida. Considerando as interações encontradas na polifarmacoterapia reforça-se a necessidade de acompanhamento farmacoterapêutico mais rigoroso (LEÃO, 2012 apud FRÖHLICH et al., 2010; RODRIGUES, PINHO, 2013).

Segundo o Uptodate, as IM são classificadas de acordo com risco, que pode ser A, B, C, D ou X. As de risco A (Interações desconhecidas) são aquelas em que os dados fornecidos não demonstram interações entre os medicamentos; B (Nenhuma ação é necessária) os dados demonstram que os agentes especificados podem interagir uns com os outros, mas há pouca ou nenhuma evidência de preocupação clínica; C (Monitorar terapia) os dados evidenciam que os agentes especificados podem interagir uns com os outros de uma forma clinicamente significativa, porém sem trazer tantos riscos severos pelo uso concomitante; D (Considerar modificação da terapia) os dados mostram que os dois medicamentos podem interagir uns com os outros de uma forma clinicamente significativa, onde as avaliações específicas para cada paciente devem ser realizadas para determinar se os benefícios da terapia concomitante superam os riscos; e X (Evitar combinação) em que os dados demonstram que os agentes especificados podem interagir uns com os outros de uma forma clinicamente significativa, onde os riscos associados com o uso concomitante desses agentes geralmente superam os benefícios.

Diante disto, a utilização de medicamentos durante a gestação deve ser analisada e acompanhada minuciosamente para minimizar os riscos e possíveis consequências ao feto e à gestante (público alvo acompanhado pelo projeto).

Portanto, o objetivo do projeto é promover a segurança das pacientes internadas na UTIM da Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), através da Atenção Farmacêutica realizando o acompanhamento farmacoterapêutico das pacientes da UTIM, avaliando a necessidade, segurança e eficácia dos medicamentos utilizados, investigando, identificando, descrevendo, registrando e quantificando os Problemas Relacionados a Medicamentos. Permitindo aos alunos envolvidos no projeto ter uma experiência prática do conteúdo aprendido e uma visão abrangente para o seu futuro como profissional da área de saúde; promovendo a informação da Equipe Multiprofissional da Instituição sobre os PRM; realizando publicações em artigos científicos para divulgar o conhecimento adquirido sobre o assunto.

METODOLOGIA:

•MÉTODOS E TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO: A qualidade da relação entre a paciente e o farmacêutico é a variável fundamental para que se cumpra o plano terapêutico. As técnicas de comunicação podem resumir-se em três pontos: ouvir com atenção, perceber e transmitir com precisão. A maneira com que se ouvem as pacientes e a de lhes dar atenção ao que lhes preocupa, assim como a forma de lhes transmitir a informação, mostra interesse em cuidar da paciente. O uso correto dessas técnicas fortalece a relação do farmacêutico com a paciente, também ajuda a paciente a ter presente o seu farmacêutico como um profissional competente, atencioso e em quem pode confiar. As singularidades de cada paciente, em aspectos como idade, capacidade de receber e compreender mensagens e informações, tipo de patologia que apresenta, bem como interesse e grau de conhecimento sobre sua saúde, são exemplos de variáveis do processo de comunicação que devem ser obrigatoriamente ponderadas no processo de atenção farmacêutica. Além do cuidado com a saúde, o acompanhamento do tratamento das pacientes internadas na UTI-materna deve possibilitar a obtenção de dados e informações necessárias para averiguações dos impactos sanitários do projeto;

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