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Óleos Essenciais: Teste de Qualidade para Óleos Essenciais

Por:   •  15/5/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.314 Palavras (6 Páginas)  •  729 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

ESCOLA DE ENFERMAGEM E FARMÁCIA

LABORATÓRIO DE FARMACOGNOSIA

Laine Menezes de Albuquerque

Rafaella da costa SIlva

Robert Rodrigues Alves

Aula Prática

Óleos Essenciais: Teste de Qualidade para Óleos Essenciais

Maceio-AL

10 de Maio de 2016

INTRODUÇÃO  

Os óleos essenciais são compostos de baixo peso molecular  e tem como principais características a volatilidade e o odor. Estes óleos normalmente são produzidos através de estruturas secretoras especializadas de plantas aromáticas sendo extraídos por destilação ou por expessão no caso dos frutos do gênero Citrus L. (CABRAL, et al. 2014).

Dentre as inúmeras fontes de extração de óleos essenciais, tem-se a espécie Syzygium aromaticum, popularmente conhecido como cravo-da-india. Seu óleo essencial pode ser obtido a partir de suas flores, folhas e outras partes, sendo seu principal constituinte o eugenol, um composto que contribui com atividade antibacteriana e antifungica (COSTA, et al. 2011).

A adulteração de óleos essenciais já é conhecida desde a antiguidade, podendo ser de forma intencional ou acidental. Quando for intencional, ela pode se converter numa prática comercial válida, contanto que o consumidor seja alertado. A adição de compostos sintéticos, de preços inferiores, como por exemplo  álcool benzílico;  a mistura do óleo essencial com outras variedades de óleos para aumentar o rendimento; e adição das substâncias sintéticas, são alguns procedimentos comumente usados para adulterar óleos essenciais (CASTRO, 2016; SIMÕES et al. 2004).

OBJETIVO

O objetivo da aula prática foi de detectar possíveis adulterações em amostras contendo óleo essencial de Syzygium aromaticum (cravo-da-india). Os testes realizados foram: Falsificação por óleos fixos, falsificação por adição de álcool e prova de identificação da presença de eugenol.

MATERIAL E MÉTODO

Teste de falsificação por adição de óleos fixos

  • Papel filtro
  • Amostras contendo óleo essencial de cravo-da-índia (1 gota)
  • Estufa

Neste teste foram usados papel filtro, três amostras (A, B e C), previamente preparadas pelos monitores, contendo óleo fixo de cravo-da-india e estufa.

O papel filtro foi dividido em quatro partes iguais, sendo ¼ do papel utilizado para identificação de nosso grupo de trabalho e as demais partes para deposição de uma gota de cada amostra, que também foram identificadas. Em seguida o material foi posto em estufa aquecida a 100 °C por 20 min.  

Teste de falsificação por adição de álcool

  • Tubos de ensaio
  • Amostras de óleo essencial de cravo-da-índia
  • Solução saturada de NaCl (1mL)

Neste teste foram usados tubos de ensaio, 1mL das amostras A e C contendo óleo fixo de cravo-da-india e 1mL de solução saturada de NaCl.

Ao tubo de ensaio foram adicionados 1mL da solução saturada de cloreto de sódio e em seguida a altura do menisco foi marcada usando-se uma caneta. Logo depois, acrescentamos ao tubo, 1mL das amostras de óleo essencial de cravo-da-india e agitamos manualmente. O material foi deixado em repouso por aproximadamente 5 minutos para verificar a presença de precipitado e alteração na altura do menisco.

Prova de identificação da presença de eugenol

  • Amostra pura de óleo essencial de cravo-da-índia (1gota)
  • Lâmina de vidro
  • Solução de KOH 5,5 N (1 gota)

Neste teste foram usadas as amostras pura de óleo essencial de cravo-da-india (amostra A), lâmina de vidro e solução de KOH 5,5N.

No experimento, uma gota de óleo essencial de cravo-da-india foi adicionado à lâmina e em seguida, acrescentamos à gota de óleo essencial, uma gota de solução de KOH 5,5N que em seguida foi observada no microscópio na objetiva de 5X.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Teste de Falsificação por adição de óleos fixos

Decorrido o tempo de evaporação na estufa, constatamos que as amostras A e C evaporaram completamente, enquanto que a amostra B permaneceu no papel.

A partir dos resultados, podemos afirmar que a amostra B estava adulterada com algum tipo de óleo que não essencial, visto que o mesmo não evaporou na condição experiemental. Isso ocorreu porque óleos fixos possuem pontos de ebulição muitos altos, diferentemente dos óleos voláteis que tem como principal característica serem altamente voláteis a temperatura ambiente (SOCIEDADE BRASILEIRA DE FARMACOGNOSIA, 2009).

Teste de falsificação por adição de álcool

Na amostra A, observamos que a mesma manteve os mesmos volumes iniciais e que não houve formação de precipitado, estando os dois liquidos imisciveis separados. Porém, na amostra C, houve deslocamento da altura do menisco e a precipitação do cloreto de sódio.

A alteração do volume da fase oleosa, bem como da precipitação de NaCl na amostra C indica a presença de álcool na amostra. A solução de NaCl já encontrava-se saturada e a precipitação do sal ocorreu devido a presença de substâncias polares, neste caso o álcool, o que não ocorreria se houvesse na amostra apenas óleos voláteis que são lipofílicos. O álcool, por ser polar, reage com a água da solução de NaCl saturada, diminuindo a solubilidade do sal, que acaba precipitando (SIMÕES; SCHENKEL, et al, 2002).

Prova de identificação da presença de eugenol

A partir da ánalise no microscópio na objetiva 5X, após o contato da amostra contendo óleo essencial de cravo-da-índia com a solução de KOH, observamos a formação de cristais, constatando a presença de eugenol. O eugenol é um dos compostos majoritários deste óleo essencial, sendo um composto fenólico, forma íons fenolato em meio alcalino que cristalizam-se a temperatura ambiente  (SIMÕES; SCHENKEL, et al, 2002).

CONCLUSÃO

A partir da aula prática, conseguimos detectar adulterações em duas amostras, a primeira pelo Teste de falsificação por adição de óleos fixos, a qual a permanencia desta após ficar em estufa à 100 °C por 20min, descaracteriza totalmente os óleos essenciais, que tem como principal propriedade a volatilidade. A segunda amostra pelo teste de falsificação por adição de álcool, o qual deslocamento na altura do menisco, bem como a precipitação de NaCl, permitiu detectar a presença do composto polar, o que não ocorreria com a amostra se contivesse apenas óleo essencial, pois os mesmos são lipofílicos. A prova de identificação da presença de eugenol na terceira amostra, foi feita para comprovar a presença de um dos constituintes mais importantes do óleo essencial de Syzygym aromaticum.

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