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A Terapia do Espelho

Por:   •  5/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.802 Palavras (16 Páginas)  •  292 Visualizações

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O papel da terapia do espelho na melhora da função do membro superior em pacientes com sequelas crônicas de acidente vascular encefálico: revisão de literatura

The mirror therapy role in improving upper limb function in patients with chronic sequelae of stroke: a literature review





Recife

2015


RESUMO

O Acidente Vascular Encefálico, representa a principal causa de morte e incapacidade física no Brasil. É uma disfunção neurológica aguda, de origem vascular seguida de sintomas que persistem por mais de 24 horas. Embora haja algum grau de recuperação motora após o AVE, muitos indivíduos permanecem sem uso funcional do membro superior (MS) e com alguma dependência A Terapia do Espelho baseia-se na simulação mental de movimentos para promover aprendizagem de uma habilidade motora e vem mostrando resultados promissores. Metodologia: foi realizada uma busca nas bases de dados utilizando os descritores: Terapia Espelho, acidente vascular encefálico, hemiparesia. Foram selecionados 5 artigos que abordavam a melhora da função após a terapia do espelho. Conclusão: a terapia do espelho é uma possibilidade segura e útil que vem demonstrando resultados positivos na recuperação funcional de pacientes com hemiparesia pós acidente vascular encefálico. Ainda sendo necessária a realização de estudos com amostras mais amplas, para resultados mais consistentes.

Palavras-chave: Terapia Espelho, acidente vascular encefálico, hemiparesia


ABSTRACT

The Stroke represents the leading cause of death and disability in Brazil. It is an acute neurologic dysfunction of vascular origin followed by symptoms which persist for more than 24 hours. Although there is some degree of motor recovery after stroke, many individuals remain without functional use of the upper limb (MS) and some dependence The Mirror therapy is based on the mental simulation of movements to promote learning a motor skill and is showing results promising. Methods: A search was performed in databases using the key words: Therapy Mirror, stroke, hemiparesis. We selected 5 articles that addressed the improved function after the mirror therapy. Conclusion: Mirror therapy is a safe and useful possibility that has shown positive results in functional recovery of patients with hemiparesis after stroke. Still it is necessary to carry out studies with larger samples for more consistent results.

 

Keywords: Therapy Mirror, stroke, hemiparesis



INTRODUÇÂO

Segundo o Ministério da Saúde (2014), no Brasil, são registradas anualmente cerca de 68 mil mortes por Acidente Vascular encefálico (AVE), ou seja, uma morte a cada seis segundos. O que faz do AVE, a primeira causa de morte e incapacidade no país, ocasionando grande impacto econômico e social (MINISTERIO DA SAÚDE, 2014).

Anualmente 16 milhões de pessoas no mundo sofrem AVE, dessas seis milhões vão a óbito. O risco aumenta com a idade, sobretudo após os 55 anos, com predominância em pessoas da raça negra e com histórico familiar de doenças cardiovasculares (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014). 

O AVE é caracterizado por uma disfunção neurológica aguda, de origem vascular, seguida da ocorrência súbita de sinais e sintomas como um distúrbio neurológico focal ou global, relacionados ao comprometimento de áreas no encéfalo e que persistem por mais de 24 horas. Acomete a função dos membros, o controle motor, o equilíbrio, a força e a mobilidade (THOM et al., 2006)

Os fatores de risco predisponentes são o sedentarismo, hipertensão arterial sistêmica (HAS), obesidade, tabagismo e estresse e quando não tratados há o risco elevado de reincidência do AVE (JOHNSTON et al., 2009).

Os sintomas são resultantes de uma lesão em um hemisfério cerebral afetando o lado contralateral do corpo. A incapacidade física mais comum é a hemiparesia ou hemiplegia, definidas como diminuição de força parcial ou total em um dimídio corporal. O desenvolvimento da hemiparesia é rápido, com quadro inicial de hemiparesia flácida, evoluindo para espasticidade. As alterações no suprimento sanguíneo comprometem o funcionamento adequado de algumas regiões e promovem déficits relacionados a topografia e extensão da lesão.  Após o AVE o indivíduo poderá apresentar déficits sensoriais, motores, da memória, da consciência, de percepção, cognição e da fala a depender da região acometida (RIBERTO, et al. 2005).

O membro superior (MS) desempenha grande importância na funcionalidade e na capacidade para manipulação, preensão e alcance que são fundamentais para a realização da maioria das AVDs (atividades de vida diárias). A perda de função do MS é uma das condições que mais incapacitam os indivíduos que sofreram um AVE. Os déficits sensoriomotores são mais evidentes no membro contralateral ao hemisfério cerebral lesionado e são caracterizados por: fraqueza muscular, tônus muscular anormal, ajustes posturais atípicos, sinergias de movimento anormais, perda de mobilidade entre as estruturas da cintura escapular e incoordenação articular durante movimentos voluntários.

Quando um indivíduo com hemiparesia tenta realizar um movimento e encontra todas as dificuldades relatadas, a reação natural é compensar com as estratégias motoras que estão disponíveis. (CIRSTEA e LEVIN, 2000). A função do membro superior é afetada em 73–88% dos sobreviventes pós-AVE, entre os quais 55–75% apresentam o braço parético gerando incapacidades na função (MICHIELSEN et al., 2011).

O comprometimento das habilidades do alcance e da preensão muitas vezes leva a perda da função do membro superior e dificulta ou mesmo impossibilita a realização de AVD’s. Os movimentos de alcance são fundamentais para colocar a mão na posição e orientação apropriadas para interagir com o meio ambiente (MICHAELSEN et al., 2006).

Após um AVE, observa-se alteração na coordenação interarticular entre os movimentos do cotovelo e ombro. (CIRSTEA et al., 2003) fazendo com que os indivíduos com hemiparesia realizem os movimentos de forma mais lenta, com menor precisão e eficiência quando comparados a indivíduos saudáveis (WAGNER et al., 2006).

Apesar dos mecanismos neurais, que possibilitam a recuperação parcial de pacientes em especial na fase aguda do AVE, cerca de 60% dos indivíduos que ficaram com disfunção motora após a lesão geralmente seguirão com déficit motor permanente (TEIXEIRA, 2008).

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