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As Doenças Tropicais

Por:   •  19/11/2019  •  Dissertação  •  1.876 Palavras (8 Páginas)  •  197 Visualizações

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Leishmanioses

São doenças parasitárias infecciosas, não contagiosas, causada por várias espécies de protozoários do gênero Leishmania e reconhecisa pela Organização Mundial da Saúde como uma das 17 principais infecções parasitárias, chamadas de Doenças Tropicais Negligenciadas. Originalmente é uma infecção zoonotica, tornando o humano um hospedeiro acidental/secundário. Seu vetor de transmissão é o flebotomíneo, um inseto da ordem Díptera, chamado popularmente de mosquito palha, birigui ou tatuíra. Possui 3 padrões de transmissão: Silvestre, onde a transmissão ocorre em áreas de vegetação primária; Ocupacional e Lazer, associado ao desmatamento e instalação de seres humanos nessas áreas; Rural e Periurbano em áreas de colonização, relacionado a ocupação de encostas e aos aglomerados em centros urbanos e matas secundárias ou residuais.  

Profilaxia: Evitar atividades ao ar livre ao fim da tarde ou ao amanhecer, uso de mosquiteiros, telagem de portas e janelas, uso de repelente de insetos, construir habitações a pelo menos 400 metros da vegetação densa, limpeza de quintais e terrenos, podagem de árvores, limpeza de abrigos de animais domésticos.

Pode ser apresentada em duas formas: Leishmaniose visceral e Leishmaniose tegumentar, que por sua vez se divide em cutânea e mucosa.

Leishmaniose Visceral

Atinge principalmente cães e é fatal em 95% dos casos se não for tratada. É uma doença sistêmica, pois afeta vários órgãos internos como baço, fígado e medula óssea. Sua sintomatologia febre, que pode ter semanas de duração, fraqueza, inapetência, anemia, emagrecimento, palidez, aumento de órgãos como o baço e o fígado, além de comprometimento da medula óssea, do sistema respiratório, diarreia e sangramentos na boca e no intestino.

Leishmaniose Tegumentar

        Nas américas, a Leishmaniose tegumentar recebe o nome de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é um grande problema de saúde pública, pois é associada à pobreza e fatores ambientais.  Seu diagnóstico pode ser em esfregaço corado em lâmina, exame histopatológico ou teste intradérmico de Montenegro. Divide-se em Leishmaniose cutânea e mucosa.

A Cutânea é a forma mais comum, chegando a representar 95% dos casos. Após a picada do inseto infectado, surge uma mácula que dura de 1 a 2 dias evoluindo para uma pápula que aumenta progressivamente produzindo uma úlcera, com características típicas: indolor e costuma localizar-se em áreas expostas da pele; tem formato arredondado ou ovalado; mede de alguns milímetros até alguns centímetros; tem base eritematosa, infiltrada e de consistência firme; apresenta bordas bem delimitadas e elevadas com fundo avermelhado e granulações grosseiras. Ainda se apresentar clinicamente nas formas cutânea localizada, cutânea disseminada, recidiva cútis e cutânea difusa.

A Mucosa caracteriza-se por destruição parcial ou total das membranas mucosas do nariz, boca e garganta. Sua forma clássica é secundária à lesão cutânea. Geralmente, a lesão é indolor e a mucosa nasal é a mais acometida, podendo ocorrer lesões em orofaringe, palato, lábios, língua, laringe. Raramente pode haver comprometimento da traquéia e árvore respiratória superior, conjuntivas oculares e mucosas de órgãos genitais e ânus.

Malária

        É uma doença parasitária infecciosa, não contagiosa, transmitida pela fêmea do mosquito do gênero Anopheles (existem mais de 400 espécies desse gênero que podem transmitir a doença) infectado por protozoários do gênero Plasmodium e, no Brasil, três espécies estão associadas à doença: P. vivax, P. falciparum e P. malariae. De acordo com o Ministério de Saúde, a maioria dos casos que ocorrem no Brasil são na região Amazônica, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

        Sua sintomatologia envolve: calafrios, febre alta, contínua no começo e depois com frequência de três em três dias (febre terçã), dores de cabeça e musculares, taquicardia, aumento do baço e, por vezes, delírios. No caso de infecção por P. falciparum, também existe uma chance em dez de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Além dos sintomas comuns, aparece ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos e dores de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma. . A presença do parasita leva à destruição das hemácias (glóbulos vermelhos) e consequente anemia.

A decisão de como tratar o paciente com malária deve estar de acordo com o Manual de Terapêutica da Malária, editado pelo Ministério da Saúde, e ser orientada pelos seguintes aspectos: espécie do plasmódio e gravidade da doença.

Profilaxia: pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterro, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoramento da moradia e das condições de trabalho, uso de repelente.        No Brasil, o método diagnóstico oficial da malária é o chamado gota espessa. Esse teste consiste em submeter uma amostra de sangue do paciente a observação por microscópio com um corante vital (azul de metileno e Giemsa). Esse corante permite visualizar o parasita e diferenciá-lo de acordo com a sua morfologia, além de permitir ter uma noção de concentração de parasitas na corrente sanguínea. Ajuda, ainda, a determinar qual o tipo de Plasmodium que está causando a infecção. Além deste método de diagnóstico, também há: a pesquisa de antígenos, que  não é capaz de diferenciar os diferentes tipos de Plasmodium, mas é um dos exames mais rápidos para se confirmar o diagnóstico de malária; e Reação em cadeia polimerase.

Toxoplasmose

É uma doença infecciosa, congênita ou adquirida, causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii, encontrado nas fezes do gato e outros felinos e infectando seres humanos acidentalmente, de forma secundária. O ser humano pode se infectar de três formas: ingestão de oocistos provenientes do solo, areia, latas de lixo contaminadas com fezes de gato infectadas; ingestão vegetais mal lavados ou de carne crua ou mal cozida, infectados com oocistos especialmente de porco e carneiro; por intermédio de infecção transplacentária e transfusão sanguínea.

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