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RESENHA DO LIVRO “AMAZÔNIA - FUNDAMENTOS DA ECOLOGIA DA MAIOR REGIÃO DE FLORESTAS TROPICAIS” (HARALD SIOLI)

Por:   •  8/3/2016  •  Resenha  •  1.796 Palavras (8 Páginas)  •  1.975 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA

INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIENCIAS HUMANAS - IFCH

FACULDADE DE GEOGRAFIA E CARTOGRAFIA - FGC

DISCIPLINA: GEOGRAFIA FISICA

DOCENTE: MARCIA PIMENTEL

RESENHA DO LIVRO “AMAZONIA - FUNDAMENTOS DA ECOLOGIA DA MAIOR REGIÃO DE FLORESTAS TROPICAIS” (HARALD SIOLI).

DISCENTE: ALEXSANDRO NASCIMENTO SÁ

                                                     

                                                 

BELÉM – PA- MARÇO

2016

SIOLI, H. Amazônia- Fundamentos da ecologia da maior região de florestas tropicais. Petrópolis: Vozes, 1985.

Esta resenha aborda o conteúdo do livro “Amazônia”, de Harold Sioli, que foi traduzido por Johann Becker, professor titular da universidade Federal do Rio de Janeiro. Abordaremos a seguir partes importantes do estudo de uma geografia física realizada na região amazônica.

A mais de dois séculos a Amazônia sempre foi um lugar de fascínio para vários estudiosos, principalmente os naturalistas europeus. Estes que desbravavam a Amazônia registrando e catalogando inúmeras espécies da fauna e flora, além de estudar o gênero de vida dos nativos e a variação do clima em varias partes da sua porção.

Segundo Sioli (1985), a grande viagem ao Brasil que, por incumbência do rei da Baviera, Johann Baptist von Spix, e Carl Frederich Philipp von Martius empreenderam de 1817 a 1820 e os que os levou todo um ano a penetrar profundamente na região amazônica, representa um dos apogeus daquela época. Os estudos realizados na Amazônia nesta época, entre esses destacamos “a Flora Brasiliensis” de von Martius, que nos ajudam a entender a dinâmica e as mudanças que ocorreram em vários períodos decorridos na história desta região.

Os estudos iniciais na Amazônia preocuparam-se mais com a observação, coleta e registro do que a analise em si. Dentro desse contexto, observa-se a importância de se conhecer toda dinâmica que ocorre dentro do processo de interação entre as realidades inorgânicas do espaço e as múltiplas formas vitais que ocupam a ocupam. Em síntese, esta verificada no que hoje chamamos de ecossistema.

Para Bluntschli (1921), [...] a investigação ecológica da região amazônica deve começar pelo estudo das aguas, já que estes fornecem pontos de apoio, de obtenção relativamente fácil, a partir dos quais será possível inserir as condições e o fundamental quanto ao ambiente terrestre da região. E elementar a importância da dinâmica que ocorre nos corpos d’agua, principalmente as aguas correntes, estas que desempenham papel de escoar os produtos finais do metabolismo abiótico e biótico das paisagens, levando-os para os oceanos, além de moldar através da erosão e da sedimentação paisagens adjacentes.

A Amazônia continental pode ser dividida em quatro grandes áreas geológicas: os Andes, no ocidente, o Planalto das Guianas ao norte, o Planalto Central Brasileiro ao sul e a Planície Amazônica no centro e na porção oriental.

A história geológica da Amazônia remonta ao período pré-cambriano, há 600 milhões de anos, quando se formaram os escudos de granito ao norte (das Guianas) e ao sul (o Escudo Brasileiro ou Planalto Central). Estes terrenos estão entre os mais antigos do planeta. Mudanças importantes aconteceram na região durante milhões de anos, moldando a estrutura superficial da crosta, a dinâmica dos rios, entre outros.

O clima amazônico esta relacionado principalmente ao seu grande potencial hídrico, entretanto a quantidade de precipitação não esta calcada de forma homogenia em toda região. Bluntschli (1921) discerne sobre a importância da agua na vida e nas características da Amazônia. A relação entre o clima pluvial e a existência da floresta amazônica nos remete a entender em estudos recentes realizados por Salati e colaboradores, sobre as altas taxas de evapotranspiração. Dai percebemos a importância de manter a cobertura vegetal desta região tão exuberante.

Para Sioli, a Amazônia é resultante da dinâmica ocorrida no processo histórico geológico e do clima. Esta região abriga o sistema fluvial mais extenso e de maior massa liquida da terra, sendo coberta pela maior floresta pluvial tropical, que Alexsander von Humboldt chamou de hileia.

Segundo Sioli (1985), as margens do Amazonas são planas, com leito correndo quase sempre dentro dos limites de uma planície aluvial de 2à a 100 km de largura, chamada “várzea”. Todos os anos esta recebe inundação, penetrando em sua mata ciliar, que era praticamente constituída pela cobertura vegetal, e nos dias estas áreas são constantemente modificadas pela ação humana. As margens desta região em geral são instáveis, sendo que o caudal esta constantemente remodelando o seu leito, aonde ocorre um intenso processo de erosão marginal nos lobos côncavos dos meandros, que podem assumir a forma das “terríveis terras caídas”.

Segundo Sioli (1985), atrás da larga fachada alagável da várzea ergue-se, em geral bruscamente, a “terra firme”, mais elevada e não é atingida pela cheias do rio e também não e constituída por aluviões fluviais recentes.

A Amazônia possui vários tipos de rios em sua composição, destes podemos citar: os rios de agua branca (água barrenta), aguas claras e rios de aguas preta. Sioli fala que a resposta para as diferenças na coloração e a transparência dos rios amazônicos esta diretamente ligada aas suas nascentes, aonde ocorrem dinâmicas como a variação na composição química e do seu material suspenso, além da densidade e clima.

No que diz a respeito à morfologia dos cursos dos rios amazônicos, os de águas claras e de águas pretas não se distinguem entre si, e, além disso, a água de ambos é pobre em material suspenso. Já os rios de agua branca são ricos em material em suspensão.

Segundo Sioli (1985), O leito dos rios amazônicos lembra [...] uma represa com enseadas laterais, dando uma pista de como se teria se originado esta morfologia fluvial peculiar [...].  Essa morfologia foi moldada a partir da transformação ocorrida nesta região ao longo de milhões de anos.

Sioli (1985) fala sobre a hipótese dos refúgios florestais. Estes que em períodos glaciais, e com características não superiores a 4°C, pode ter influenciado na extensão que a floresta amazônica ocupa hoje em dia, não ficando porem estabelecidos em que amplitude e de que maneira.

As diferenças encontradas na coloração dos grandes rios, também são encontradas nos igarapés amazônicos. Os riachos de aguas brancas tem sua ocorrência ligada aas condições edáficas da região. Os riachos de agua clara são a predominância em toda região amazônica, estes são córregos típicos de terra firme coberta pela floresta alta amazônica, provida de latossolos amarelos. Os córregos de agua preta provem de áreas de solo arenoso puro, alvo, onde medra uma vegetação peculiar [...].

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