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Relação do seriado docmarthin e farmacologia

Por:   •  20/8/2018  •  Resenha  •  1.294 Palavras (6 Páginas)  •  216 Visualizações

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DocMartin é um seriado filmado na Inglaterra, seus seis primeiros episódios narram a chegada e adaptação do doutor Martin Ellingham a aldeia de Portwenn, onde toda trama se passa. Com a saída do doutor Sim, ele passa ser responsável pela saúde dos habitantes desse local como clínico geral em seu consultório, sendo especialista em propor diagnósticos.

Na série observa-se diversas situações em que há prescrição e uso de medicações, algumas vezes de forma inadequada. No primeiro episódio, ele “diagnostica” glaucoma em Louisa, e a ela é receitado colírio, ela passa a utilizar também tampa olho direito. Nas cenas seguintes, Dr. Martin a informa que esses são bloqueadores beta, e que se não tiver melhoras deve voltar ao médico. Esse tipo de colírio auxilia no tratamento do glaucoma, pois reduz a pressão sanguínea no olho, reduzindo a produção de liquido. Porém, seu uso pode trazer efeitos colaterais como, dor de cabeça, coceira, sonolência, diminuição dos batimentos cardíacos e leve falta de ar, assim, deve-se seguir a maneira correta de uso.

Ainda no episódio um, enquanto o Dr, Martin passa pela rua é abordado pela Sra. Susan Brading e ela o pede a prescrição de um medicamento, imediatamente o Dtr. nega e ela argumenta dizendo que o antigo médico da comunidade não se importava em o prescrever. Ele acaba cedendo e receita o creme de terapia de reposição hormonal (TRH), por entender que não teria problema, já que é normal esse ser utilizado por mulheres na menopausa, já que nessa fase há um decréscimo de produção de estrógenos e progesterona.

 No Brasil essa ação feriria a ética médica, pois de acordo com o Código de Ética Médica, prescrever tratamento sem exame direto do paciente não é permitido, salvo em situações de urgência ou de impossibilidade comprovada de realizar a consulta, podendo o médico ser impedido de exercer a profissão.

Nas cenas que seguem, tal atitude do médico repercute, por que a Sra. Susan Brading utiliza o creme em excesso. O marido dela, o coronel Spencer chega ao consultório com sinais de ginecomastia, o que intriga o Dtr. Martin. Então, o Dtr. investiga a ficha de paciente da Sra. Susan Brading, e comprova a suspeita que o uso em excesso do TRH pode ser a causa da ginecomastia do marido. Ele alerta ao casal dos riscos, e ela justifica-se dizendo que o uso aumentava o desejo sexual, além de facilitar o ato sexual.

Curiosamente o jovem Ross, também apresenta os mesmos sinais de ginecomastia, apontando que o problema foi causado pela água. Dias depois em uma festa na comunidade o Dtr. e o coronel flagram a Sr. Susan Brading  e Ross juntos,  fortalecendo a hipótese de que o TRH quando em excesso pode causar ginecomastia nos parceiros das mulheres que fazem uso do medicamento.

Apesar de não encontrar evidências científicas, tal história demonstra a investigação feita pelo médico na tentativa de descobrir os motivos da ginecomastia. Alerta para os riscos do excessivo uso de medicamentos, apontando que os tais as vezes não apresentam em sua bula todos os seus possíveis efeitos indesejados, cabendo a população e comunidade médica se atentarem ao aparecimento de muitos casos de uma patologia relacionada ao uso de um medicamento.

O segundo episódio apresenta a inauguração da clínica do Dtr. Martin, muitos moradores da localidade vão as consultas mesmo sem ter necessidade. Em uma das consultas uma senhora diz ter indigestão, mas não se preocupa, pois já se medica com Aloe Vera, indicado por uma vizinha. Essa cena aponta para os riscos da automedicação, tal atitude de acordo com a organização mundial da saúde (OMS), pode por exemplo agravar uma doença, mascarando sintomas mais graves, anular ou potencializar efeitos de outros, causar reações alérgicas e até mesmo levar a morte.

Esse episódio também mostra uma conduta adequada do profissional, ele realiza uma consulta domiciliar a uma criança, a examina adequadamente e prescreve para ela antibiótico para amigdalite. A família da criança também teve a decisão correta, primeiro consultou um profissional antes de medicar a criança, já que a mãe desconfiava de apendicite e o problema real era outro. O que geralmente não observamos com facilidade em nosso cotidiano, o que geralmente acontece é o auto diagnóstico e automedicação.

O terceiro episódio levanta uma questão muito relevante, sobre os perigos que a água pode trazer a saúde, além de evidenciar a importância da investigação das causas que levam a um grande número de casos da mesma doença em uma região, já que não é necessário apenas medicar com paliativos e sim eliminar os agentes causadores dessa.

Alguns casos de diarreia começaram a surgir na ilha, porém a recepcionista não encaminhava os casos ao médico, e erroneamente receitava medicamentos de farmácia e bolsas de água quente. O médico desaprova esse comportamento e entra em contato com os pacientes, então ele prescreve sais de reidratação e por meio de uma investigação estabelece a relação da diarreia com o uso da piscina.

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