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RÁDIO FREQUÊNCIA NÃO ABLATIVA OU TECARTERAPIA

Por:   •  28/3/2022  •  Resenha  •  5.694 Palavras (23 Páginas)  •  127 Visualizações

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RÁDIOFREQUÊNCIA NÃO ABLATIVA OU TECARTERAPIA

A terapia de radiofrequência usa correntes elétricas de intensidade moderada que liberam energia projetada para elevar a temperatura do tecido a níveis que conduzam a uma resposta fisiológica totalmente controlável. Quando este tipo de estimulação é utilizado, mas com maior potência e eletrodos específicos, eles são utilizados para fazer incisões, destruir ou mesmo remover tecido orgânico enquanto promove algum grau de hemostasia, chamada de radiofrequência de ablação, mas o uso é limitado. Em 1911, a radiofrequência de ablação foi utilizada pela primeira vez para realizar corte e cauterização em tecido vivo. Na eletro cirurgia, um dos eletrodos é na verdade puntiforme, permitindo altas densidades de corrente próximas ao eletrodo quando é aplicada energia ao paciente, o que pode levar a fenômenos térmicos destrutivos localizados no tecido, além de tais procedimentos exigirem faísca.

No caso comum de diatermia, grandes eletrodos de entrada e saída induzem aquecimento interno através de baixas densidades de corrente no tecido. Em 1976, a corrente de radiofrequência de 13,56 MHz foi aplicada pela primeira vez para destruir células cancerígenas, com base no calor gerado no tecido pela corrente. Um deles, chamado de eletrodo ativo, possui uma ponta menor para gerar uma alta densidade de corrente no ponto de aplicação, causando fenômenos térmicos localizados no tecido que podem levar a corte ou coagulação. Os fabricantes priorizam os dispositivos emissores resistivos e capacitivos, que mostramos na prática que superam o modo indutivo em termos de efeitos térmicos relacionados à taxa de aumento de temperatura.

Ao entrar em contato com a pele, libera essa energia eletromagnética de alta frequência, que promove enorme atrito tecidual devido à sua absorção, produzindo nesse momento um aumento da temperatura do tecido próximo a esse transdutor. No entanto, em comparação aos eletrodos bipolares e tripolares, as condições físicas são bem definidas e estabelecem que o modo monopolar possui propriedades que aumentam a temperatura do tecido profundo, principalmente quando um eletrodo de retorno está presente. Também é usado em tratamentos cosméticos, especialmente tecido subcutâneo e dérmico. O efeito que temos que prestar atenção é basicamente a temperatura criada no tecido, por isso algumas propagandas tentam convencer os profissionais a comprar equipamentos «muito potentes», acreditando que eles vão gerar mais calor e melhores resultados, embora possam ser perigosos O resultado é um dano grave, especialmente ao nível da pele.

Ao entrar em contato com um determinado tipo de tecido biológico, a corrente de alta frequência promove seu aumento de temperatura. Se fisicamente, calor e temperatura são diferentes, então em um ambiente celular, a resposta é diferente. Por exemplo, podemos dizer que o calor gerado por qualquer agente térmico promoverá o relaxamento tecidual, enquanto a radiofrequência incidente reconfirma o tecido através da resposta contrátil das fibras colágenas. Portanto, podemos facilmente distinguir entre calor e temperatura.

A forma física da temperatura elevada parece ser a melhor explicação para a contração e produção de colágeno. Esses dispositivos consistem em um sistema que resfria a ponta cdtn abaixo de 0C, ao tocar a pele de 90 pacientes, é capaz de gerar micro resfriamento por condução, além de ter a capacidade de elevar a temperatura do tecido para cerca de +/- 50 A capacidade de °C, internamente ao nível da derme e tecido subcutâneo, provoca um grande choque térmico entre as camadas da pele.

A conversão da energia eletromagnética está relacionada às propriedades biológicas do tecido submetido à radiofrequência, e a temperatura se manifestará de diferentes formas, sendo mais intensa nas camadas internas da pele, principalmente pela presença de mais fluido. Assim, por exemplo, quando usamos um termômetro para verificar a temperatura da pele sob a influência da radiofrequência, a temperatura entre suas diferentes camadas pode variar entre 5 e 20C, ou seja, a derme e até o tecido subcutâneo apresentam a temperatura mais alta comparada.

A radiofrequência terapêutica é uma técnica considerada não ablativa, que quando bem aplicada e com temperatura controlada é capaz de produzir efeitos importantes como estimular um novo colágeno sem danificar a epiderme, estimulação linfática e ajudar na lipólise. «Esta energia é conduzida eletricamente no tecido, produzindo elevação da temperatura tecidual quando a resistência inerente do tecido converte corrente elétrica em energia térmica ». Este parece ser o fundamento mais importante da radiofrequência. Para o uso de um equipamento de radiofrequência é necessário um profissional plenamente treinado e habilitado, que conheça as propriedades físicas do seu equipamento, os processos biológicos e logicamente as respostas frente a ação dessa energia térmica.

Costumo comentar que o profissional somente obterá capacitação com a radiofrequência depois de pelo menos três meses de efetiva prática, tempo esse que proporcionará a observação dos diferentes tipos de peles e suas respostas aos efeitos térmicos. Apesar de que a radiofrequência esteja fundamentada nos efeitos da termo terapia, existem respostas teciduais distintas conforme seu modo de emprego. 

Os estudos histológicos são necessários para ajudar no entendimento do mecanismo de reação dérmica nos tecidos submetidos à energia de radiofrequência, apesar da perfeita visualização macroscópica, mais estudos são necessários para melhor definir o aquecimento profundo do tecido, os mecanismos de encurtamento do tecido e a correlação destas ações com achados clínicos.

Pode-se constatar cientificamente que a técnica de radiofrequência, ao aumentar a temperatura interna provoca uma vasodilatação capaz de manter em atividade os fenômenos biológicos relacionados com a vitalidade tissular, já que assegura a presença de uma população celular jovem ao intervir em sentido positivo nos processos proliferativos mitóticos do extrato germinativo. Esses têm sido identificados recentemente como os maiores responsáveis pelo envelhecimento cutâneo e deles depende o aspecto hipotônico da pele envelhecida. Tudo isso explica o grande poder de regeneração que se consegue com a radiofrequência não ablativa. Equipamentos de radiofrequência permitem realizar retração nas fibras colágenas sem cortá-las.

Em seu funcionamento, as ponteiras passam corrente alternadas da ponta desta para o tecido. Os íons do tecido seguem a direção da corrente alternada, gerando elevação da temperatura tecidual por fricção. O efeito térmico pode mudar a forma das fibras de colágeno, enquanto altera sua periodicidade e mais importante, seu comprimento e diâmetro, fundamental para a reorganização do colágeno.

Fibroblastos aquecidos são envolvidos na formação do novo colágeno e subsequente remodelamento o qual é cosmeticamente benéfico.

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