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Saude do homem

Por:   •  14/5/2015  •  Resenha  •  1.616 Palavras (7 Páginas)  •  443 Visualizações

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A fisioterapia é uma terapia muito importante para pessoas portadoras de paralisia cerebral (PC). Ou seja, é essencial na vida de um deficiente, pois a partir de exercícios realizados por um profissional da área, é possível evitar o enfraquecimento e o atrofiamento de músculos pouco utilizados. Além disso, o fisioterapeuta pode ser importante também na inclusão de alunos com PC no sistema regular de ensino.

A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais (NEEs) no ensino regular tornou-se obrigação do estado, ou seja, o poder público é responsável pela eliminação de toda e qualquer barreira arquitetônica que impeça um indivíduo deficiente de ter acesso a algum lugar. Os alunos com NEEs não podem ser considerados incapazes de acompanhar o desenvolvimento de uma turma de ensino regular, pois eles possuem somente limitações motoras. Portanto, para um bom desenvolvimento pessoal dos portadores de PC, é necessário que haja um suporte adequado, como rampas de acesso, adaptações nos banheiros (barras de segurança e assento adaptado), carteiras e cadeiras adaptadas, entre outros.

Além dessas adaptações do ambiente escolar, é necessário também a adaptação profissional no ensino desses alunos. Para que haja uma boa inclusão, é necessário haver o envolvimento de todos os profissionais responsáveis pelo ensino das mais variadas áreas de conhecimento.

O fisioterapeuta possui papel essencial na inclusão desses alunos portadores de necessidades educacionais especiais. Ele é o responsável pela adaptação de materiais pedagógicos, mobiliários e no posicionamento do aluno na sala de aula. Além disso, auxilia em atividades como a educação física, e promove ações de educação em saúde para os funcionários, pais e alunos da escola.

        Para avaliar a inclusão de um aluno com paralisia cerebral no sistema regular de ensino, foi feito uma pesquisa em uma escola da cidade de Curitiba entre março e abril de 2009. Para realizar a avaliação, foram analisados três alunos diagnosticados com paralisia cerebral e utilizados dois métodos: o protocolo de observação e a ficha de avaliação neurológica qualitativa e descritiva.

         O protocolo de observação foi preenchido por duas fisioterapeutas, que observavam os alunos na sala de aula, durante as aulas de Educação Física, na locomoção dos alunos na escola e a acessibilidade que a escola oferecia, e discutiam cada item para realizar o preenchimento. Já avaliação neurológica qualitativa e descritiva é composta por exame físico e anamnese. A partir de então, os objetivos do fisioterapeuta foram estabelecidos e foram realizadas intervenções específicas, de acordo com a necessidade de cada aluno.

Caso 1 – O primeiro aluno a ser observado, foi um menino de nove anos de idade que apresenta Paralisia Cerebral Espástica em seu diagnóstico clínico e hemiparesia (paralisia parcial de um lado do corpo) à direita em seu diagnóstico fisioterapêutico.

Em aula o aluno encontra-se sentado em sua carteira escolar, localizada na fileira do canto da sala (proporcionando assimetria à sua postura), pés apoiados no chão, ocupando todo assento e com suas costas encostadas na cadeira. Quadril e joelho formando corretamente um ângulo de 90°C.

É destro e escreve com a mão direita, porém não realiza pinça e faz muita pressão no papel com o lápis ao escrever. Possui dificuldades ao interagir com seus colegas de turma devido à sua hiperatividade (relatado pela mãe). E nas aulas de Educação Física participa de brincadeiras e atividades com bola com dificuldades mínimas.

Em relação ao acesso do aluno ao ambiente escolar, ele se locomove sem restrição embora existam algumas barreiras encontradas, como por exemplo: falta de materiais pedagógicos adaptados, falta de uma sala de recursos multifuncionais e de algum professor assistente, possui ainda vários desníveis e degraus, com apenas uma rampa que liga o pátio à quadra de esportes. A escola possui banheiro adaptado, porém está inativo.

Ao final deste caso foram feitas algumas intervenções fisioterapêuticas. Foi sugerida a construção de rampas no lugar de degraus, cartilha de sugestões para atividades adaptadas, para que possa haver mais interação com os colegas, foi confeccionado um engrossador de lápis (com E.V.A) No qual funcionou, aliviando a pressão na escrita.

* Não houve melhora nas aulas de Educação Física devido ao estado do aluno que se encontrava agressivo e pouco colaborativo.

        Caso 2 – A segunda aluna, é uma menina de nove anos com  paralisia cerebral espástica e hemiparesia á direita.

Na sala de aula a aluna está sentada incorretamente, pois é relativamente pequena, então seus pés não alcançam o chão e suas costas não se encostam à cadeira, sua carteira também é muito alta prejudicando assim, sua postura. Ela é canhota e escreve corretamente, porém apresenta um forte padrão flexor no punho direito quando está realizando esta atividade.

A menina não apresenta dificuldades de interação com os colegas, não consegue acompanhar jogos em grupo e conseqüentemente não participa de atividades com bola, mas participa de atividades de recortar, com lego, desenho e dobradura - com lentidão e um pouco de dificuldade.

Em relação a sua locomoção, a aluna não apresenta dificuldades, apesar de diversas barreiras, como falta de elevadores, de banheiros, móveis e materiais pedagógicos adaptados, falta de recursos e de professor assistente.  

*Há uma rampa de acesso na escola ligando o refeitório ao pátio e o pátio às salas de aula.

Ao final do caso foi orientado aos gestores da escola, um laudo com sugestões de adaptação para o banheiro, Instalação de plataforma vertical, construção de mais rampas de acesso, proposta de adequação para o mobiliário escolar dessa aluna, proposta de atividades adaptadas objetivando participação nas atividades com bola;

 Foi feita uma tala de punho que inibe o padrão flexor do punho, melhorando seu problema e para minimizar temporariamente o caso de posição inadequada na carteira, foi feito um suporte de pés para prevenir problemas em seu pé direito.

Caso 3 -

Aluna de 16 anos, com paralisia cerebral espástica e hemiparesia á esquerda. Faz uso de muleta canadense.

Na sala de aula está sentada corretamente. Na escrita é destra e apesar de fixar a cintura escapular para facilitar, escreve de forma adequada. A aluna interage bem com os colegas e não participa de aulas praticas de Educação Física, pois não consegue acompanhar.

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