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Teste de caminhada de seis minutos (TC6M)

Por:   •  29/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.410 Palavras (6 Páginas)  •  353 Visualizações

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Teste de caminhada de seis minutos (TC6M)

        O teste de caminhada de seis minutos (TC6M) tem finalidade avaliar a capacidade física de paciente com patologias cardíacas e pulmonares, bem como para avaliar a capacidade submáxima de exercício. (Enrigth et al., 2003).

        O TC6M é cada vez mais popular. Entretanto, em pacientes que sabidamente possuem doença pulmonar ou cardiovascular, o ideal seria a realização da ergoespirometria prévia, devido aos poucos parâmetros de monitorização do paciente no teste de caminha. (PERECIN, et al. 2003).

        É um método acurado e eficiente de quantificar a tolerância ao exercício, avaliando a capacidade respiratória e cardíaca. Tratando-se de uma intervenção simples, segura, bem tolerada pelos pacientes, mesmo por aqueles com idades mais avançadas, além de representar melhor as atividades diárias (Rodrigues; Mendes; Viegas; 2004).

        As indicações mais importantes para o TC6M, onde a principal delas é avaliar a capacidade funcional e o prognostico clinico de pacientes com moderada a severa doença pulmonar e/ou cardiovascular, incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e insuficiência cardíaca congestiva (ICC) (BRUNNETO, et al.; 2003).

        Entre as várias indicações podemos citar também como: Doença Vascular Periférica, doenças Neuromusculares, diagnosticar e acompanhar doenças pulmonares e cardíacas, comparar a eficácia de tratamentos Clínicos e cirúrgicos, reabilitação Pulmonar e Cardíaca, transplantes e ressecção do parênquima pulmonar, terapia medicamentosa para DPOC, hipertensão Pulmonar, prognosticar hospitalização, em doenças cardíacas, DPOC ou Hipertensão Pulmonar, identificar a origem da dispneia ao esforço, avaliar a indicação de oxigenioterapia domiciliar entre outras. (Enrigth; SHERRIL, 1998).

        No momento da realização do teste, primeiramente, deve-se verificar que o paciente esteja com roupas e calçados confortáveis, para facilitar sua locomoção, e consequentemente, seu desempenho. Devem ter feito uma alimentação leve previamente, não devem ter se exercitado vigorosamente duas horas antes do início do teste.

        Deve se realizar em um ambiente fechado ou ao ar livre, desde que o mesmo tenha piso nivelado em toda extensão superfície e resistente e raramente percorrida para que não haja interrupções durante a caminhada pelas pessoas que transitam naquele local.

        Geralmente utiliza-se um corredor de 30 metros de comprimento, demarcados de 3 em 3 metros sem obstáculos onde o momento de fazer uma curva deve ser marcado com um cone.

        O objetivo do teste é caminhar em ritmo próprio e constante sozinho o mais longe possível durante os seis minutos, o mais rápido que conseguir sem correr, durante o período de seis minutos. Orientar e esclarecer as possíveis alterações cardiorrespiratórias que podem surgir durante o teste, podendo interromper a caminhada no caso de fadiga extrema ou algum outro sintoma limitante.

        Quanto aos paciente que necessitam de oxigênio (O2) durante a caminhada, devem empurrar o suporte de o2 sozinhos, como farim se estivessem em casa (ENRIGHT, 2003).

        Antes de iniciar o teste o paciente deve-se ficar de 5 a 10 minutos de repouso para ser aferidos: frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), saturação periférica de oxigênio (SpO2) e pressão arterial (PA) e a escala de esforço percebido de Borg modificada.

        No 3 minuto em que o paciente caminha pela pista, são aferidas através do oximetro de pulso a FC e a SpO2. Ao final dos seis minutos o paciente deve parar aonde estiver e o profissional levará uma cadeira até ele e são aferidos os mesmos parâmetros iniciais e verificam-se quantos metros o paciente percorreu neste tempo.

        Durante a realização do teste, o profissional deve incentivar a cada um minuto ou no primeiro, terceiro e último minuto. Utilizando-se de frases preconizadas de estímulo, as quais parecem aumentar mais de 30% a distância percorrida durante o teste. Como por exemplo: ‘’ Você está indo muito bem, falta 3 minutos.’’

        O ideal é administrar frases de incentivo que busquem sempre melhorar e não manter o desempenho do paciente (LIMA et, al 2016). Todavia, alguns fazem uso de frases incentivadoras que buscam apenas manter o desempenho físico durante o exame. (TANNUS et al.; 2014)

        O caminho deve ser demonstrado ao paciente pelo examinador e pode iniciar a caminhada. (ATS, 2005).

[pic 1]        Segundo Moreira, Moraes e Tannus (2001) e Enright e Sherril (1998) as seguintes equações determinam o nível de distância caminhada prevista para cada teste realizado para o paciente:

Homens: distância TC6M (m) = (7,57 x altura cm) – (5,02 x idade) – (1,76 x peso Kg) – 309m

Mulheres: distância TC6M (m) = (2,11 x altura cm) – (2,29 x peso Kg) – (5,78 x idade) + 667

        A partir do cálculo da distância caminhada através dessas equações obtém-se então os níveis de caminhada que segundo Oliveira Júnior; Guimarães e Barreto (2005), são os seguintes:

– Nível 1 < 300m;

– Nível 2, entre 300 e 375m;

– Nível 3, entre 376 e 450m;

-Nível 4 > 450m.

  • Sendo assim no TC6M todos os participantes toleraram bem os testes, e nenhum teste foi interrompido antes de completar 6 minutos.
  • Comparamos os dados encontrados e verificamos nos 4 participantes um aumento da FC e PA final.
  • A saturação de O2 diminuiu no 3º minuto, e no final aumentou a um valor semelhante ao no inicial.
  • A FR houve aumento no final de todos.
  • Escala de Borg em repouso foi muito fácil para todas e no final, dados variados como ligeiramente cansativo, cansativo, relativamente fácil e muito fácil.
  • Todos participantes chegaram no nível 4 > 450m.
  • O cálculo de DTC6M para as 4 pessoas mostrou resultados acima do LIN (-139m para mulheres), indicando que as 4 pessoas estão saudáveis. 
  • LIN para homens é -153m.

 

Referencias

ATS - AMERICAN THORACIC SOCYET. ATS Statement: Guidelines For The Six-Minute Walk Test. Amj Respir Care Med. v. 166. p. 111-117.

BRUNNETO, A. F. et al. Influência da saturação de O2 na velocidade percorrida em seis minutos, em pacientes com DPOC grave. Revista Brasileira de Fisioterapia, v.7, n. 2, p. 123-129, 2003.

Enright, P. L. The six-minute walk test. Respir Care, v. 48, n. 8, p. 783-785, 2003.

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