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A Síndrome de Edwards

Por:   •  21/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.067 Palavras (9 Páginas)  •  527 Visualizações

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2 INTRODUÇÃO

A síndrome de Edwards, também denominada trissomia do cromossomo 18, é a segunda alteração cromossômica mais frequente nos seres humanos, sendo a sua incidência de nascidos vivos muito rara.

O primeiro relato da síndrome foi feito pelo professor John Edwards e colaboradores em 1960 em um estudo de caso de uma recém nascida de nove semanas que apresentava características da síndrome, tais como: atraso de desenvolvimento e crescimento, pescoço alado, esterno curto, occipício proeminente, cardiopatia congênita, orelhas displásicas e de baixa implantação, mãos fletidas com sobreposição dos dedos, hálux dorsifletidos e calcânio proeminente.

Pouco tempo depois, Smith e outros colaboradores da Universidade de Wiscousin apresentaram o primeiro caso na América do Norte, ficando assim estabelecido um padrão para a síndrome.

A trissomia do 18 ocorre predominantemente em indivíduos do sexo feminino, sendo agravada pela idade materna avançada, uma vez que a ocorrência é maior em gestantes mais velhas. Estudos mostrem que em 85% dos casos o erro no cromossomo 18 ocorre na meiose materna, e em 15% na meiose do pai.

A frequência de partos cesáreos é muito elevada em gestações de conceptos com SE, variando de 48 a 90%. Não são muito relatadas complicações maternas durante a gestação, sendo a pré-eclâmpsia relatada de 12,5 a 17% dos casos.

Os indivíduos portadores da síndrome tem entre 90 a 94% dos casos uma trissomia livre, caracterizada pela presença de um cromossomo 18 adicional inteiro em todas as células.  De 5 a 10% dos casos, verifica-se mosaicismo, que ocorre quando a alteração genética ocorre apenas em parte das células, sendo algumas células trissômicas e outras normais. E um número muito inferior se deve a trissomias parciais, quando apenas parte de um cromossomo extra está presente nas células do indivíduo.

3 DESENVOLVIMENTO

3.1 Fisiopatogenia

É importante ressaltar que as anormalidades apresentadas pelos pacientes são advindas do material genético adicional do cromossomo 18, havendo controvérsias na literatura com relação a região cromossômica crítica para a síndrome.

O fenótipo não específico mais leve em pacientes com mosaicismo aparentemente está relacionado com a proporção de células normais do corpo do indivíduo afetado. Contudo alguns autores não observam esta associação. Em alguns casos, os pacientes portadores da doença podem apresentar manifestações clínicas raras, o que torna desafiador diagnosticar a síndrome.

3.2 Etiologia

Nesta doença, assim como em outras trissomias, a idade materna avançada é um dos principais fatores para a não disjunção dos cromossomos durante a divisão celular. Nesta trissomia, geralmente ocorre não disjunção na meiose II, diferente das outras, onde o erro ocorre comumente na meiose I.

3.3 Manifestações Clínicas

Mais de 150 anormalidades diferentes já foram observadas em pacientes portadores as síndrome. Algumas podem ser detectadas ainda em fase intrauterina, através de ecografias de controle pré-natal. A detecção de uma irregularidade isolada não deve ser considerada como diagnóstico, mas sim como um ponto de partida investigação de outras anomalias que levem ao diagnóstico. Deve ser dada atenção especial quando houver ocorrência dos achados mais frequentes na síndrome de Edwards, que serão relatados à seguir.

ANORMALIDADES ENCONTRADAS EM MAIS DE 50% DOS PACIENTES

ANORMALIDADES ENCONTRADAS EM 10-50% DOS PACIENTES

ANORMALIDADES ENCONTRADAS EM MENOS DE 10% DOS PACIENTES

Choro fraco; atividade fetal fraca;

Microcefalia; fenda labial e/ou palatina;

Hipertelorismo; catarata; microftalmia;

Tempo gestacional alterado

Mãos e pés: desvio das mãos; polegar hipoplásico ou ausente;

SNC: paralisia facial; defeitos no corpo caloso;

mielomeningocele;

Polidrâmnio;

Tórax: largo, com ou sem espaçamento dos mamilos;

Mãos: sindactilia dos 3° e 4° dedos; polidactilia; 5° metacarpo curto;

Placenta pequena;

Hipoplasia dos grandes lábios com clitóris proeminente na genitália;

Ossificação incompleta da clavícula; vértebras fusionadas; pescoço curto; escoliose; anormalidade das costelas; peito escavado;

Artéria umbilical pequena;

Ânus: afunilado ou em posição anormal;

Renal: tumor de Willms;

Déficit no crescimento;

Pulmão: malsegmentação ou ausência de segmentação do pulmão direito;

Hipospadia; escroto bífido; útero bífido; hipoplasia ovariana;

Baixo peso ao nascer (média=2.300g);

Diafragma: hipoplasia muscular;

Endócrino: hipoplasia drenal ou tireóidea;

Hipoplasia da musculatura esquelética, do tecido subcutâneo e do tecido adiposo;

Abdome: divertículo de Meckel; tecido pancreático e/ou esplênico heterotrópico; onfalocele; rotação incompleta do cólon;

Abdominal: estenose pilórica; vesícula hipoplásica; ânus imperfurado;

Deficiência mental depois do período neonatal;

Rins: em ferradura, ectópicos; ureteres duplos; hidronefrose; rins policísticos;

Outras: hipoplasia do timo; fístula traqueoesofágica; trombocitopenia;

Hérnias inguinais ou umbilicais;

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Esterno curto; mamilos pequenos;

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Mãos cerradas, hálux curto e dorsifletido; calcâneos proeminentes; e planta do pé convexa;

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