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Aula de transtornos de ansiedade

Por:   •  26/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  5.439 Palavras (22 Páginas)  •  431 Visualizações

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18.11.2016 - Aula 5

Psiquiatria

Caso clínico 1: paciente chega ao PS com dor nas costas há 6 meses, sem historia de traumas, não é encontrado deformidades, sem posição antalgica. Qual a hipótese diagnostica? TRANSTORNO DE SOMATIZAÇÃO 

Caso clínico 2: Paciente marcou consulta, é meio seca e mal humorada, sem querer muito papo e diz para o médico: "fiquei sabendo que a senhora é especialista em câncer de estomago, então vim aqui na senhora".

Você procuraria saber quais os exames que ela já fez? Sim, perguntar quais os médicos que já procurou, o que já fez antes, quais exames...

Ao analisar os exames vimos que essa mulher não tem cancer de estomago, tem TRANSTORNO HIPOCONDRIACO. Muito frequentemente esses pacientes querem induzir o médico para algum raciocínio, induzir o medico a fazer o que ele quer escutar.

Esse paciente pode mudar a sua doença e começar a mudar os seus sintomas (os sintomas podem variar), e ele está sempre está preocupado com os seus sintomas. Então, existe um padrão de preocupação freqüente e bem maior do que o necessário, sendo que grande parte da vida vai passar preocupado com a sua saúde.

Caso clínico 3: Celso percebeu que oftalmologia dá muito dinheiro, então montou uma clinica e um paciente diz para ele: "estou cego há 2 meses e não vejo mais nada". Ao examinar o paciente ele tem o globo ocular e vias oculares estão íntegras, SNC funcionando perfeitamente. Qual a hipótese diagnostica?

Cegueira é um diagnostico? É um sintoma localizado nas áreas somáticas do corpo.

Foi investigado toda a senso-percepção do paciente e foi percebido que não existe uma lesão orgânica que justifique a sua doença.

Esse paciente tem TRANSTORNO CONVERSIVO, que são sintomas relacionados a área sensitivas e motoras, não funcionamento do SNC.

Antigamente era conhecido como histeria, porque tem as mesmas características do transtorno de somatização só que vai afetar os sistemas sensitivos e motores.

Caso clínico 4: Médica está no pronto socorro e o paciente chega e diz: "doutor, eu acho que vou morrer porque meu coração está acelerado e tive a sensação que meu coração ia parar de bater, tive falta de ar repentina." Disse que na casa dela o sintoma estava exarcebado, mas chegou no hospital e melhorou.

Qual o diagnostico? ATAQUE DE PÂNICO. Se isso começar acontecer com freqüência e deixar ela com preocupações sobre isso, daí vai ser um transtorno de pânico e não somente um ataque de pânico.

Já se a paciente dizer que já está assim há 4 meses e isso acontece quando ela está no banco é um TRANSTORNO DO PÂNICO com AGORAFOBIA (agora é praça em grego = lugar publico) = as crises acontecem geralmente quando a pessoa está em locais públicos no qual é difícil sair.

*para dizer que é um ataque de pânico a pessoa tem que ter a somatização de pelo menos 4 sintomas de uma vez, relata que teve 4 sintomas ou mais.

Pergunta: A pessoa pode ter uma crise de pânico sem ter transtorno de pânico? SIM. Isso é questão de prova**.

Na agorafobia a pessoa não quer ficar em locais lotados onde fica pensando como vai sair dali,  quer ter controle da situação. Ex: se o banco pegar fogo como vou sair daqui? "Eu quero ser o primeiro a sair".

Já na claustrofobia a pessoa tem pavor de lugares fechados e não em relação com a quantidade de pessoas e nem como vai sair dali necessariamente.

A pessoa ter um episodio de ansiedade, ficar triste ou deprimida não quer dizer que ela tem um diagnostico e está doente, isso pode ser normal.

Caso clínico 5: Pacienta chega para o gastroenterologista e diz que tem diarréia freqüente, dor ao evacuar e de repente o intestino prende e isso me incomoda muito. Posso pensar em síndrome do intestino irritável.

Pode pedir colonoscopia e outros exames para ver se tem mesmo alguma alteração e provavelmente esse paciente vai ter mesmo uma alteração, provável que ele tenha uma irritação no intestino. Então, existem doenças que sofrem influencia do estado emocional da pessoa – relação com sintomas psíquicos, mas existe um transtorno e uma alteração somática.

OBS:* A ansiedade pode estar presente em diversas situações, inclusive junto com os transtornos, ex: uma  pessoa pode ter transtorno hipocondríaco com crises de ansiedade associada.

Depois da colonoscopia, foi descoberto que essa paciente tinha mesmo irritação no colon e foi encontrado resíduos de supositórios no local. Como não sei qual é objetivo da paciente ao usar supositórios, vou conversar com ela e descubro que ela coloca supositórios para ter a quadros de diarréia.

Qual o diagnostico? TRANSTORNO FACTÍCIO.  A pessoa faz alguma coisa para causar um sintoma, a pessoa quer atenção e o beneficio é primário. Então o ganho que ela vai ter ai ser de receber atenção, e ela tem consciência ao fazer isso. Existe algum processo inconsciente ao fazer isso? Provável que sim, ela se mutila para conseguir atenção.

OBS:* No transtorno de somatização o beneficio é primário e inconsciente (a pessoa quer atenção). Já no transtorno hipocondríaco o benefício é inconsciente e do ponto de vista psicológico a pessoa está lá porque ela credita que está doente mesmo.

Quando esse paciente diz que estava irritado o quadro piorava. Nos sabemos o porque ficamos irritados? Normalmente sim, e depois paramos e pensamos que fizemos uma coisa exagerada – no momento é uma reação tão intensa que não conseguimos controlar e na hora a resposta passa a ser quase inconsciente do ponto e vista psicológico.

Todos nós podemos ser um medico de família de qualquer paciente, vamos ser a referencia do paciente quando ele tiver alguma duvida e vamos indicar quais outros médicos ele pode ir e onde tratar. Além disso, o paciente precisa também de uma referencia psicológica, uma pessoa em que ele confia.

Caso clínico 6: paciente chega no consultório dizendo que tem um trabalho que está acabando com a vida dele, o chefe quer prejudica-lo, quer acabar com a vida pessoal dele e por causa disso ele está ficando doente. E ele diz: "se eu não me afastar do trabalho vou acabar matando alguém!". Nesse caso perguntar se o paciente já matou alguém mesmo, porque temos que entrar nessa área que é muito séria. Se o paciente responder que já matou mesmo, tem que perguntar como foi isso e o que aconteceu. Temos que perceber se o paciente matou de forma planejada ou em um impulso. Temos que perguntar o motivo real de fazer isso, e como planeja fazer isso.

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