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Caso Clinico

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Por:   •  15/9/2014  •  1.154 Palavras (5 Páginas)  •  1.472 Visualizações

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Resumo clínico

M.P.C, 33 anos, puérpera, 2° dia pós parto, G2, PC2, PN0, A0. Foi admitida no Hospital Regional de Ceilândia no dia 19/06/2012, com idade gestacional de 38 semanas e 3 dias para realização de cesariana por indicação médica devido a histórico de macrossomia fetal, primeira gestação RN nasceu com 4,800 kg e histórico de diabetes gestacional. Na maternidade encontrava-se consciente e deambulando, relatou ter participado de todo o pré natal, não etilista e não tabagista. Sinal do Homan negativo, locus fisiológicos e globo de Pinard localizado na linha umbilical. Não apresentou edemas, valores glicêmicos controlados e sinais vitais estáveis.

Fisiopatologia

Diabetes gestacional

A gestação é um período, onde se exige maior trabalho das células b pancreáticas para contrabalancear as ações dos hormônios contra-reguladores (progesterona, cortisol, hormônio somatotrófico coriônico _ lactogênio placentário humano, prolactina e estrógeno). Durante este período, o desenvolvimento de diabetes vai depender da presença de uma adequada reserva funcional destas células pancreáticas. Se a secreção de insulina não aumenta suficientemente para compensar a diminuição fisiológica da sensibilidade à mesma, a gestante irá desenvolver um quadro de diabetes gestacional, que é a presença de glicose elevada no sangue durante a gravidez. Geralmente a glicose no sangue se normaliza após o parto. No entanto as mulheres que apresentam ou apresentaram diabetes gestacional, possuem maior risco de desenvolverem diabetes tipo 2 tardiamente, o mesmo ocorrendo com os filhos. A avaliação é recomendada naquelas pacientes de risco, com história familiar de diabetes; recém nascido de parto anterior com peso superior a 4,1kg; peso da mãe superior a 90 kg e/ou idade maior que 28 anos; morte fetal intra-uterina prévia não esclarecida; história prévia de diabetes gestacional. Durante o acompanhamento, no pré natal, as gestantes que apresentam glicemia superior a 85 mg/dL, estão no grupo de risco para diabetes gestacional e é indicado exames mais detalhados, como a intolerância a glicose e a curva glicêmica.

Tratamento

Deve-se manter uma supervisão materna e fetal com a finalidade de detectar precocemente alterações nos valores da glicemia que possam acarretar riscos para a mãe ou para o feto. A monitorização da glicemia deve ser realizada em jejum e 1 hora após cada refeição, considerando como metas uma glicemia capilar de jejum de 90 mg/dL e uma pós-prandial de 120mg/dL. E manter dieta adequada, com baixo teor de açucares para manter esses valores.

Macrossomia fetal

A macrossomia fetal tem crescente incidência, sendo relacionada ao sobrepeso materno, ganho de peso excessivo na gravidez e diabetes mellitus gestacional (DMG). A morbimortalidade materna e fetal elevada envolve fatores como hiperglicemia, hiperinsulinemia, presença de co-morbidades e complicações agudas e crônicas próprias do diabetes mellitus. A macrossomia tem repercussões fetais importantes, como o aumento do risco de óbito fetal e complicações como tocotraumatismo, distócias, hipoglicemia neonatal, miocardiopatia hipertrófica, malformações e trombose vascular. As conseqüências maternas observadas são: elevada taxa de cesárea, laceração perineal extensa, hemorragia pós-parto e tempo prolongado de hospitalização.

Tratamento

Controle metabólico durante o pré-natal, dieta, exercícios físicos, uso de insulina e interrupção da gravidez com 38 semanas são estratégias utilizadas com o intuito de prevenir a morbidade. O conhecimento dos fatores de risco possibilita o rastreio e diagnóstico precoce do diabetes gestacional para que, estabelecida uma terapêutica eficaz e individualizada, a grávida seja mantida em controle glicemico, prevenindo assim, a ocorrência da macrossomia e suas complicações.

Medicações

1) Sulfato Ferroso _ é um sal inorgânico de ferro, que contém 20% em ferro, e é utilizado como fonte desse mineral em estados de deficiência de ferro (em situações de aumento da demanda, como gravidez, lactação, fases de crescimento rápido, recém-nascidos com baixo peso e lactentes alimentados com fórmulas lácteas). Tratamento de anemia ferropriva (consequente a sangramentos agudos ou crônicos em hipermenorréia, metrorragia, hematúria, hemoglobinúria, hemossiderose, hemoptise, epistaxes recorrentes, traumatismos e sangramento secundário a esofagite de refluxo, úlcera péptica, gastrite, neoplasias e parasitoses). Tratamento de anemia ferropriva (devida à má-absorção que ocorre em doença celíaca, gastrectomia, anemia perniciosa com atrofia gástrica, doença inflamatória crônica e, menos freqüentemente, por déficit dietético. Deve ser administrado, VO, 30 minutos antes do almoço e de preferencia com algum suco de laranja, ou limão, pois auxilia na absorção do ferro.

2) Ácido Fólico _ O ácido fólico, folacina ou ácido pteroil-L-glutâmico, também conhecido como vitamina B9 ou vitamina M, é uma vitamina hidrossolúvel pertencente ao complexo B necessária para a formação de proteínas estruturais e hemoglobina. O ácido fólico é efetivo no tratamento de certas anemias. É encontrado em vísceras de animais, verduras de folha verde, legumes, frutos secos, grãos integrais e levedura de cerveja. Ele se perde nos alimentos conservados em temperatura ambiente e durante o cozimento. Ao contrário de outras vitaminas hidrossolúveis, é armazenado no fígado e sua ingestão diária não é necessária. Indicado para as gestantes para prevenir a má formação no cérebro e na coluna vertebral do bebê, já que o ácido fólico participa na

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