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O Fichamento Esquizofrenia Texto Barlow

Por:   •  11/4/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.990 Palavras (12 Páginas)  •  112 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS  [pic 1][pic 2]

CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA

FACULDADE DE PSICOLOGIA

LAURA GANDIA ROMANCINI

FICHAMENTO 2

CAMPINAS

2022[pic 3]

[pic 4][pic 5]

LAURA GANDIA ROMANCINI (RA: 20072682)[pic 6]

FICHAMENTO 2

Trabalho apresentado como exigência parcial para aprovação na disciplina de Psicopatologia I, ministrada no quinto período da Faculdade de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

Orientadora: Prof.a Dr.a Marly A. Fernandes

PUC-CAMPINAS[pic 7]

2022[pic 8][pic 9][pic 10][pic 11]

      1. SÍNTESE DAS IDEIAS PRINCIPAIS DO TEXTO[pic 12]

No final do século XIX, o psiquiatra alemão Emil Kraepelin (1899) valeu-se dos estudos de Haslam, Pinel –pai da psiquiatria– e Morel (entre outros) para proporcionar-nos aquilo que permanece até hoje como a descrição e classificação mais duradoura da esquizofrenia. Além de Kraepelin, uma segunda grande figura na história da esquizofrenia foi seu contemporâneo, Eugen Bleuler (1908), psiquiatra suíço que introduziu o termo esquizofrenia, que vem da combinação das palavras gregas “dividir” e “mente”, refletindo a crença de Bleuer de que todos os comportamentos incomuns mostrados pelas pessoas com esse transtorno eram uma divisão associativa das funções básicas da personalidade. No entanto, infelizmente, esse conceito de “mente dividida” insipirou o uso comum, porém incorreto, do termo esquizofrenia para designar personalidade dividida ou múltipla. (BARLOW, 2020).

Já na contemporaneidade, a esquizofrenia é definida como sendo um transtorno caracterizado por um amplo espectro de disfunções cognitivas e emocionais que incluem ilusões e alucinações, discurso e comportamento desorganizado e emoções inapropriadas. Esse transtorno pode perturbar a percepção, o pensamento, a fala e o movimento de uma pessoa, ou seja, quase todos os aspectos do funcionamento diário. Dessa forma, fica evidente que a esquizofrenia é um transtorno complexo e multifacetado que, inevitavelmente, tem um efeito devastador na vida da pessoa afetada e de seus familiares, visto que se trata de um transtorno geralmente crônico que faz com que as pessoas afetadas tenham dificuldades de conviver em sociedade. (BARLOW, 2020).

Os sintomas mais graves da esquizofrenia ocorrem primeiro no final da adolescência ou no início da fase adulta. Apesar disso, sabe-se, mais recentemente, que pode haver sinais de desenvolvimento do transtorno no início da infância. (MURRAY; CASTLE, 2012 apud BARLOW, 2020). Além disso, uma vez que os sintomas esquizofrênicos começam a aparecer, pode levar de dois a cerca de dez anos antes que uma pessoa em alto risco (com, por exemplo, sintomas positivos leves) preencha todos os critérios para um transtorno psicótico. (NELSON et al., 2013 apud BARLOW, 2020). Porém, o maior período de risco para que os pacientes desenvolvam um transtorno psicótico completo é durante os dois primeiros anos após a primeira apresentação de sintomas leves. (BARLOW, 2020). [pic 13]

Não é fácil apontar para um único fator que leve uma pessoa a ter esquizofrenia, visto que esse transtorno envolve um número variado de comportamentos ou sintomas não necessariamente compartilhados por todas as pessoas que recebem esse diagnóstico. Em outras palavras, os indivíduos com esquizofrenia possuem sintomas variáveis, assim como suas causas.  Ademais, em virtude de a esquizofrenia ser tão complexa, o próprio diagnóstico pode ser controverso. Apesar disso, sabe-se, até o momento, que a esquizofrenia é universal e afeta todos os grupos raciais e culturais estudados até agora. Contudo, o curso e o resultado da esquizofrenia variam entre as culturas. (BARLOW, 2020). Por exemplo, os estressores associados aos problemas políticos, sociais e econômicos significativos que são prevalentes em muitas áreas da África, América Latina e Ásia podem contribuir com os piores resultados para as pessoas com esquizofrenia nesses países. (JABLENSKY, 2012 apud BARLOW, 2020). Além disso, a falta de infraestrutura adequada de saúde mental em países de renda baixa e média é também um problema para o atendimento adequado e consistente para os pacientes com esquizofrenia. (BARLOW, 2020).

No entanto, apesar dessas complexidades, os pesquisadores identificaram agrupamentos de sintomas que compõem o transtorno da esquizofrenia. (LIDDLE, 2012 apud BARLOW, 2020). Os profissionais da saúde mental costumam distinguir entre sintomas positivos e negativos da esquizofrenia, além de uma terceira dimensão denominada sintomas desorganizados. Os sintomas positivos geralmente se referem aos sintomas em torno da realidade distorcida (delírios e alucinações). Já os sintomas negativos envolvem déficit no comportamento típico em áreas como o discurso, embotamento afetivo (ou falta de reatividade emocional) e motivação. (FOUSSIAS et al., 2014 apud BARLOW, 2020). Isto é, os sintomas negativos normalmente indicam a ausência ou insuficiência do comportamento típico, incluindo apatia, limitação ou pobreza de pensamento e/ou fala, além de retraimento emocional e social. (BARLOW, 2020). Em especial, é bastante comum que as pessoas com esquizofrenia apresentem embotamento afetivo, possuindo dificuldade em expressar emoções – tal como se manifestar adequadamente com expressões faciais. (HAMM et al., BARLOW, 2020). [pic 14]

Por sua vez, os sintomas desorganizados incluem uma variedade de comportamentos erráticos que afetam a fala, o comportamento motor e as reações emocionais. Assim, os sintomas desorganizados envolvem fala desconexa, comportamento errático e afeto inadequado (por exemplo, sorrir quando se está chateado). (BARLOW, 2020).

 É importante ressaltar que um diagnóstico de esquizofrenia exige que dois ou mais sintomas positivos, negativos e/ou desorganizados estejam presentes ao menos durante um mês, com pelo menos um desses sintomas incluindo delírios, alucinações ou discurso desorganizado. Além disso, o tratamento apropriado depende da diferenciação dos indivíduos no que se refere aos sintomas variados que apresentam – positivos, negativos e/ou desorganizados. (BARLOW, 2020).

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