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PORTFÓLIO DE NECROPSIA

Por:   •  20/11/2018  •  Dissertação  •  1.542 Palavras (7 Páginas)  •  296 Visualizações

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PORTFÓLIO DE NECROPSIA

Fortaleza-CE

Junho de 2018


[pic 2]

FACULDADE DE MEDICINA

DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA E MEDICINA LEGAL

DISCENTES:

Breno Wellington Mesquita Silveira (397416);

Davi Oliveira Aragão (400136);

Emanuel Carneiro de Vasconcelos (398262);

Sofía de Ávila Vega (404872).

Trabalho  de  relato  em  portfólio  de

necropsia do modulo de patologia do

Departamento        de        Patologia        e

Medicina        Legal        (DPML)        da

Universidade Federal do Ceará (UFC)

orientado        pelos        docentes        Dr.        José

Telmo Valença Júnior e Dra. Emília

Tomé de Sousa.

Fortaleza-CE

Junho de 2018


Sumário

O que os alunos do S3 diriam para os alunos de 2028 sobre o SVO?        4

Quarta Necropsia        5

Quinta Necropsia        6


O que os alunos do S3 diriam para os alunos de 2028 sobre o SVO?

Se nós tivéssemos que falar sobre as necropsias e as visitas ao SVO para a turma entrando no terceiro semestre no ano 2028, com certeza teríamos muitas coisas para contar e sugerir. Desde as complicações que tivemos até o enorme valor dos aprendizados.

Na nossa época, o SVO, Serviço de Verificação de Óbito, ficava muito longe da faculdade, o que complicava, um pouco mais para uns do que para outros. Tínhamos que combinar caronas, mas as caronas não podiam ser até lá porque era num local perigoso. No último caso rachávamos o Uber. Alguns achavam que valia a pena e gostavam de assistir as necropsias, outros achavam desnecessário assistir tantas vezes, acreditavam que uma ou duas vezes já era suficiente. As pessoas que gostavam achavam fascinante as observações macroscópicas como as explicações dos professores. Mas as pessoas que não gostavam achavam que necropsia é uma coisa que nem é para todo mundo, para a maioria é desagradável e que embora seja importante conhecer o procedimento, não é importante assistir tantas vezes, além de que dava trabalho ir assistir.

Uma dica solta que recebemos e queríamos passar para frente era a de colocar perfume na máscara. Isso ajuda muito a disfarçar os cheiros desagradáveis, especialmente quando começam a mexer nos intestinos. Também na nossa época recebemos boatos de que muitos funcionários no SVO contraíram H1N1, então, escolhíamos comprar as máscaras mais grossas para nos sentirmos mais protegidos.

Nas primeiras visitas a impressão é maior. Às vezes saiamos um pouco abalados por encontrar pacientes jovens, ou por ver como os corpos eram analisados. No começo ficávamos indignados pela torpeza dos trabalhadores. Uma imagem em particular, marcou muito a gente: um dia que já íamos embora chegou um novo corpo no carro de funerária, ele estava numa caixa. Os trabalhadores simplesmente viraram a caixa e deixaram o corpo cair de cara na mesa de autopsia e foram embora. Para alguém que não costuma vivenciar esse trabalho todo dia, pode ser muito assustador. Mas com o tempo a gente foi entendendo que aquele corpo é só matéria. A pessoa dona do corpo já não está mais lá dentro. E que justamente por isso, os trabalhadores não têm mais motivo para terem cuidado ou serem delicados.

Mas tudo isso é bom por que? O que que a gente levou no final? Conseguimos ver as doenças com os nossos próprios olhos. Levamos o conhecimento da sala de aula para lá e gravamos varias alterações que nunca vamos esquecer. As placas ateroscleróticas, uma crepitação pulmonar pulmonar, uma cirrose, uma hemorragia no estômago, um cisto no rim ou um choque séptico. Foram tantas coisas que a gente nunca imaginou que ia conhecer assim desse jeito, com os nossos próprios olhos. E não só isso, graças às alterações macroscópicas conseguimos fixar melhor os conhecimentos que se não fosse por aquelas visitas, a gente teria esquecido.

Teve algumas patologias e inclusive características anatômicas que achávamos que era de um jeito e era de um outro. Por exemplo, na hora de tirar

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o encéfalo o quiasma ótico permanece colado no crânio, quando na nossa cabeça era para sair junto com o encéfalo.

No final, a experiência depende de cada um. Sempre vai ter quem gosta e quem não. Mas sempre é importante valorizar a experiência como parte do nosso aprendizado e da nossa formação. Lembrar que ninguém é obrigado e se na hora de entrar na sala de necropsias vocês passarem mal, podem sair. Os professores entendem. Ou podem se afastar e ir voltando aos poucos. Boa sorte para vocês e esperamos que seja tão bom para vocês como foi para nós!

Quarta Necropsia

No dia 17 de abril de 2018, às 16:00 horas, nós, da turma prática B1, pudemos acompanhar, a realização de uma necropsia, realizada no Serviço de Verificação de Óbitos (SVO). O procedimento foi comandado pela Dra. Emília Tomé, que nos apresentou o caso da necropsia, que se tratava de um natimorto de tempo de desenvolvimento indefinido. A mãe do feto era tabagista, começou a fazer acompanhamento pré-natal a partir do 2° mês de gravidez. Referiu cólica muito forte no dia 15 de abril, dirigiu-se para uma emergência, onde foi detectado que o feto já se encontrava em óbito. O trabalho de parto foi estimulado farmacologicamente e o corpo, que era do sexo masculino, foi levado ao SVO para necropsia.

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