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RESENHA MAR ADENTRO

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Por:   •  8/10/2013  •  864 Palavras (4 Páginas)  •  927 Visualizações

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Mar Adentro é um filme baseado numa história verídica em que o espanhol Ramón Sampedro que durante quase 30 anos lutou pelo seu próprio direito de morrer após sofrer um acidente que o deixou tetraplégico. Luta pelo direito de morrer com dignidade, abrindo um processo judicial que em nada muda os olhos da justiça.

Ramón conhecia o mar como ninguém, viajou por todo o mundo como marinheiro, mas um dia, num mergulho igual a tantos outros, bateu com a cabeça num fundo da areia. Ex-marinheiro era um homem totalmente saudável, inteligente e viril, e é obrigado a viver, contra sua vontade, paralisado em uma cama, dependendo da ajuda de seus familiares para todas as suas necessidades básicas. Passou então a viver nesta situação de paralisia durante vinte e oito anos. Morava na casa de seu irmão e era cuidado por sua cunhada, sobrinho e seu pai. Inconformado com essa situação, porém sempre alegre e carismático Ramón lutava contra o que acreditava ser o seu direito, ter uma morte digna. Nessa parte entra em questão a eutanásia.

Ramon teve como aliada uma advogada chamada Julia que tenta conseguir o direito de morrer para Ramón. Este encontra em Julia o último sentimento de amor, juntos partilham um cigarro, trocam um beijo, afeto, impossibilidades, desejos, frustrações e a morte como finalidade, pois Júlia é portadora de doença degenerativa hereditária, caracterizada por acidentes vasculares frequentes que conduzem à invalidez e demência. Ao mesmo tempo, Júlia é o canal entre o espectador e o lado poético do filme. Ela o ajudou a escrever um livro, publicado com o título “Cartas del inferno”, difícil encontrar realismo mais cruel para descrever sua própria interpretação de condição de vida. Esse livro deu origem ao filme.

Há também outra mulher que se aproxima dele após vê-lo na TV em uma entrevista em que ele expressa o desejo de morrer. O nome dela é Rosa e no filme ela tenta dar uma esperança a mais para que ele sinta vontade de viver. Ela acaba por se apaixonar por ele.

Essas duas mulheres representam no filme a dicotomia morte e vida no contexto da vida de Ramón.

Outra parte do filme é quando um padre também tetraplégico visita Ramon a fim de mostrar a ele como a vida pode ser boa até para quem não pode se mover, e fala da dádiva que Deus nos dá e que só Ele pode retirar; no entanto, Ramon demonstra que a Igreja Católica não tem moral para falar de respeito à vida depois da Inquisição. Segundo ele a única coisa em que não podemos escolher é nascer, e que Deus nos dá o Livre Árbitro para que possamos escolher o que acharmos melhor para nós, mesmo sendo a morte.

A advogada Júlia se opõe diretamente ao padre e procura levar a discussão e legitimação do caso para o plano racional e legal. O debate de Ramón com a Igreja sobre o direito à eutanásia é estabelecido com Padre Francisco. Nesse aspecto o filme é parcial e tendencioso, intervém a voz da fé cristã na figura um pouco ridicularizada do padre paraplégico.

Ramón nega aceitar a cadeira de rodas ao dizer que isto seria aceitar migalhas do que foi sua vida, sua família não é a favor do que ele quer cometer, então o ex-marinheiro fica mais próximo de Rosa pelo qual fica apaixonada, desse jeito Ramón acaba a convencendo de que realmente se ela o amasse o deixaria morrer.

Vale lembrar também dos personagens

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