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Relatório de Atendimento - atraso DNPM

Por:   •  1/8/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.629 Palavras (7 Páginas)  •  175 Visualizações

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Pediatria V- 2021/1 

 

Estudo de Caso – André Vilela -13/07/2021 

 

Aluno: André Oliveira Vilela de Faria 

Paciente: DLRS 

Data de nascimento: 20/01/2020 

IG: 39 semanas e 1 dia 

Idade: 5 meses 

 

Síntese do atendimento: 

Paciente DLRS, sexo masculino, chega a UBS acompanhado de avo materna para consulta de puericultura. Paciente internado no período interconsultas devido a bronquiolite viral e otite media aguda de etiologia bacteriana. Relato de 10 dias de internação com necessidade de internação em CTI por 4 dias, devido a insuficiência respiratória e dessaturação. Criança mantida em formula desde o nascimento devido a não produção de leite pela mãe.  Ao verificarmos caderneta da saúde, percebemos que o teste da orelhinha não foi realizado. Suspeita do uso de álcool e drogas pela mãe durante a gestação.

 

Alimentação:  

  • 5 mamadeiras diárias de 150ml com 5 medidas de fórmula Aptamil. Criança tem mamado o volume completo.  
  • Sulfato ferroso 10 gotas.  

 

 

DNPM:  Sustenta a cabeca ao ser levantado e ao ser colocado em posição sentada, emite grunhidos, não  reage a interação, não segue estímulos sonoros com a cabeça, não apresenta resposta a estímulos sonoros a esquerda e pouca reação a direita, hipertonia de membros global, não levanta tronco com as mãos ao ser colocado em decúbito ventral.  Ausência de sinais de conforto ao colo, ausência de choro (grita e emite grunhidos). Reflexo pupilar presente e simétrico bilateralmente.

 

Exame físico: 

Peso: 6.340 kg  

Comp: 65 cm  

PC: 42 cm  

Comprimento latero-lateral da cabeça: 22,5 cm 

Comprimento antero-posterior da cabeça: 25,5 cm  

FC: 118bpm 

FR: Não quantificada por inquietação durante exame.  

Exame do DNPM alterado de forma global.

 

Lista de problemas/ Hipoteses Diagnósticas:  

  • Crescimento inadequado = curva de perímetro cefálico aumentada

            e  assimetria craniana.  

  • Vacinação desatualizada (falta VIP, Influenza e Penta).
  • DNPM: inadequado com atraso global
  • Alimentação inadequada: Ausência de aleitamento materno.  
  • Autismo? Transtorno global de desenvolvimento?

 

 

Condutas:  

  • Encaminhamento as esquipes de fisioterapia e terapia ocupacional devido a atraso no desenvolvimento.
  • Solicitação de teste de triagem auditiva e, a depender dos resultados, encaminhamento para neurologia pediátrica.
  • Orientacao sobre a importância da realização de lavagens nasais com soro fisiológico.
  • Retorno em 1 mês para reavaliação.

Estudo de caso 1 – Triagens neonatais

Os testes de triagem neonatal devem ser feitos preferencialmente na maternidade, mas até 28 dias após o nascimento. Eles visam a identificação precoce de doenças para o devido manejo e investigação das condições. Dentre os testes realizados rotineiramente no Brasil e preconizados pelo Ministério da Saúde destacam-se:

  1. TESTE DE PEZINHO

O Teste do Pezinho deve ser realizado na primeira semana, após 48h de vida, preferencialmente no 5º dia e está disponível em todos os Postos de Saúde da rede pública. Detecta três doenças: a Fenilcetonúria, o Hipotireoidismo Congênito e a Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias.

  • Fenilcetonúria (PKU): É uma doença causada pela ausência ou deficiência da enzima fenilalanina hidroxilase, levando ao acúmulo de fenilalanina no sangue e, consequentemente, deposição em tecidos. Esse fenômeno leva a alterações no cérebro que causam atraso do desenvolvimento e retardo mental irreversível. O diagnóstico e início precoce de dieta com baixo teor de fenilalanina permitem à criança um desenvolvimento normal.

  • Hipotireoidismo Congênito (HC): O hipotireoidismo congênito é uma doença consequente da deficiência do hormônio tireoidiano T4, causada principalmente pela localização anormal da tireoide ou pelo defeito na sua produção hormonal. Não é uma doença hereditária na maioria das vezes, e grande parte dos bebês nasce assintomática, daí a importância da realização universal do teste do pezinho, já que o tratamento deve ser iniciado precocemente (no máximo até a 4ª semana de vida), a fim de evitar alguma lesão neurológica, com prejuízo principalmente para a inteligência.

  • Doença Falciforme e outras Hemoglobinotopatias: A Doença Falciforme é uma das doenças hereditárias mais comuns, causada por uma alteração da hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos do sangue, que diante de certas condições, muda sua forma normal (arredondada) para forma de foice (ou meia lua), daí o nome falciforme. Esse formato dificulta a circulação do sangue, causando obstrução dos vasos sanguíneos e crises de dor, anemia e icterícia (olhos amarelados), além de outros sintomas. Essas crianças são mais suscetíveis a infecções. O diagnóstico precoce possibilita a prevenção de complicações graves, que consiste na administração de antibiótico, esquema especial de vacinação, suplementação com ácido fólico, além de acompanhamento clínico especializado.
  1. TESTE DO REFLEXO VERMELHO - TESTE DO OLHINHO.
  • O Teste do Reflexo Vermelho visa a detecção precoce da catarata congênita. Deve ser realizado, se possível, antes da alta da maternidade, ou pelo menos dentro da primeira semana de vida. É um exame simples, realizado pelo pediatra ou neonatologista, utilizando-se um oftalmoscópio direto a uma distância de 20 cm a 30 cm do olho da criança. O exame é considerado normal quando se visualiza o reflexo vermelho através da pupila.
  • A ausência do reflexo indica opacidade nos meios ópticos que deveriam estar transparentes e a criança deve ser encaminhada para consulta com o oftalmologista para confirmação do diagnóstico. A preocupação com o diagnóstico precoce se deve ao fato do tratamento apresentar melhores resultados quando realizado até o terceiro mês de vida do bebê.

Caso esse teste não tenha sido realizado na maternidade, poderá ser feito a nível ambulatorial.

  1. TESTE DE TRIAGEM AUDITIVA – TESTE DA ORELHINHA
  • O Teste de Triagem Auditiva visa a detecção precoce da perda (total ou parcial) da audição. Esta perda, se não diagnosticada no início da vida, pode prejudicar o desenvolvimento da criança (principalmente da fala e da linguagem) e alterar seu comportamento.

  • Deve ser realizado na maternidade ou nas unidades de saúde nos primeiros meses de vida. O Exame de Emissão Otoacústica Evocada – EOA é o método de escolha por ser simples, de rápida realização e poder ser feito durante o sono, não exigindo sedação.

  • É importante ressaltar que a presença de vérnix ou secreções no canal auditivo, logo depois do nascimento, podem gerar alterações no resultado. Nestes casos o teste deve ser retardado ou repetido.

Estudo de caso 2- Sinais precoces de autismo

     O transtorno de espectro do autismo (TEA) é uma condição que tem início precoce e cujas dificuldades tendem a comprometer o desenvolvimento do indivíduo ao longo de sua vida, ocorrendo uma grande variabilidade na intensidade e forma de expressão da sintomatologia. Atualmente, o TEA é compreendido como uma síndrome comportamental complexa que possui etiologias múltiplas, combinando fatores genéticos e ambientais. Até o momento, as bases biológicas que buscam explicar a complexidade do transtorno são apenas parcialmente conhecidas e, por isso, a identificação e o diagnóstico do transtorno baseiam-se nos comportamentos apresentados e na história do desenvolvimento de cada indivíduo. Entretanto, percebe-se um padrão quanto a dificuldades de comunicação e interação social e pela presença de comportamentos e/ou interesses repetitivos ou restritos.

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