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Artigo Vício Alimentar

Por:   •  18/1/2016  •  Artigo  •  2.331 Palavras (10 Páginas)  •  422 Visualizações

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Vício Alimentar: descontrole insaciável.

Bianca Cristina Silva Jorge1

Bruna Fernandes Barbosa2

1 Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia (UFVJM).

2  Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia (UFVJM), Técnico em Quimica (CEFET).

[pic 1]

Resumo O artigo fala sobre o vício alimentar, síndrome crônica, que tem atingido 2% da população mundial geral na fase adulta. Descreve os estudos que levaram a sua descoberta, seus principais aspectos médicos e as formas adequadas de tratamento para cada caso. Inclui a evolução da síndrome, bem como a diferença da mesma de outras doenças similares e aborda as suas consequências. Apresenta orientações a respeito do consumo exagerado e compulsivo de alimentos, mostrando a falta de características para que essa patologia seja evidenciada. É visto também os índices na população mundial, mostrando que grande parte das pessoas que tem a doença, não possui conhecimento suficiente sobre esse assunto. Dessa forma, conclui ser importante a informação dirigida a população em geral, através dos meios de comunicação.

Palavras-Chave: Vício Alimentar. Transtorno Alimentar. Compulsão. Informação. Tratamento.

Abstract

Keywords: Binge Eating. Eating disorders. Compulsion. Information. Treatment.

[pic 2]

1. Introdução

O vício é uma desordem cerebral crônica caracterizada por um hábito repetitivo que prejudica o viciado e aos que com ele convivem. O viciado compreende que está sendo prejudicado, mas grande parte não consegue se controlar.

Do termo em inglês Binge Eating (farra de comilança, indulgência excessiva), o Transtorno Compulsivo Alimentar Periódico (TCAP), é uma sucessão de episódios de compulsão alimentar, repetidos com certa freqüência, caracterizando o Vício Alimentar.

O presente artigo tem como objetivo informar a respeito do vício alimentar, e evidenciar a necessidade de que seja procurado o tratamento adequado, assim que observado os sintomas da compulsão alimentar e ressaltar a indispensabilidade de que seja procurado assistência com especialista da área.

Primeiramente será relatado como se iniciaram os estudos que levaram a descoberta da síndrome. Em seguida será explicado o distúrbio e a sua diferença diante de outros transtornos alimentares. Será mostrado as possíveis formas de adquirir a patologia e como essa pode prejudicar a saúde do paciente. Logo após, os sintomas bem como as formas de tratamento, as doenças relacionadas e as conseqüências do vício serão evidenciados.

Nas considerações finais é mostrada a importância da obtenção de informações com especialistas e do tratamento para toda a família, quando necessário.

A conclusão apresenta a necessidade de se obter conhecimento sobre o Vício Alimentar, que por ser uma patologia que envolve a comida, precisa ser tratado de forma adequada para que o tratamento tenha êxito.

2. Desenvolvimento

Descoberta e caracterização do Vício Alimentar

Após ser observado diferenças comportamentais entre pessoas com sobrepeso na década de 50, começam as investigações sobre o TCAP ou Vício Alimentar.

Estudos relacionados à produção de hormônios que agem no sistema nervoso promovendo menor ingestão de alimentos durante a refeição, constataram na década de 90 que alguns ratos com sobrepeso eram insaciáveis por possuírem deficiência na produção desses hormônios, porém ao serem feitos testes no organismo humano foi observado que ocorria uma baixa sensibilidade ao efeito desses. Dessa forma, à medida que os alimentos progridem no trato digestivo, não há redução gradativa do sabor durante a refeição, o que tornaria os alimentos menos atraentes.

Alimentos compostos por carboidratos e lipídeos, por sua vez, possuem a capacidade de excitar sensorialmente o sistema de recompensa a ponto de deixá-lo mais resistente aos hormônios da saciedade. Logo, com aumento da massa corporal, o organismo responde exigindo quantidades cada vez maiores de alimento para disparar a saciedade, assim quanto mais o paciente come mais fome ele sente, se tornando cada vez mais difícil aplaca – lá. Logo, ocasiona a perda repetitiva de controle da ingestão de comida, o que leva ao vício.

O Vício Alimentar trata-se de uma síndrome caracterizada por uma grande ingestão de alimentos em tempo delimitado (período de 2 horas), acompanhado pela perda de controle sobre o quê ou o quanto se come, sem que seja adotado qualquer tipo de comportamento de compensação para evitar ganho de peso. O que caracteriza esse vício é a relação do sujeito com o que come e com suas emoções, pois a compulsão é o resultado de um conflito psíquico, em que o indivíduo portador da doença, se torna impossibilitado de fazer escolhas.

Pacientes compulsivos não conseguem parar de comer, apesar da sensação de satisfação eles continuam comendo, diferentemente de pessoas que sentem prazer durante a refeição e com consciência comem de forma exagerada ou de pessoas que acordam para ingerir grande quantidade de alimentos durante à noite, mas que se alimentam normalmente durante o dia.

Existem vários fatores genéticos associados a essa síndrome, pois é comum encontrar casos de compulsivos que fazem parte de famílias com histórico de doenças relacionadas ao mau hábito alimentar. Há também teorias bastante fundamentadas que apontam para a hipótese de alterações no funcionamento do organismo desde o nascimento que tornam confusa a troca de informações entre a psique e o corpo. Porém na psiquiatria todos os fatores devem ser levados em consideração, assim como o ambiente social e o ambiente de trabalho.

Geralmente pacientes com distúrbio alimentar têm maior tendência a tratar situações difíceis com a ingestão de alimentos, que acabam por associar situações de estresse, raiva e ansiedade ao dispositivo de compulsão.

 Outros fatores que provocam o aparecimento do vício são problemas relacionados a auto-imagem e auto-estima, tentativas frustradas de controle de peso  e uma auto-cobrança, fazendo com que a pessoa passe a fazer o uso indiscriminado de alimentos, como forma de solucionar esses problemas e obter prazer.

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