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FILOSOFIA: ÉTICA

Por:   •  29/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  937 Palavras (4 Páginas)  •  398 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA

METODOLOGIA DE PESQUISA ACADÊMICA - MPA

FILOSOFIA:  ÉTICA

“O que eu quero da vida? Quero ser feliz! Mas o que é ser feliz? Eis a questão! Para uns a felicidade está em buscar o prazer, para outros, os prazeres provocam instabilidade, dor e sofrimento, por isso o ideal seria sufocar as paixões. Há quem pense que a perfeita felicidade só se encontra na vida futura, realizando-se em Deus. Para outros, ainda, não é a felicidade que importa, o que vale é agir conforme o dever”.

Se a moral diz respeito às regras de conduta válidas para um grupo ou para uma sociedade, a ética se constitui como a parte da filosofia que estuda criticamente as noções e princípios que fundamentam a conduta dos indivíduos. Assim, a moral é essencialmente um tipo de comportamento que aspira a universalidade, ou seja, ela se pretende válida para todos os indivíduos de mesmo grupo, enquanto que a ética é o estudo reflexivo e crítico dos modos de orientação que compõem uma moral. Se voltarmos ao tempo grego que originou a palavra ética, veremos que ethos quer dizer “maneira ou modo de agir ou existir no mundo”. Quando dizemos que uma pessoa é antiética talvez estejamos querendo dizer que ela é imoral, ou seja, que ela não compartilha dos mesmos valores, hábitos e costumes que o grupo ao qual ela pertence.

Uma das primeiras concepções éticas, e que predomina de certa forma no nosso mundo ocidental, é a concepção platônica. Platão, como sabemos, era realista, ou seja, acreditava que a realidade não dependia das interpretações de cada indivíduo, mas que era algo objetivo, existindo enquanto uma mesma realidade para todas as pessoas. Sendo realista, Platão acreditava que valores como Bem e Mal não dependiam do ponto de vista de cada um, mas eram valores absolutos e verdadeiros aos quais todos deveriam submeter seu comportamento. A partir disso Platão pensava que o indivíduo para ser virtuoso, ser ‘ético’, deveria agir de acordo com o Bem, mas é preciso sempre lembrar que esse Bem não era o que o indivíduo considerava bom, mas o Bem como o valor universal apresentado pela teoria platônica. A postura platônica se aproxima da postura religiosa, onde os valores são universais, ou seja, não dependem do homem, mas estão em Deus. As conseqüências negativas dessa postura são evidentes já que ela visa transformar todas as diferentes formas de vida em apenas uma ou, em outras palavras, propor que todos os indivíduos sigam as mesmas orientações na vida. O perigo maior é quando esta posição se transforma em tirania como aconteceu com a igreja na idade média, onde aquelas pessoas (muitos filósofos inclusive) que queriam viver suas vidas de formas diferentes eram tidas como ‘amaldiçoadas’ e ‘demoníacas’ e, simplesmente por discordar do ponto de vista da igreja foram mortas e queimadas nas fogueiras da inquisição.

Uma postura distinta da postura platônica era a postura dos epicuristas que viviam em jardins onde passavam o dia a conversar, pensar, e realizar prazeres com amigos. Eram seguidores de Epicuro, filósofo grego que, a partir de uma visão relativista e não realista do mundo, propôs uma ética diferente: para Epicuro o bem se encontra na realização dos prazeres. Esta postura pode causar certo mal-entendido se pensarmos na maneira como o mundo contemporâneo se orienta hoje. Sabemos que a sociedade identifica a felicidade com a aquisição de bens materiais e com o consumismo. Porem é o próprio Epicuro que nos alerta para o cuidado que devemos tomar quando buscamos realizar nosso prazer, pois ele pode se transformar em ansiedade e se tornar o seu oposto: sofrimento. Isso fica bem claro quando percebemos a necessidade insaciável de consumo das sociedades capitalistas. Enfim, o que Epicuro acredita é que o prazer, quando confundido com o prazer ‘imediato’, pode causar ansiedade e sofrimento tirando do homem o maior bem que ele pode ter: a serenidade.

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