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Os 10 passos para uma alimentação saudável para o portador de doença de chagas

Por:   •  29/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.013 Palavras (5 Páginas)  •  200 Visualizações

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10 PASSOS PARA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA O PACIENTE PORTADOR DE DOENÇA DE CHAGAS

Clarissy Palheta de Sena1; Priscyla Souza de Lima2; Lilian Pereira da Silva Costa3; Daniela de Alencar da Silva4; Ana Carolinny da Costa Silva5

clarissy_15@hotmail.com

1 Residente de nutrição, Hospital Universitário João de Barros Barreto, Universidade Federal do Pará (UFPA), email: clarissy_15@hotmail.com; 2 Residente de nutrição, Hospital Universitário João de Barros Barreto, Universidade Federal do Pará (UFPA); 3 Mestre em Oncologia e Ciências Médicas, Núcleo de Pesquisas em Oncologia, Universidade Federal do Pará (UFPA); 4 Discente de nutrição, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará (UFPA); 5 Discente de nutrição, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Introdução: A Doença de Chagas (DC) é uma antropozoonose causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi (T. cruzi). Na ocorrência da doença, observam-se duas fases clínicas: uma aguda, que pode ou não ser identificada, podendo evoluir para uma fase crônica, caso não seja tratada com medicação específica. Superada a fase aguda, aproximadamente 60% a 70% dos infectados evoluem para uma forma indeterminada, sem nenhuma manifestação clínica da DC. O restante, entre 30 % a 40 %, desenvolve formas clínicas crônicas, divididas em três tipos de acordo com as complicações apresentadas: cardíaca, digestiva ou mista (com complicações cardíacas e digestivas)1. No Brasil, devido à transmissão vetorial domiciliar ocorrida no passado e hoje interrompida, predominam os casos crônicos. Estima-se que existam entre dois e três milhões de indivíduos infectados. No entanto, nos últimos anos, a ocorrência de DC aguda tem sido observada em diferentes estados, em especial na região da Amazônia Legal, principalmente, em decorrência da transmissão oral2. É de extrema importância que o portador de doença de chagas, tenha uma alimentação saudável, uma vez que esta contribui para prevenção e/ou diminuição do agravamento das complicações crônicas da DC. Dessa forma, realizar ações de educação em saúde sobre alimentação saudável para DC é de grande valia. Apesar de ser um grande desafio trabalhar com incentivo à alimentação saudável, pois os hábitos alimentares são influenciados por diversos fatores, desde a infância, e modificá-los envolve toda uma mudança de crenças, rotinas e hábitos familiares, é necessário que haja o incentivo por parte dos profissionais da saúde, principalmente do profissional nutricionista. O Guia Alimentar para a População Brasileira apresenta um conjunto de informações e recomendações, dispostos em “10 passos” sobre alimentação saudável que objetivam promover a saúde de pessoas, famílias e comunidades e da sociedade brasileira como um todo, hoje e no futuro. Almeja-se que este Guia seja utilizado nas casas das pessoas, nas unidades de saúde, nas escolas e em todo e qualquer lugar onde atividades de promoção da saúde tenham lugar, como centros comunitários, centros de referência de assistência social, sindicatos, centros de formação de trabalhadores, sedes de movimentos sociais, assim como em hospitais3. Objetivos: Realizar ação de educação em saúde sobre alimentação saudável com pacientes do programa de Doenças de Chagas do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB). Abordar os 10 passos para uma alimentação saudável, recomendado pelo Guia Alimentar da População Brasileira. Descrição da experiência: Trata-se de um relato de experiência de abordagem qualitativa e descritiva referente as ações realizadas no período de agosto de 2016 a maio de 2017 sobre a alimentação saudável para o paciente portador de Doença de Chagas, realizada por acadêmicas de nutrição do programa interdisciplinar de atendimento em Doença de Chagas do HUJBB. Esta foi desenvolvida na sala de espera do ambulatório para o atendimento com a cardiologista, no horário da tarde das terças feiras. Houve a participação de 272 pacientes durante esse período, estes poderiam ser pacientes de primeira vez, assim como de retorno. Foram produzidos e distribuídos folders que abordavam “10 passos para uma alimentação saudável”, tendo como base as orientações preconizadas na segunda edição do Guia Alimentar para a População Brasileira, estes continham os seguintes tópicos: 1. Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação; 2. Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias; 3. Limitar o consumo de alimentos processados; 4. Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados; 5. Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia; 6. Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados; 7. Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias; 8. Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece; 9. Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora; 10. Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais3. Após a distribuição dos mesmos, foi explicado tópico por tópico, em uma linguagem bem acessível e de fácil entendimento, visto que a maioria desses pacientes é de origem do interior e com grau de escolaridade baixo. Resultados: A partir da avaliação da ação, pode-se perceber que um número satisfatório de pacientes apresentou uma expressiva sensibilização e entendimento em relação ao que foi exposto após processo de conscientização por via de exposições de folder informativo, tornando a ação bem sucedida tanto para os acadêmicos como para a população abordada. Considerações finais: Dessa forma pode-se concluir que essa prática pode tornar-se uma ferramenta para a equipe de saúde interdisciplinar, na construção do conhecimento desta população, incentivando-a assim a ter uma alimentação saudável para minimizar as complicações crônicas da DC. A educação em saúde torna-se indispensável quando olhamos para a prevenção e tratamento da Doença de Chagas, e as ações educativas e preventivas necessitam ser desenvolvidas de forma continuada com os pacientes. O Guia Alimentar para a População Brasileira mostrou-se ser uma ótima ferramenta para desenvolvimento desse tipo de ação.

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