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Ciências Sociais e da Saúde - Inserção do Portador de Deficiência na Sociedade

Por:   •  29/7/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.475 Palavras (14 Páginas)  •  289 Visualizações

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Introdução

Hoje, no Brasil, milhares de pessoas com algum tipo de deficiência estão sendo discriminadas nas comunidades em que vivem ou sendo excluídas do mercado de trabalho. O processo de exclusão social de pessoas com deficiência ou alguma necessidade especial é tão antigo quanto à socialização do homem.

A estrutura das sociedades, desde os seus primórdios, sempre inabilitou os portadores de deficiência, marginalizando-os e privando-os de liberdade. Essas pessoas, sem respeito, sem atendimento, sem direitos, sempre foram alvo de atitudes preconceituosas e ações impiedosas.

A literatura clássica e a história do homem refletem esse pensar discriminatório, pois é mais fácil prestar atenção aos impedimentos e às aparências do que aos potenciais e capacidades de tais pessoas.

Nos últimos anos, ações isoladas de educadores e de pais têm promovido e implementado a inclusão, nas escolas, de pessoas com algum tipo de deficiência ou necessidade especial, visando resgatar o respeito humano e a dignidade, no sentido de possibilitar o pleno desenvolvimento e o acesso a todos os recursos da sociedade por parte desse segmento.

Movimentos nacionais e internacionais têm buscado o consenso para a formatação de uma política de integração e de educação inclusiva, sendo que o seu ápice foi a Conferência Mundial de Educação Especial, que contou com a participação de 88 países e 25 organizações internacionais.

Por essa falta de inclusão foi criada a associação de pais mais conhecida, no Brasil, APAE, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais. Atualmente, existem mais de Duas mil APAES espalhadas pelo Brasil e que atendem a 280 mil pessoas que têm algum tipo de deficiência mental, mas isto ainda é muito pouco devido a quantidade pessoas especiais.

A APAE tem por sua missão promover e articular ações de defesa de direitos, prevenção, orientações, prestação de serviços, apoio à família, direcionadas à melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência e à construção de uma sociedade justa e solidária. E tem vários objetivos entre eles: “promover a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência, preferencialmente mental, em seus ciclos de vida, crianças, adolescentes, adultos e idosos, buscando assegurar-lhes o pleno exercício da cidadania;” “articular junto aos poderes públicos municipais e entidades privadas, políticas que assegurem o pleno exercício dos direitos da pessoa com deficiência e com outras entidades no município, que defendam a causa da pessoa com deficiência em qualquer de seus aspectos;” “prestar serviços gratuitos e permanentes aos usuários da assistência social, sem qualquer discriminação de clientela, de forma planejada, diária e sistemática, não se restringindo apenas a distribuição de bens, benefícios e encaminhamentos.” Entre outros objetivos que é de fundamental importância para a sociedade.


A Relação de interação do Portador de Deficiência na Sociedade e o Primeiro Capítulo

O primeiro capítulo trás como título “Alguém com os outros”, ele começa com a temática sobre “Escolha, liberdade e convivência com os outros”. Nem sempre nossas decisões são tomadas conscientes, muitas vezes elas são feitas por causa do hábito, mesmo sabendo que somos responsáveis pelos resultados (sejam eles quais forem) que elas produzirem.

Devido toda escolha ter sua consequência –seja ela boa ou ruim- entende-se que por sermos corrigidos e/ou punidos essa seja a confirmação de que somos responsáveis por nossas ações na sociedade. Sem esse “meio”, a comunicação e a compreensão de mensagens na vida cotidiana se tornam incompreensíveis.

A autoestima de um indivíduo se baseia da aprovação das pessoas do seu círculo de amizade com relação ao seu modo de vestir, falar, andar e comportar-se, como se a aprovação deles fosse fundamental e necessária para a sua “vida” dentro do grupo. Contudo isso frequentemente se transforma em problemas, pois quando há mudanças no círculo de amizade -onde o individuo se aventura- tem-se um choque de ambientes.

Muitas vezes determinados grupos não aceitam pessoas de cor, origem e vocabulário diferente, pessoa portadoras de alguma deficiência ou classe social, são inúmeras as diferenças que não são aceitas, são até definidas por ridicularizarem o grupo se houver alguém assim. O grupo que nos define, é aquele que não nos exige modo de vestir, falar, ou agir, ele ajuda a orientar nosso comportamento e provém liberdade perante a sociedade.

Na segunda temática trazida pelo autor BAUMAN, “Alguém com outro: perspectivas sociológicas” nos trás a pergunta “Quem sou eu?”, ele vem trabalhando juntamente com o sociólogo americano George Mead essa questão. Mead dividiu em duas partes, o “Eu” e o “Mim”, o Eu está relacionado a conversação, ao diálogo num todo que usado como um meio mais amplo. O “Mim” seria as ações relacionadas as expectativas do indivíduo no grupo.

Esse processo é feito em três etapas: a primeira é o estágio preparatório (onde há uma preparação para agir no grupo onde o indivíduo esta estabelecido); a segunda é o estágio de ação (nessa etapa o indivíduo começa a atuar diferentes papeis na sociedade); na terceira etapa é o estagio do jogo (onde os papeis são aprendidos por meio da relação com os outros na sociedade). A partir daí o caráter é construído, através da relação da na nossa atuação com a dos outros.

Na última temática abordada nesse primeiro capítulo, trata sobre “Socialização, importância e ação” é bem claro que todos que adquirem competências para se comportar de maneira aceitável estão aptos para viver e agir em grupos na sociedade. Então somos considerados livres para assim assumir nossas ações perante os demais.

Erving Goffman escreveu sobre a importância do trabalho da face, isso significa ao valor que uma pessoa coloca as suas ações em relação a atributos que ela demonstram.

As mudanças têm potencial pra colocar em dúvida e até destruir as conquistas de nossos padrões de socialização, e então, requererem a radical reconstrução de nossas ações e das normas que orientam nossa conduta em sociedade.

Nossa sociedade impõem padrões específicos de convivência, embora pregue um relacionamento de aceitação e sem preconceitos. Sendo assim, alguns grupos ou indivíduos acabam se sentindo excluídos por não apresentarem os atributos esperados ou por não receberem condições mínimas para praticarem sua liberdade. Especificamente, portadores de deficiência, sentem-se limitados a exercer a sua independência por encontrarem obstáculos que se opõem ao exercício de sua liberdade.

Um exemplo dessa afirmação seria a acessibilidade, que a falta dela impede aos deficientes o exercício, com dignidade, de sua cidadania. Qualquer governo ou cidadão sabe e fala do dever social em relação ao deficiente, mas na hora da ação, sempre fica muito a desejar, pois as “pessoas” são sempre impulsionadas a atender demandas de interesse da maioria prejudicando, assim, as necessidades particulares e exclusivas daqueles que dependem da ação responsável de outros.

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