TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

RESENHA DO VÍDEO: ANTROPOLOGIA - LABORATÓRIO FORENSE

Por:   •  2/5/2017  •  Resenha  •  1.657 Palavras (7 Páginas)  •  1.355 Visualizações

Página 1 de 7

RELATÓRIO DE VÍDEO: ANTROPOLOGIA - LABORATÓRIO FORENSE

O vídeo apresenta a antropologia forense como revolucionária na luta contra o crime.
                Galeno de Pérgamo foi o primeiro médico a tentar desenhar o corpo humano, porém baseou algumas informações em animais e não em pessoas. Em 1500 Andreas Vesalius, o pai da anatomia humana, criou um quadro mais preciso da anatomia humana, mas somente depois de 1878 Thomas Dwight percebeu que os ossos poderiam revelar detalhes específicos, como, se pertenciam a um homem ou uma mulher. No século XIX esse conhecimento cada vez maior ajudou a resolver um crime pela primeira vez.
                 Em 1897 a polícia é informada do desaparecimento de uma mulher chamada Louise, esposa de Adolph Luetgert “rei das salsichas” dono de uma das principais fábricas de salsichas de Chicago. Adolph era o único suspeito que a polícia tinha. Quando o detetive e sua equipe vasculham os barris onde Adolph produzia suas salsichas, encontram um líquido misterioso marrom-avermelhado no fundo de um barril, ao drenar o fluído, o anel de uma mulher é encontrado, juntamente com pequenos fragmentos de ossos, mas nada poderia ser provado pois não havia corpo nem evidências de um crime, a única esperança era tentar provar que aqueles eram os ossos de Louise e não de animais. A polícia precisava de ajuda para desvendar o crime, então, Dorcy, um cientista antropólogo, que já havia viajado o mundo todo estudando restos humanos, compara os fragmentos de ossos encontrados na fábrica com cada esqueleto que consegue (porcos, vacas e humanos). Após estudar cada um deles cuidadosamente, Dorcy identifica os ossos, concluindo que são fragmentos de um dos dedos do pé e de uma costela humana, indicando que Louise foi vítima de assassinato. A polícia então prende Adolph Luetgert, acusando-o de assassinar a esposa. Era um caso de assassinato sem corpo ou testemunha ocular e pela primeira vez os promotores esperavam que os fragmentos fossem suficientes para capturar um assassino.
                 Adolph Luetgert insistia em dizer que não havia cometido assassinato, que Louise havia apenas fugido. Este foi o primeiro julgamento em que antropólogos testemunharam como peritos. Dorcy foi muito confiante quando identificou os fragmentos como parte de um esqueleto humano, e destacou que eram ossos menores ao do esqueleto de um homem. A equipe de Luetgert contraria Dorcy, mas ele ainda faz outra revelação, havia um outro fragmento, e Dorcy relatou ser do crânio, uma parte do osso temporal, próxima ao ouvido, reforçando a idéia de que era um caso de assassinato. Os 12 jurados condenaram Adolph e esta foi a primeira vez que ossos foram utilizados para ajudar a condenar um assassino. A ciência forense havia provado seu valor e estava prestes a dar um passo ainda maior.
                 Em 1936 a antropologia forense e a polícia formaram uma parceria oficial quando o FBI pediu ajuda na resolução de alguns casos complicados de homicídio. Em 1945 a especialização chega ao campo de batalha, ajudando a identificar soldados mortos na 2ª guerra mundial e em 1949 os detetives de ossos prendem seu primeiro assassino em série.
                Em 1978 a polícia procura um adolescente desaparecido em Illinois, vasculhando a casa do principal suspeito John Wayne Gacy,  a busca acaba revelando o esconderijo de um dos assassinos em série mais famosos dos EUA, John, conhecido como “o palhaço assassino”. Abaixo do assoalho da casa de são encontradas diversas ossadas. Estava claro que ele era assassino, mas a policia queria provar, tentando descobrir quem são aquelas pessoas e o que houve com elas, analisando seus ossos através da antropologia forense.
                John começa a falar sobre como atraia meninos para a casa dele, amarrava as mãos das vítimas e as estrangulava, mas não admite quantas foram suas vítimas, nem quem eram, John alegava que ninguém poderia provar sua culpa, pois havia construído sua casa sob um cemitério indígena. Mas a ciência forense havia avançado muito. No final dos anos 70 os antropólogos forenses não só já distinguiam os ossos de pessoas dos de animais, como determinavam sexo, estatura, idade e até evidências de ferimentos.
                 A cada dia que passava, o médico legista anunciava a descoberta de mais esqueletos abaixo do assoalho da casa de John. Aquela foi a primeira vez que antropólogos forenses foram chamados para analisar uma quantidade tão grande de vítimas em um único caso. A identificação de todas as vítimas poderia levar anos, então primeiramente a polícia queria ter uma visão geral dos crimes e tentar encontrar uma linha comum entre eles.
                 Para saber a idade de uma pessoa ao morrer os antropólogos analisam o tamanho dos ossos, quando se fundem, significa que pararam de crescer, mas cada osso para de crescer em uma certa época da vida, por exemplo: ossos das mãos e pés param de crescer por volta dos 15 anos, o fêmur geralmente aos 17 e a clavícula é o último osso que para de crescer, aproximadamente aos 28 anos de idade. No caso de John foi possível concluir que todas as vítimas do assassinato tinham menos de 30 anos.
                O próximo passo foi descobrir o sexo dos alvos de John, sabe-se que a cabeça do fêmur é maior em homens, assim como a testa é mais protuberante, além de apresentarem grande processo mastoide, enquanto o esqueleto feminino é mais sutil e delicado, a pelve é mais larga e arredondada para favorecer o parto. Essas e outras características possibilitaram a identificação dos alvos de John, são todos homens.
                Características étnicas nos esqueletos são menos conclusivas do que aquelas que mostram sexo ou idade, mas oferecem algumas pistas. Ao analisar os ossos da face foi possível notar que os crânios tinham características similares, como: nariz estreito e triangular, mandíbulas protuberantes e maçãs do rosto não muito pronunciadas, sinais que classificam os esqueletos como caucasianos, não indígenas como os citados por John.
                 Ao analisar o osso hióide (osso que quase sempre sofre fratura em casos de estrangulamento em que o agressor usa preferencialmente as mãos) nos esqueletos o antropólogo confirma o método de assassinato de John, as vítimas eram estranguladas. Usando apenas os ossos encontrados na casa de John, o antropólogo então cria um perfil dos alvos de escolha do assassino, jovens, brancos e do sexo masculino.
                 Este trabalho já havia estreitado as buscas para alguns possíveis candidatos, porém ainda não era possível saber quem eram as vítimas. Naquela época havia outra ferramenta que auxiliaria na identificação, os dentes, devido aos padrões de erupção e desgastes, era possível saber a idade de cada pessoa, além de outras características individuais. Se os pais suspeitassem que o filho poderia ter sido vítima de John, poderiam trazer o histórico dentário fornecido pelo cirurgião dentista para fazer comparações.
                A maioria dos 29 esqueletos encontrados abaixo da casa de John foram identificados, mas ainda havia alguns sem identificação, sem digitais ou DNA para auxiliar na identificação das vítimas, o antropólogo tem uma ideia inovadora, juntamente com uma artista forense, tentaram reconstruir as faces, para ter uma ideia de como era a aparência das vítimas quando estavam vivas. Cada crânio guarda pistas de como era o rosto ao redor dele, apresenta características únicas, auxiliando no reconhecimento das pessoas. As imagens foram então divulgadas na mídia, esperando que alguém as reconhecesse.
                Foi possível nomear mais de 20 vítimas do assassino em série. Posteriormente foram encontrados mais 4 corpos próximo a um rio, e devido às evidências forenses concluiu-se que eram vítimas de John. Em 1980 John é julgado pelo assassinato de 33 jovens meninos, ficando claro que o mundo da antropologia forense havia evoluído muito desde o caso de Adolph. A defesa de John alegou insanidade. Com a ajuda dos ossos das vítimas na acusação, John foi condenado pelos 33 assassinatos e seu veredicto foi pena de morte. Em 1994 John é executado por injeção letal, mas o legado de seu caso vive até hoje, por ter lançado a antropologia forense no centro das atenções, tornando esse campo mais poderoso desde então. Atualmente, ferramentas de última geração como microscópios potentes auxiliam os antropólogos forenses a ir muito mais longe do que um dia imaginaram.
                A antropologia é uma ciência que permite obter importantes informações através dos ossos, produzindo importantes avanços. Atualmente a tecnologia com animação digital, permite informações mais detalhadas de antigos ossos. A antropologia Forense ainda é recente, mas é através dela que detetives de ossos trabalham para conseguir evidências, e dar respostas às famílias das vítimas. A experiência do antropólogo forense poderá fazer a diferença entre a identificação de um cadáver e o esclarecimento da causa e circunstâncias da morte ou o arquivamento de um caso.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (9.1 Kb)   pdf (89.8 Kb)   docx (13.6 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com