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Atps produção etapas 02 e 05

Por:   •  27/4/2016  •  Relatório de pesquisa  •  2.210 Palavras (9 Páginas)  •  393 Visualizações

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Etapa 02

O confinamento de bovinos de corte é uma atividade que cresceu muito nos últimos anos no Brasil. Normalmente utiliza-se este sistema na fase de terminação dos bovinos, muito embora bezerros desmamados, novilhos e novilhas em recria, bois magros e vacas “boiadeiras” (de descarte) possam também ser assim alimentados. Tal prática ocorre normalmente, no Brasil, na época das secas, ou seja, durante a entressafra da produção de carne, visando alcançar melhores preços no pico desta entressafra.

O sistema de confinamento de bovinos de corte possui muitos atrativos econômicos para atrair o interesse dos produtores, podemos citar como vantagens a redução da idade e do ciclo de abate; aumento da taxa de desfrute; aumento da taxa de lotação e da produção de arrobas. E consequentemente, melhor produtividade devido ao preço de venda.

Quando se fala em confinamento, é preciso definir claramente o sistema em questão. Diferentes objetivos e disponibilidade de recursos podem determinar inúmeras combinações entre vários tipos de instalações, animais e rações. No caso do Brasil, onde há muita terra, pouco capital, baixo poder aquisitivo e um sistema de classificação de carcaça ainda incipiente, parece mais lógico confinar visando-se a terminação durante a entressafra, utilizando-se instalações simples e práticas.

Existem três tipos de currais que podem ser utilizados em um processo de confinamento: curral a céu aberto, curral semi-coberto e curral coberto.

O curral de confinamento construído a céu aberto é o mais simples e de menor custo, e é mais usado quando o confinamento ocorre nos meses de seca, em locais com baixos índices pluviométricos.

O curral não deve ser construído em áreas muito planas ou com declives em excesso, assim como deve ser evitado a proximidade a córregos ou rios, que podem ser contaminados com dejetos do confinamento. Alem disso deve-se evitar áreas com ventos canalizados, pois no caso de haver zona urbana próxima, os moradores poderiam se sentir incomodados com o odor dos animais e fezes. A área deve ter boa drenagem e não ser inundável.

Na sua localização, deve-se considerar a distancia e a facilidade de acesso aos depósitos de alimentos, principalmente os silos, quando a silagem é a forragem fornecida. Quanto menor a distancia, mais rápido trato será servido, reduzindo a quantidade de mão de obra e veículos para transporte.

Também se deve levar em conta facilidade de acesso aos animais, seja na sua chegada iniciando o confinamento, seja na execução das atividades manejo.

O confinamento conduzido durante a época seca do ano requer entre 12 a 15m²/animal. O piso terá de ser cascalho e compactado, com uma declividade mínima de 3% para que em caso de chuvas, não se transforme em um lamaçal, que prejudicaria o desempenho dos animais, dificultando sua locomoção, o acesso ao cocho e ao bebedouro. Em regiões mais chuvosas e, portanto, mais sujeitas a formação de lamaçal, a área por animal e a declividade devem ser maiores (até 50m²/animal e 8% de declividade). Alem disso, deve ser feita calçadas, com cascalho ou concreto, ao longo dos cochos, com 1,8 a 3 metros de largura, assim como também podem ser feitos telhados sobre os cochos (pé direito com 3 metros). Vale destacar que uma densidade de animais muito alta pode determinar o aumento do estresse e em consequência, redução significativa no ganho de peso diário.

No caso, cada um dos currais de confinamento deve ter área suficiente para conter o numero de animais desejados em um lote. O tamanho dos lotes será ditado pelo numero total de cabeças que deseja confinar, pela facilidade ou dificuldade de se obterem animais homogêneos e determinado numero de animais numa mesma ocasião.

Se o confinamento ocorre na própria fazenda onde é feita a cria e recria dos animais, os lotes poderão ter um numero qualquer de animais possíveis de entrar no confinamento num mesmo dia (por exemplo, um lote com animais desmamados em fevereiro, e outro para os animais desmamados em maio; um lote para os animais cruzados, e outro para os de raça pura). O que é muito importante é ter em cada curral um grupo homogêneo de animais, pois isso favorece o desempenho, permite o uso de rações mais apropriadas àquele lote, possibilita melhor controle da produção, e consequentemente, uma melhor eficiência do processo.

As cercas delimitadoras devem ter no mínimo 1,8 metros de altura e podem ser feitas de arame liso, cordoalha, tabuas e outros. Na parte frontal do piquete ficam os cochos de alimento e, no lado oposto, as porteiras que se comunicam com o corredor de serviço ou circulação. A frente dos cochos estará localizado o corredor de alimentação, por onde passarão os veículos para distribuição dos alimentos. Os esteios de cerca e coberturas devem ficar do lado interno do curral e não no corredor de alimentação, para não atrapalhar a distribuição de alimentos.

Os cochos de alimentos podem ser construídos de diferentes materiais, como tambores, manilhas, madeira, desde que possam conter o volume de alimentos (volumoso) que serão oferecidos aos animais. Poderão ser colocados até a uma altura máxima de 40cm do solo. O importante é que tenham 65 a 70cm disponíveis por animal, permitindo que todos os animais possam se alimentar ao mesmo tempo.

Os bebedouros deverão ter capacidade para fornecer 50 litros de água por animal por dia.

Não existe um padrão definido para as instalações e currais, mas deverão ser funcionais e praticas, de modo a facilitar o manejo dos animais e abastecimento e limpeza dos cochos e, principalmente, ser simples, pois a sofisticação não traz retorno econômico, podendo comprometer a rentabilidade do processo.

Em nosso projeto, os animais serão divididos em 10 lotes de 50 animais cada, sendo organizados por idade, sexo e estrutura corporal. Cada um dos currais terá as mesmas características e os animais de cada lote o mesmo manejo. A quantidade de animais por lote foi escolhida pensando em facilitar o manejo.

Primeiramente, foi escolhido o tipo de curral a céu aberto por ser mais econômico, e suportar sem maiores problemas, as chuvas esporádicas ocorrentes durante o período de confinamento dos animais. Alem disso esse tipo de curral diminui consideravelmente o custo do investimento inicial em instalações.

A área total de cada um dos currais será de 720m², estabelecendo uma margem de 14,4m² por animal, o que está dentro dos limites propostos (12 a 15m²). As dimensões do curral são 36X20m. O piso será de terra batida e com declive de 3% para facilitar o escoamento e a drenagem de possíveis chuvas esporádicas.

Os cochos utilizados serão de madeira, e móveis, permitindo que ao término da temporada de confinamento, esses mesmos cochos sejam retirados e guardados em local que os abrigue da chuva e do sol. Essa manobra aumentará consideravelmente o tempo de vida útil desses cochos, chegando a 10 anos de uso. Lembrando que, para cada animal teremos pouco mais de 70cm de cocho disponível, em um total de 36m de largura de cocho, que serão organizados em módulos de madeira, cada um com 4 metros. Haverá também, uma calçada de cascalho compactado ao redor dos cochos numa extensão de 2 metros.

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