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As Praticas Culturais

Por:   •  28/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.640 Palavras (11 Páginas)  •  199 Visualizações

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Avaliação dos efeitos de manejo no solo no rendimento da cultura do trigo, na região noroeste do estado do Rio grande do Sul

Valmir  de Quadro(1) , Gimerson Bagolin (1) Giovana Sandri(1)  , Mathues Uhde(1),Renan Gaparin(1)  e Tais Carine Trada (1)

(1) Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Departamento de Estudos Agrários, Rua do Comércio, nº 3.000, CEP 98700-000 Ijuí, RS.

RESUMO

O Brasil produz hoje cerca de 6,3 milhões de toneladas de trigo . De acordo com os pesquisadores da Embrapa Trigo, o Brasil oferece área e condições de ser auto-suficiente na produção de trigo. Para isso, seria necessário uma política agrícola adequada, pois a triticultura brasileira ainda enfrenta alguns desafios, entre eles, o problema da comercialização do cereal. A estrutura do solo influencia o crescimento das plantas de várias formas, sendo os efeitos sobre o alongamento radicular os mais claros e determinantes sobre a habilidade das raízes em extrair água e nutrientes do solo em quantidades adequadas. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do manejo do solo, nos componentes de rendimento do trigo. A compactação do solo prejudicou o crescimento radicular da espécie estudada, sendo influenciada pelo tráfego de máquinas, que além de promover a desagregação do solo interferiu no rendimento da cultura. A estabilidade dos agregados é influenciada diretamente pelo sistema de sucessão de culturas.

Palavras - chaves: agregados do solo, compactação, produtividade.

INTRODUÇÃO

        O homem cultiva Triticum spp, pelo menos, há seis mil anos, no início, triturando-o entre pedras rústicas, para aproveitar a farinha (s.a), sendo considerado de suma importância para os povos egípcios e babilônicos. A cultura apresenta um sistema radicular fasciculado, caule ereto e cilíndrico, suas folhas são lineares e com bainha que cobrem o colmo, a inflorescência do trigo é um espiga, formada por espiguetas e dentro de cada espigueta contém flores que quando fecundada expulsam as anteras, ocorrendo a formação do grãos (s.a).

Devido à seleção dos produtores e, mais recentemente, ao trabalho de pesquisas científicas, a cultura do trigo ampliou-se, ocupando áreas cada vez maiores e alcançando produtividade maior.  O trigo deu início a uma fase de desenvolvimento econômico, na região do Planalto do Rio Grande do Sul e no sul e noroeste do Paraná. As estruturas de produção agrícola, industrial e comercial foram profundamente modificadas com a introdução de novas mentalidades de gerenciamento e da predisposição a correr riscos. Essa nova classe rural simbolizou um rompimento com a tradicional classe pecuarista, geralmente dedicada à criação extensiva, e avessa a riscos de produção (R. G. A. Tomasini & I. Ambrosi, 1998). O Brasil produz hoje cerca de 6,3 milhões de toneladas de trigo (Conab 2016). De acordo com os pesquisadores da Embrapa Trigo, o Brasil oferece área e condições de ser auto-suficiente na produção de trigo. Para isso, seria necessário uma política agrícola adequada, pois a triticultura brasileira ainda enfrenta alguns desafios, entre eles, o problema da comercialização do cereal (R. G. A. Tomasini & I. Ambrosi, 1998)

A estrutura do solo influencia o crescimento das plantas de várias formas, sendo os efeitos sobre o alongamento radicular os mais claros e determinantes sobre a habilidade das raízes em extrair água e nutrientes do solo em quantidades adequadas (M.M.L. MÜLLER et al. 2001). Existem outros fatores que interferem no crescimento radicular, como a disponibilidade de macro e micronutrientes e quantidade de água presente nos solo (capacidade de infiltração e retenção de água de um solo).

O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do manejo do solo, nos componentes de rendimento do trigo.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram retiradas as amostras em uma área de 5,5 hectares, com a cultura de Trigo TBIO         Alvorada, implantada em 26 maio de 2016, com espaçamento 17 cm entre linhas. A adubação usada na área foi 250 kg/ha de adubado formulado (10 – 20 -20), com duas aplicações de ureia (80 kg/ha), o sistema de sucessão cultura usado na área tem como principais culturas: aveia preta, milho safra e safrinha, trigo, soja e aveia branca. Sendo que o tratamento de semente foi usado 15 ml de imidacloropid para cada 100 kg de semente. Para dessecação de pré-plantio usou-se 2 l/ha de   Roundap.  Uma aplicação de fungicida no dia 16/08, com 400 ml de azimute, 400 ml de propiconozli, 400 ml óleo mineral. E uma aplicação de inseticida Engeo Pleno 50ml/ha.

A escolha dos pontos para coleta foram determinado através de uma entrevista com o proprietário, que indicou duas unidade com tráfego intenso de máquinas e de escolha aleatória duas testemunhas.

Para determinação química, foi necessário coletar 2 amostras de solos em duas profundidade, em diferentes pontos em um caminhamento zig - zag, sendo retirados 15 -20 amostras por pontos e posteriormente homogeneizadas, identificadas e encaminhadas ao laboratório de solos para análise química.  Os resultados estão expressos na tabela 1.

Tabela 1: Principais características do solo utilizado no experimento.

Química

0 – 10 cm

10 -20cm

pH

6,0

6,2

M.O

3,2

1,9

P2O5

22,5

5,1

K2 O5

210

158

Ca

6,5

5,6

Argila

62%

>70%

Para a determinação da densidade do solo foi utilizado o método do anel volumétrico, método esse que utiliza um cilindro metálico de volume conhecido para a obtenção da amostra de solo a ser analisada. O anel foi inserido ao solo utilizando o martelo específico, sendo retiradas amostras nas profundidades de 0 a 5 cm, 5 a 10 cm, em quatro pontos dentro da área. Após retiradas, as amostras foram colocadas em potes de plástico devidamente identificados e conduzidas ao laboratório de solos. No laboratório as amostras foram pesadas úmidas e conduzidas para a estufa para a secagem na temperatura de 105º por 48 horas e pesadas novamente. A partir desses resultados pode-se calcular a densidade, a umidade volumétrica, a porosidade total e o espaço aéreo.

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