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O REUSO DE ÁGUA NO CURTUME

Por:   •  7/9/2019  •  Resenha  •  1.235 Palavras (5 Páginas)  •  353 Visualizações

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Reuso da água no processo de curtimento.

Introdução

Nos dias atuais, são grandes as preocupações com respeito ao meio ambiente e em particular com o volume de água disponível, no mundo, própria para consumo. Muito se ouve falar das empresas em geral, e em seus processos produtivos buscando redução/reutilização da água. Estima-se que aproximadamente 3% do volume total de água no mundo, estejam disponíveis para uso doméstico, industrial e outros fins. Cientes disso, bem como, do aumento demográfico. Alerta-se que com o mau uso e o desperdício, até o ano 2025, 2,7 bilhões de pessoas vão ficar sem água, aproximadamente 45% da população mundial. Este trabalho teve como objetivo avaliar a viabilidade de reutilização da água no processo de produção de couros a cromo, através da integração entre as correntes do processo.

A busca contínua na redução de água nos processo industrial ocorre principalmente por fatores econômicos, ou seja, quanto menor o consumo de água para obter a mesma produção, menor serão os custos operacionais do sistema e maior a rentabilidade sobre o produto final. A integração das etapas requer modificações de processo e operações com o objetivo de reutilizar massa e energia. Isto deve ser feito com critérios muito bem estabelecidos, para manter os padrões de qualidade já alcançados em cada etapa do processo.

Tratamento

Para cumprir com as exigências ambientais, os curtumes foram requisitados a instalar estações de efluentes (ETE). A ETE de um curtume pode ser dividida em quatro tratamentos: preliminar, primário, secundário e terciário.

Fluxo de tratamento: Preliminar, primário, secundário e terciário

No tratamento preliminar, são separados os materiais grosseiros e gordura evitando entupimentos na tubulação. Consiste de um peneiramento grosseiro, um peneiramento fino, a homogeneização do efluente e a retirada de areia e desengorduramento.

O tratamento primário irá proporcionar uma grande redução da toxidez que caracteriza o efluente bruto homogeneizado, e vai permitir ao tratamento biológico operar em condições mais favoráveis ao desenvolvimento de microorganismos depuradores de matéria orgânica. Nessa etapa, o efluente sofre uma equalização, seguida por ajuste de pH. Após, passa por uma coagulação, uma floculação e uma clarificação seguindo para uma decantação primária removendo o lodo primário.

O tratamento secundário, aeróbio ou biológico baseia-se na atividade aeróbica da população bacteriana heterotrófica que utiliza a substância orgânica como fonte de carbono. Nesta etapa, ocorre a biodegradação da matéria orgânica através do ar (O2).

O tratamento compõe-se de um tanque de oxidação e outro de sedimentação. O desenvolvimento de bactérias acontece no tanque de oxidação e deve-se garantir a oxigenação do efluente por meio de ventiladores, bem como a presença de certa quantidade de bactérias. O lodo secundário é gerado no sedimentador secundário. Esse lodo é constituído de material orgânico com baixos índices de toxidez.

O tratamento terciário pode ser empregado para remoção de determinados grupos de substâncias que não são removidas nos sistemas de tratamento convencionais. A maioria dos curtumes não realiza essas operações terciárias (remoção do nitrogênio e do fósforo, adsorção por carvão ativo, filtração, cloração, e/ou estabilização).

Banho de Caleiro

Água de caleiro Devido a grande carga de contaminantes, o reciclo da água de caleiro foi um dos primeiros passos para o fechamento do processo . Há duas alternativas distintas de se realizar o tratamento adequado desse efluente para promover seu retorno ao processo, sem implicar em danos ou prejuízos ao produto final. A primeira alternativa consiste em um processo no qual a água utilizada nos banhos seja encaminhada para tanques de armazenamento, que possuem agitadores para manter os sólidos em suspensão, e em seguida passam por peneira para a retirada de materiais grosseiros, enquanto seguem para um decantador. Após a decantação o líquido superficial vai para tanques de estocagem, passam por análises para quantificar a presença de insumos e se determinar a necessidade de complementos de insumos permitindo seu reuso. O lodo do decantador vai para disposição final em aterro sanitário industrial.

A segunda alternativa é mais simples, mais econômica e sem muitos investimentos, consiste apenas em peneirar a água que sai dos tanques de banho, para a retirada de sólidos grosseiros, e enviá-la para os tanques de armazenamento onde são coletadas amostras para análises e determinação das necessidades de correção para o reuso dessas águas. Vale ressaltar que durante o período de estocagem acontecerá espontaneamente a decantação dos sólidos suspenso, formando ao longo do tempo um lodo altamente alcalino, necessitando no futuro de limpeza desses tanques e descarte adequado do lodo.

Banho de Cromo

Água dos banhos de cromo a reutilização da água de cromo é semelhante ao processo de

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