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USO DE AGROTÓXICOS NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO: EXPOSIÇÃO HUMANA

Por:   •  18/9/2020  •  Artigo  •  2.590 Palavras (11 Páginas)  •  177 Visualizações

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USO DE AGROTÓXICOS NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO: EXPOSIÇÃO HUMANA.

Luma Santos Sena1

João Anizio Dourado Mendes.2 

1Graduanda do Curso de Engenharia Agronômica da Faculdade Irecê. sennaluma@gmail.com

2Engenheiro Agrônomo, Professor da Faculdade Irecê

Resumo: Esse trabalho tem como objetivo discutir, a agricultura moderna e o que ela trouxe como mudanças no ciclo de trabalho e riscos advindos das novas atividades, o uso intensivo de agrotóxicos, a exposição do trabalhador, estas estão diretamente ligadas à sua saúde humana, especialmente do trabalhador rural que lida diretamente com isso. A cada ano aumenta o número de pessoas intoxicadas por agrotóxicos no mundo, seja pelo contato direto ou por resíduos destes produtos nos alimentos, assim como na água de consumo humano e animal que continuam a preocupar consumidores que carecem de informações. Este trabalho buscou uma revisão de informações sobre o tema na literatura existente, de forma a incentivar a busca de soluções viáveis para melhorar o bem-estar social e econômico do produtor, assim como o equilíbrio do meio ambiente, levando em conta literaturas que discorrem sobre o tema no meio em que estamos inseridos o semiárido brasileiro. Assim como a  presença de resíduos de agrotóxicos em produtos agrícolas, alguns proibidos, geralmente advém do seu alto poder residual deixado  em produtos colhidos fora do prazo de carência, que expõe o trabalhador a diversas formas de contaminação Os principais meios de contaminação humana pelos agrotóxicos são diretamente, por meio do contato direto do organismo com estas substâncias, ou ainda indiretamente, por intermédio do desenvolvimento de algum fator impactante como resultado do uso desses agentes químicos.

Palavras chave: Agricultura; Agrotóxicos; Irrigação; Saúde pública.

INTRODUÇÃO

A produção rural em grande escala se desenvolveu, principalmente, a partir dos anos 60, quando o Estado através dos bancos públicos e privados passou a investir na aquisição de insumos químicos e maquinarias modernas. O desenvolvimento de novas tecnologias, baseado no uso de agentes químicos, obteve uma grande eficiência no controle de doenças, plantas invasoras, no aumento de produtividade e proteção contra pragas e outros insetos, submetendo o trabalhador a esse novo padrão tecnológico, importado e inadequado aos ambientes e à cultura agrícola tradicionalmente desenvolvida no Nordeste. O Nordeste corresponde a cerca de 27% da população brasileira e a 18,27% do território nacional, dos quais 60% estão no semiárido (ANDRADE, 1998).

Segundo dados da ANVISA, no Brasil, a contaminação dos recursos hídricos pode ser potencializada, considerando que os dados gerados no estudo do Monitoramento do Mercado de Agrotóxicos, realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, apontam maior ritmo de expansão no mercado brasileiro de consumo de agrotóxicos do mundo. O mercado brasileiro cresceu, aproximadamente, 176% na última década, ou seja, quatro vezes mais do que a média mundial.

O semiárido brasileiro ocupa uma área total de 974.752 km² nos estados do Nordeste (86,48%), com exceção do Maranhão. O norte do estado de Minas Gerais (107.343,70 km² ou 11,01%) e o norte do Espírito Santo (24.432,70 km² ou 2,51%) também estão aí incluídos (EMBRAPA, 2003).

A agricultura desta região é feita principalmente por meio de irrigação, e é prejudicial de várias maneiras, já a cultura de sequeiro tornou-se inviável devido à escassez dos recursos hídricos em toda a região. Desta forma, a primeira etapa de um estudo sobre a contaminação dos recursos hídricos por agrotóxicos deve ser um levantamento a respeito do lançamento dos princípios ativos na região estudada, características edafo-climáticas e das propriedades físico-químicas dos princípios ativos, permitindo o diagnóstico da contaminação ambiental (DORES,1999).

Os impactos ambientais e da saúde humana causados por esse meio de produção, demonstram cada vez mais a deficiência da assistência técnica ao homem do campo, a dificuldade de fiscalização do cumprimento das leis e a culpabilidade dos trabalhadores que contribuem para a consolidação do impacto, decorrente da utilização de agrotóxicos, como um dos maiores problemas de saúde pública no meio rural, principalmente nos países em desenvolvimento (PIMENTEL, 1996; PERES,  1999; OLIVEIRA-SILVA et al., 2000).

Segundo (FONSECA, 2007) A utilização dos agrotóxicos no meio rural tem trazido uma série de consequências tanto para o ambiente como para a saúde do trabalhador rural.  A utilização constante, o desrespeito ás normas básicas de segurança do produto, por produtores ainda é um grande problema, para ser resolvido por unidades fiscalizadoras. Os trabalhadores que fazem a colheita manualmente, se expõem diretamente há uma cultura, que não venceu o período de carência, já que geralmente o produtor quer comercializar seus produtos com o mercado em alta, estes querem ter os benefícios econômicos (IWAMI, 2003).

A negligência do patronato na contratação de técnicos para a capacitação e o treinamento dos trabalhadores rurais, tornou os mesmos incapazes e vulneráveis diante da expansão e implantação de uma tecnologia com expressivos riscos ambientais e ocupacionais (Soares,2007).

Este trabalho tem o objetivo de discutir o tema proposto, de forma a incentivar a busca de soluções viáveis para melhorar o bem-estar social e econômico do produtor, assim como o equilíbrio do meio ambiente, levando em conta literaturas que discorrem sobre o tema no meio em que estamos inseridos, o semiárido brasileiro, e a exposição do trabalhador até mesmo a substâncias proibidas por lei.

METODOLOGIA

Este estudo constitui-se de uma revisão da literatura, realizada em novembro de 2019, no qual se realizou uma consulta a livros e artigos científicos selecionados através de busca no banco de dados do Scielo e Google acadêmico. Os critérios de inclusão para os estudos encontrados foram, pesquisas realizadas no Semiárido brasileiro, a respeito da exposição dos agricultores e o uso indiscriminado dos agrotóxicos, também abordamos o meio ambiente intercalando ao tema central, assim como a análise da contaminação ambiental e humana causada por agrotóxicos citados na literatura, utilizados nas lavouras.

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