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A prática feita em laboratório acerca da influência do potencial hidrogeniônico

Por:   •  12/11/2016  •  Relatório de pesquisa  •  3.052 Palavras (13 Páginas)  •  387 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO TEÓRICA

        No presente relatório abordaremos a prática feita em laboratório acerca da influência do potencial hidrogeniônico, temperatura, presença de cloretos, dureza, alcalinidade e turbidez na água. Para melhor compreensão destrincharemos cada item abaixo.

1.1 POTENCIAL HIDROGENIÔNICO

        O potencial hidrogeniônico (pH) mede a concentração do íon de hidrogênio presente em uma solução aquosa. A variação da quantidade desse íon torna a solução ácida ou alcalina, a primeira aumenta à medida que o pH diminui, enquanto a segunda se apresenta com pH elevado. O valor do potencial hidrogeniônico varia de 0 a 14, sendo que, soluções com valor inferior a 7 são classificadas como ácidas, maiores que 7 são alcalinas e iguais a 7 neutras.

        Nos sistemas de abastecimento público de água, o pH pode estar entre 6.0 e 9.5, segundo a portaria 2.914/11 do Ministério da Saúde. O pH deve estar compreendido nesse intervalo, pois águas com pH baixo podem desenvolver uma ação corrosiva em certos metais e paredes de concreto. O pH alto por sua vez, faz com que se formem incrustações, dificultando a passagem de água pela tubulação.

1.2 TEMPERATURA

        A temperatura da água é importante, pois influi, diretamente, de acordo com Richter e Netto (2013, p. 30), na aceleração das reações químicas, na redução da solubilidade dos gases, além de, acentuar a sensação de sabor e odor.         

1.3 CLORETOS

        Os cloretos são formados por um átomo de cloro carregado negativamente, ligado a um outro elemento menos eletronegativo.

        O teor de cloretos é fundamental na análise da água, visto que é um indicador de poluição, além de ser um “auxiliar eficiente no estudo hidráulico de reatores como traçador” (RICHTER; NETTO, 2013, p. 33).

        Há uma quantidade ideal da presença de cloretos na água, para que não afete o consumo humano, que é de 200 mg/L. Caso essa concentração seja superior, ainda assim não será prejudicial ao homem, somente se ele sofrer de problemas cardíacos e renais, porém essa quantidade abundante não é indicada pois causa gosto de sal na água.

1.4 DUREZA

        A dureza é uma característica da água identificada pela presença de alguns íons metálicos, tais como: cálcio (Ca2+), magnésio (Mg2+), ferro (Fe3+) e estrôncio (Sr3+). Suas consequências na água são a não formação de espuma e incrustações no sistema de água quente.

        Ela é expressa por CaCO3 e se classifica de duas maneiras: (i) íons metálicos, em que se distingue a dureza do cálcio e do magnésio; e (ii) ânions associados com íons metálicos, onde a dureza é classificada em dureza de carbonatos e não carbonatos.

        Segue abaixo a classificação, retirada de Richter e Netto (2013, p. 32), das águas em termos do grau de dureza:

Quadro 1. Classificação das águas em termos do grau de dureza.

Moles

Dureza inferior a 50 mg/L em CaCO3

Dureza moderada

Dureza entre 50 a 150 mg/L em CaCO3

Duras

Dureza entre 150 a 300 mg/L em CaCO3

Muito duras

Dureza superior a 300 mg/L em CaCO3

                   Fonte: RICHTER; NETTO, 2013, p. 32.

        Para a saúde pública, não há objeções ao uso de águas duras. Ao contrário do que se pensa, elas podem ser consideradas melhores que as águas moles, haja visto que tem sido verificado correlações de problemas cardíacos e o uso das mesmas.

1.5 ALCALINIDADE

        Segundo Marcos von Sperling (2005, p. 31), a alcalinidade é uma medição da capacidade da água de neutralizar os ácidos e seus principais constituintes são os bicarbonatos (HCO3-), os carbonatos (CO32-) e os hidróxidos (OH-), sendo que a distribuição entre as três formas na água é função do pH.

        A alcalinidade é um dos fatores mais importantes e fundamentais quando se diz respeito ao tratamento da água, pois se relaciona à coagulação e redução de dureza, além de prevenir a corrosão dos ferros nas redes de distribuição. Não influi nos parâmetros de potabilidade da água, porém em altas concentrações, verifica-se a presença de um gosto amargo nesse líquido.

        A seguir, se encontra o quadro dos tipos de alcalinidade presentes na água, de acordo com seu pH:

Quadro 2. Tipos de alcalinidade presentes na água em função do pH.

pH 11,0 – 9,4

Alcalinidade de hidróxidos e carbonatos

pH 9,4 – 8,3

Carbonatos e bicarbonatos

pH 8,3 – 4,6

Somente bicarbonatos

pH 4,6 – 3,0

Ácidos minerais

                    Fonte:  RICHTER; NETTO, 2013, p. 31.

 

1.6 TURBIDEZ

        Marcos von Sperling (2005, p. 28) diz que “a turbidez representa o grau de interferência com a passagem da luz através da água, conferindo uma aparência turva à mesma”. Ocorre devido à presença na água de partículas de argila ou lodo, descarga de esgoto doméstico ou industrial ou a presença de um grande número de micro-organismos. Em níveis elevados, interfere diretamente no processo de fotossíntese das plantas aquáticas.

        A turbidez é medida se baseando no método de Jackson, que consiste em determinar a profundidade em que uma chama de vela pode ser vista em um tubo de vidro com água. A Unidade Jackson de Turbidez (UJT) é compreendida entre os valores de 25 a 1000. Para se medir um valor de turbidez inferior a 25 UJT, podem ser utilizados vários equipamentos, porém o mais usado é o nefelômetro, onde a quantidade de luz dispersa na água é medida por uma célula fotoelétrica que fica posicionada em 90º referente a luz incidente. Nesse caso, a unidade utilizada leva a denominação de Unidade Nefelométrica de Turbidez (UNT).

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